O
ministro Ricardo Lewandowski acaba de justificar a suspeita
exposta no debate de ontem por Reinaldo Azevedo: caprichando na pose
de homem da lei, acaba de absolver o mensaleiro João Paulo Cunha dos pecados
passados, presentes e futuros. E os R$ 50 mil embolsados pela mulher do então
presidente da Câmara dos Deputados, por exemplo? “Penso que ficou bem
demonstrado que o réu solicitou por R$ 50 mil diretamente ao partido,
autorizados pelo tesoureiro Delúbio Soares, para custear uma campanha devidamente
realizada”, delirou o revisor do processo do mensalão.
O palavrório é
suficiente para transferir Lewandowski da cadeira de ministro para a bancada
dos bacharéis do mensalão. Em 2005, quando se descobriu que Márcia Cunha havia
retirado R$ 50 mil de uma conta de Marcos Valério no Banco Rural de Brasília,
João Paulo saiu-se com uma desculpa que figura na antologia dos álibis imbecis.
Ela usara o dinheiro para lpagar uma conta de TV a cabo, balbuciou.
Demorou alguns dias
para trocar a mentira bisonha por outra inventada por embusteiros menos
idiotizados: torrara a bolada em “despesas de campanha”, descobriu. O problema
é que o saque foi feito em setembro de 2003, ano em que não houve eleição
nenhuma. A menos que João Paulo tenha sido candidato a síndico e usado os R$ 50
mil para conseguir o apoio dos moradores do prédio.
A decisão absurda foi
antecipada pela voz. Nesta quinta-feira, desde o começo da sessão do Supremo
Tribunal Federal, o afilhado de Marisa Letícia está falando com sotaque de
Márcio Thomaz Bastos.
Um comentário:
alguém esperaria outra coisa do enviado do capeta?
o bandido togado a serviço dos mensaleiros.
só falta o tofoli o fux e o marco aurelio,aí está a formação de quadrilha.
cusp...cusp...cusp...
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