Com empurrão do governo, Delta Construção faturou uma Marfrig em dez anos
Empresa de Fernando Cavendish arrecadou nada menos que 4 bilhões de reais em uma década apenas em contratos com o Planalto. Governos estaduais também são grandes clientes
Ana Clara Costa e Cecília Ritto - Veja
Fernando Cavendish, presidente do conselho de administração da Delta Construção, é amigo do rei. Formado em engenharia civil pelas Faculdades Integradas Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, o empresário conseguiu um feito raro: em dez anos, fez o faturamento de sua empresa saltar de 67 milhões de reais para 3 bilhões de reais. Conforme levantamento da ONG Contas Abertas, apenas em obras contratadas pelo governo federal, a Delta arrecadou nesse período nada menos que 4 bilhões de reais. A cifra é equivalente ao atual valor de mercado da Marfrig, uma das maiores produtoras de carne do país.
Na segunda metade da década, o empresário – que já exibia a peculiar habilidade de manter bons relacionamentos com gestores públicos, sobretudo no Rio – transformou-se no “príncipe do PAC” ao arrebatar a grande maioria dos contratos de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento lançado pelo governo em 2007. Ao final de 2011, a Delta era a principal fornecedora do programa, com contratos avaliados em mais de 2 bilhões de reais. Leia o texto completo- Veja Online
5 comentários:
POLICIA FEDERAL DO AMAZONAS MUITO DESVIO DE RECURSOS NA SUEST AM FUNASA NA ENGENHARIA AMBIENTAL, FORRA LADÕES!!
http://www.blog.saude.gov.br/ministerio-vai-investigar-denuncias-sobre-desvio-de-verbas-da-saude/
http://www.blog.saude.gov.br/ministerio-vai-investigar-denuncias-sobre-desvio-de-verbas-da-saude/
CPI DA FUNASA
UMA CANETADA RESOLVE
Quando ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff proferiu a seguinte frase: “A grande questão no Brasil é instituir a meritocracia no Estado, o profissionalismo”. Aplausos. Isso foi em 2009. A ministra virou presidente da República. Está com os talheres e com o prato em sua frente. Pode, com um simples decreto, desfazer a desgraceira que seu antecessor fez na Funasa e em outros órgãos federais. Dilma o fará? A tarefa é dificílima. É preciso coragem e, principalmente, força política para romper com o atraso. Nesse caso, atraso apadrinhado pelo próprio partido da presidente e pela maior sigla a lhe fornece apoio no Congresso Nacional, o sagaz PMDB, que virou donatário da capitania Funasa.
CGU: desvios na Funasa alçam à casa dos R$ 500 mi
Por Josias de Souza - Folha Online
Alvo de uma disputa que opõe o PMDB ao PT, a Funasa eletrifica o noticiário político há duas semanas.
Levantamento divulgado pelo repórter Bernardo Mello Franco indica que o caso da repartição não é de política, mas de polícia.
Auditorias realizadas na Fundação Nacional de Saúde nos últimos quatro anos (2007-2010) dão ao órgão a aparência de usina de torrefação de verbas públicas.
Os desvios somam R$ 488,5 milhões. Repetindo: quase meio bilhão de reais. São dados da CGU (Controladoria-Geral da União).
O dinheiro vazou da bolsa da Viúva por vários dutos. Por exemplo: convênios irregulares e contratações mutretadas.
Escoaram também por meio de repasses a Estados e municípios que se abstiveram de prestar contas à União. Em casos assim, a lei veda novas liberações.
Sob Lula, a Funasa tornou-se, a partir de 2005, um reduto do PMDB. Em 2008, o então ministro José Gomes Temporão, filiado ao partido, cutucou a chaga.
Animou-se a declarar que tisnavam a Funasa duas nódoas: “corrupção” e “baixa qualidade” dos serviços.
A ousadia verbal quase custou a Temporão o cargo. Presidia a Funasa nessa época Danilo Forte, apadrinhado do líder pemedebê Henrique Eduardo Alves (RN).
Temporão queria o escalpo de Danilo. O PMDB pegou em lanças, o ministro fechou o paiol e Lula fingiu-se de morto.
Só em abril de 2010 Danilo desocuparia a poltrona. Não foi “saído”. Saiu por vontade própria. Dirigiu-se às urnas. Elegeu-se deputado federal pelo Ceará.
Para o lugar de Danilo, o PMDB impôs a Temporão a nomeação de Faustino Lins, outro apadrinhado do líder Henrique Alves.
Antes de Danilo e Faustino, o PMDB acomodara na Fusana Paulo Lustosa, respaldado pela bancada cearense da legenda.
Revirando-lhe as contas, a CGU atribuiu a Lustosa superfaturameno de R$ 14,3 milhões na montagem de uma TV Funasa.
O malfeito custou a Lustosa o banimento do serviço público pelo prazo de cinco anos.
Por ora, nenhum centavo dos R$ 488,5 milhões que a CGU inscreve na coluna dos desvios retornou às arcas públicas. Aguarda-se o veredicto do TCU.
As decisões do tribunal de contas são passíveis de contrestação judicial. Os processos vão às calendas.
Nomeado por Dilma Rousseff para o lugar de Temporão, o petista Alexandre Padilha esboçou a intenção de levar à bandeja o escalpo de Faustino, o atual mandachuva da Funasa.
Deseja trocá-lo por um petista. Algo que, diga-se, não chega a constituir garantia de restauração da probidade.
Abespinhado, o pemedebê Henrique Alves tocou o telefone para Padilha. Seguiu-se um bate-boca que resvalou no mensalão e resultou em rompimento.
O Planalto interveio. O vice Michel Temer rogou a Henrique Alves que restaurasse as relações com Padilha. Assim foi feito.
Combinou-se que a eventual troca de Faustino seria precedida de negociação entre as duas legendas. Em jogo, um orçamento anual de R$ 4,7 bilhões.
Alguém precisa, urgentemente, intrigar o PMDB com o PT. E vice-versa. Pacificados, manterão intacta a atmosfera de normalidade anormal que infelicita a Saúde.
O prefeito de Parintins, Frank Luiz Bi Garcia, visitou, nesta quinta-feira (20) a Superintendência Estadual da Funasa no Amazonas (Suest/MA), para assinar Termo Aditivo de Convênio de Saneamento Ambiental.
O convênio em questão vai favorecer as famílias do município de Parintins, com 102.945 habitantes — o segundo município mais populoso do estado do Amazonas.
Segundo Bi Garcia, realizar convênios com a Funasa é sempre muito proveitoso, pois existe uma parceria exitosa já antiga entre a Fundação e a Prefeitura de Parintins.
Por sua vez, o superintendente da Funasa no Amazonas, Rômulo Cruz, assinalou que, quando existem gestores bem intencionados e dispostos a por em prática os recursos públicos em prol da sociedade, “quem sempre vai sair ganhando é a população local”.
Esteve presente, também, no ato de assinatura de convênio, o servidor Paulo Machado, chefe da Divisão de Engenharia de Saúde Pública (Diesp) da Suest/MA.
Fonte: Funasa
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