DESCARGA ELÉTRICA DO PORAQUÊ ESTÁ RELACIONADA A DUAS MORTESO poraquê ou peixe-elétrico se transformou em uma das principais preocupações dos voluntários do Corpo de Bombeiros de São Paulo no socorro aos desabrigados ou ilhados moradores de Bacabal, cidade a 270 quilômetros de São Luís, no Maranhão, e uma das regiões mais atingidas pelas fortes chuvas no Norte e Nordeste do País. Mais do que isso, os socorristas e até a Prefeitura local afirmam que o peixe-elétrico está indiretamente relacionada às duas mortes registradas no município, desde o início das enchentes no Maranhão. No estado, aconteceram quatro mortes.
De acordo com a secretária de Assistência Social do município de Bacabal, Roseane Silva, a explicação para esse infeliz encontro com o peixe-elétrico está relacionado ao transbordamento dos rios que banham o município, o Igarapé Ipixuna e o Mearim. Com a cheia, os habitantes dos entornos dos rios teriam sido levados para as alagadas áreas rural e urbana do município e, dessa forma, houve o inevitável contato com os quase cem mil habitantes do município. Por Ivan Ventura
O caso mais recente desse infeliz encontro com o poraquê foi confirmado na quinta-feira passada, com a localização do corpo do pescador Francisco Laudimar Matos Moraes, 18 anos. A vítima desapareceu nas águas no último dia 17 e em seu corpo foram encontradas algumas queimaduras no rosto. "Acreditamos que o jovem colocou a mãe em uma canoa, que virou na área alagada. O rapaz ainda salvou a mãe, levando-a até um lugar seguro. Quando ele retornou para retirar a canoa, houve o encontro com o poraquê. Provavelmente, ele teria esbarrado em um peixe elétrico, foi eletrocutado e, por fim, morreu afogado", afirmou o capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo Jefersson Mello, responsável pela equipe de voluntários paulistas que prestam socorro às vítimas das chuvas no estado.
O outro caso aconteceu no fim de abril, onde a vítima era uma criança de sete anos. "É muito comum na região o uso do carro de boi como meio de transporte. A mulher transportava os quatro filhos, quando tentou a travessia em uma rua alagada. O carro de boi virou, porque um poraquê esbarrou no boi. A criança foi jogada para dentro das águas do rio Igarapé. A criança foi arrastada pelas águas e morreu afogada", afirmou Roseane Silva.
De acordo com capitão Mello, os encontros com o poraquê têm preocupado os 35 bombeiros de São Paulo que atuam no resgate das vítimas das inundações em Bacabal. "Capturamos algumas espécies de peixe-elétrico e outros animais. Há ainda perigos com outros peixes, como é o caso da piranha", disse Mello.
De acordo ainda com os bombeiros e a Prefeitura de Bacabal, não há registros de feridos com o encontro com o peixe elétrico. "O pior é que a população de peixe-elétrico cresceu na região nos últimos anos. Não sabemos a quantidade exata", disse Roseane.
O Maranhão é um dos estados mais atingidos pelas fortes chuvas que atingiram as regiões Norte e Nordeste do País, desde abril. É o estado com o maior número de cidades atingidas pelas chuvas no País: 95 ao todo, com mais de 367 mil pessoas muito afetadas pelos temporais. Diário do Comércio
De acordo com a secretária de Assistência Social do município de Bacabal, Roseane Silva, a explicação para esse infeliz encontro com o peixe-elétrico está relacionado ao transbordamento dos rios que banham o município, o Igarapé Ipixuna e o Mearim. Com a cheia, os habitantes dos entornos dos rios teriam sido levados para as alagadas áreas rural e urbana do município e, dessa forma, houve o inevitável contato com os quase cem mil habitantes do município. Por Ivan Ventura
O caso mais recente desse infeliz encontro com o poraquê foi confirmado na quinta-feira passada, com a localização do corpo do pescador Francisco Laudimar Matos Moraes, 18 anos. A vítima desapareceu nas águas no último dia 17 e em seu corpo foram encontradas algumas queimaduras no rosto. "Acreditamos que o jovem colocou a mãe em uma canoa, que virou na área alagada. O rapaz ainda salvou a mãe, levando-a até um lugar seguro. Quando ele retornou para retirar a canoa, houve o encontro com o poraquê. Provavelmente, ele teria esbarrado em um peixe elétrico, foi eletrocutado e, por fim, morreu afogado", afirmou o capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo Jefersson Mello, responsável pela equipe de voluntários paulistas que prestam socorro às vítimas das chuvas no estado.
O outro caso aconteceu no fim de abril, onde a vítima era uma criança de sete anos. "É muito comum na região o uso do carro de boi como meio de transporte. A mulher transportava os quatro filhos, quando tentou a travessia em uma rua alagada. O carro de boi virou, porque um poraquê esbarrou no boi. A criança foi jogada para dentro das águas do rio Igarapé. A criança foi arrastada pelas águas e morreu afogada", afirmou Roseane Silva.
De acordo com capitão Mello, os encontros com o poraquê têm preocupado os 35 bombeiros de São Paulo que atuam no resgate das vítimas das inundações em Bacabal. "Capturamos algumas espécies de peixe-elétrico e outros animais. Há ainda perigos com outros peixes, como é o caso da piranha", disse Mello.
De acordo ainda com os bombeiros e a Prefeitura de Bacabal, não há registros de feridos com o encontro com o peixe elétrico. "O pior é que a população de peixe-elétrico cresceu na região nos últimos anos. Não sabemos a quantidade exata", disse Roseane.
O Maranhão é um dos estados mais atingidos pelas fortes chuvas que atingiram as regiões Norte e Nordeste do País, desde abril. É o estado com o maior número de cidades atingidas pelas chuvas no País: 95 ao todo, com mais de 367 mil pessoas muito afetadas pelos temporais. Diário do Comércio
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