Mauro Marcelo, posando de detetive e xerife: pois é, ele tem até "um público"
O
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu demitir o chefe de
Inteligência da área de Segurança Pública de sua administração, delegado Mauro
Marcelo. Segundo fontes do Palácio dos Bandeirantes, Alckmin foi convencido por
assessores de que o delegado, ex-diretor das Agência Brasileira de Inteligência
(Abin) no governo Lula, teria ligações muutos fortes com o ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu, condenado por corrupção, pelo Supremo Tribunal Federal, no
processo do mensalão. Avaliações internas do governo paulista também atribuem o
fracasso da política de segurança ao fraco desempenho da inteligência chefiada
pelo delegado. Coluna, Claudio Humberto
Foi o presidente quem o indicou para o cargo. Conheceram-se em 1994, quando o delegado chefiou as investigações que resultaram na prisão dos seqüestradores de um sobrinho de Roberto Teixeira, compadre de Lula. O rapaz foi libertado após onze dias de cativeiro, sem pagamento de resgate. "A partir daí, a qualquer problema que havia com o pessoal do PT o Lula dizia: 'Chama o Mauro que ele resolve'", conta o delegado. Entre seus pares, Mauro Marcelo é tido como um policial brilhante. Especialista em crimes cometidos pela internet, formou-se delegado classe especial agraciado com o título de melhor da turma (na ocasião, compôs, para cada um dos professores, poesias que recitou de pé, uma delas intitulada "Gotas de sabedoria"). Colegas elogiam sua rapidez na resolução de crimes. "Enquanto a média dos delegados precisa de algumas semanas para resolver um caso, ele leva poucos dias. Às vezes, chega a uma conclusão em questão de horas", diz a delegada Inês Cunha, que trabalhou com ele em São Paulo. Sobre crimes na internet, Mauro Marcelo dá cursos, palestras e responde a dúvidas que colegas lhe enviam por e-mail. Aqui
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