Por Josias de Souza - Notícias Uol
Nesta
quarta-feira, o enredo da greve que se espraia pelo setor público e já afastou
do batente algo como 135 mil servidores ganhará um capítulo coreográfico. Os
grevistas marcharão sobre a Esplanada. Um cartaz difundido pela CUT antecipou,
em versão impressa, o slogan da corneta: ‘Chega de embromação! Negocia,
Dilma!’.
Com as
orelhas em chamas, Dilma Rousseff esforça-se para manter o sangue frio. Tomada
pelo que diz em privado, a presidente guia-se por outro lema: a demagogia é o
caminho mais longo entre o Orçamento e sua execução. Aprovada pelo Congresso
nesta terça (17), a Lei de Diretrizes Orçamentárias não prevê
a concessão de reajustes salariais no ano de 2013.
Há duas
semanas, o governo fez chegar às manchetes o tamanho da conta. Estimou-se que o
atendimento de todas as reivindicações salariais que estarão representadas no
ato de Brasília empurraria para dentro das arcas do Tesouro um espeto anual de
R$ 92 bilhões. A soma inclui ministérios, estatais e autarquias.
Num instante
em que serve ao setor privado isenções tributárias que roerão parte de sua
arrecadação, o governo alega que, curvando-se aos servidores, cometeria uma
espécie de suicídio fiscal. E Dilma já declarou em discurso que, em tempos de
crise, não é recomendável “brincar à beira do abismo.” Continue lendo aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário