REYNALDO
ROCHA
“É como
o ovo de uma serpente. Através das finas membranas, você pode claramente
discernir o réptil já perfeito” (Dr. Vergerus, personagem de O Ovo da Serpente, de Ingmar Bergman)
A semente do
radicalismo, da corrupção e violência já está plantada. Regada e cuidadosamente
cultivada.
Na
Alemanha pós-Weimar, numa cadeia de nome Landsberg, um líder chamado Adolf
Hitler tramava a conquista do poder pela via eleitoral. Conseguiu em 1933,
depois de escrever Mein Kampf!.
Foi nomeado
primeiro-ministro depois que o nacional-socialismo venceu a eleição prometendo
uma “Alemanha para os alemães” e uma era de prosperidade para todos que
aderissem ao pensamento único.
A política nazista era
simples na concepção. Escolhia-se um inimigo a ser destruído. Comunistas,
judeus, cristãos (afinal o cristianismo foi considerado pro Hitler um “atraso
social”). A partir de então, todos eram classificados de acordo com tal
critério.
Não havia censura à
imprensa. Não havia imprensa.
Políticos tinham duas
opções: ou aderiam às novas ordens políticas ou desapareciam.
No plano externo, o
nazismo não queria ser exemplo. Precisava ser prova inconteste de acerto. Para
tanto, até a força (econômica – mesmo de um país em ruínas – ou de canhões) era
justificável.
A democracia
(representada pelo “império americano”) era o Asmodeu dos poderosos. A doutrina
que destruía valores. Que ousava apontar divergências, falsidades e erros. Um
inimigo.
A ideologia não tinha
ideólogos. Tinha ícones.
A pouca consistência
das teses políticas era desprezada. Defendiam um “homem do povo”! Um pintor
medíocre que, infeliz e doente, se imaginava menor que qualquer outro. Alemão
ou não.
A idolatria em estado
bruto! Uma juventude (?) que seguia o líder como ratos encantados por um
flautista de Hamelin. Os devotos agrediam quem ousava contrariar a adoração do
líder maior. Financiados, alimentados e comprados pelo nazismo, marchavam
unidos para consumar o assassinato de adversários julgados pelo critério do
ódio.
Aliado ao que havia de
pior no mundo, incluindo ditadores histriônicos e risíveis (como Mussolini), o
nazismo era a ameaça que de tão ridícula e insana, não se julgava ameaça real.
Essa miopia histórica
custou milhões de vidas.
Não seria o caso de,
mantidas as proporções e também as motivações, constatarmos que o ovo já foi
chocado?
Já não é preciso
procurar o réptil em meio a membranas.
A serpente está entre
nós. Talvez espalhando ovos ao longo nossos caminhos.
Mas uma já há.
2 comentários:
Sábias palavras. Já vivemos em plena ditadura nazipetista e se não reagirmos com valentia ela se perpetuará.
Dilma, a danação da nação!
Ou o Brasil acaba com esse Lula,
ou esse Lula acaba com o Brasil!
VAMOS REAGIR!!!!!
À medida que o povo sem consciencia ou dopado for votando no PT estará preparando para num futuro breve o país transformar-se num inferno, pois cada um que vota dá mais calor para que novos ovos germinarem e apresentarem mais frutos podres de violencia, trafico de drogas e liberação das mesmas, casamentos gays e tudo enquanto forem trapaças.
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