Paciente espera mais de cem dias por radioterapia

QUÍMIO NA JUSTIÇA

Folha de São Paulo
As limitações orçamentárias levam muitos a exigir os remédios mais modernos e caros na Justiça.
Segundo a Advocacia-Geral da União, há 47.142 ações envolvendo o SUS que pedem medicamentos (oncológicos ou não), próteses e tratamentos. Entre 2009 e 2010, cresceu 6% o número de novas ações solicitando remédios. Segundo a AGU, a maior parte das ações não chega ao governo federal e sim a municípios e Estados, responsáveis diretamente pelos hospitais.

"Se um hospital quer tratar uma mulher com o remédio trastuzumabe, para câncer de mama com metástase, custa R$ 7.000 por mês. Não cabe no orçamento do SUS. O médico só pode usar se o hospital tem outra fonte de renda. Em São Paulo, o Estado complementa", diz Kaliks.

Paulo Hoff, diretor do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), afirma que há oito dessas drogas oncológicas mais caras fornecidas em hospitais de câncer em São Paulo. "A gente não pode se descuidar das novas tecnologias, mas é tão ou mais importante que elas cheguem ao paciente em tempo hábil."

No Icesp, aberto há três anos, já há serviços com filas. "Tratamentos para tumores mais comuns podem ter mais de um mês de espera."

Para Hoff, é preciso melhorar o treinamento para que os médicos da atenção básica reconheçam os sinais do câncer. "A doença é a segunda que mais mata no mundo, mesmo assim a oncologia é pouco valorizada nas faculdades de medicina."

Colaboraram AGUIRRE TALENTO, de Belém, GRACILIANO ROCHA, de Salvador,* LUIZA BANDEIRA, de São Paulo, e RODRIGO VARGAS, de Cuiabá

PS - É claro que, nunca haverá dinheiro para a saúde dos pacientes do SUS, o dinheiro é todo desviado para as ONGs de toda a canalha que ROUBA a SAÚDE do POVO. O Brasil está sendo governado por gente da pior espécie. Colocaram nossos doentes do SUS no cativeiro, lugar onde esses patifes deveriam estar. MOVCC

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