Entenda o desaparecimento do artista chinês Ai Weiwei


DE SÃO PAULO
DE PEQUIM

O aclamado artista Ai Weiwei, duro crítico do governo chinês, está desaparecido desde domingo (10), quando foi preso ao tentar embarcar em Pequim num voo rumo a Hong Kong.

O caso de Ai Weiwei, 53, é o mais notório da onda de repressão iniciada em meados de fevereiro pelo governo chinês, temeroso de que a onda de protestos no mundo árabe inspire manifestações pró-democracia no país.

Nesse período, foram detidos ou desapareceram 46 escritores, artistas, ativistas e advogados ligados à defesa dos direitos humanos, segundo levantamento do blog China Geeks.
Tido como o artista chinês contemporâneo mais reconhecido no mundo, Ai Weiwei expôs em vários países.

No Brasil, a obra "Círculo de Animais" participou da Bienal de São Paulo, no ano passado. Atualmente, uma instalação sua está em exibição no Tate Modern, o mais importante espaço de arte contemporânea em Londres.

Na China, ajudou no desenho do "Ninho de Pássaro", o Estádio Olímpico de Pequim, ícone dos Jogos Olímpicos de 2008.

Nos últimos dois anos, tem adotado um tom cada vez mais crítico ao governo. Ele é um dos poucos na China que defendem publicamente Liu Xiaobo, o ativista condenado a 11 anos de prisão que ganhou o prêmio Nobel da Paz, no ano passado. VEJA O VÍDEO

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