O embaixador Américo Fontenelle já havia sido investigado em 2007, quando era cônsul-geral em Toronto (Canadá)
O conselheiro César Cidade é acusado de ter atirado uma caneca em um ataque de raivaGustavo Basso e Izabelle Mundim Do UOL, em São Paulo
Após
três denúncias feitas ao Itamaraty, oito funcionários do Consulado Geral do
Brasil em Sydney, na Austrália apresentaram um abaixo-assinado pedindo a
abertura de um processo administrativo disciplinar contra o embaixador e
cônsul-geral Américo Dyott Fontenelle e o cônsul-adjunto do órgão, o
conselheiro Cesar de Paula Cidade, acusados pelo grupo de assédio moral e
sexual, homofobia, discriminação e abuso de poder.
Segundo
as denúncias, o comportamento "agressivo, discriminatório e
humilhante" dos dois diplomatas, transferidos para Sydney em 2010, fez com
que oito funcionários do consulado pedissem demissão e seis solicitassem
transferência do quadro permanente nos últimos dois anos. O texto do
abaixo-assinado também cita "o assédio sexual sofrido e relatado durante
os depoimentos pelas funcionárias Márcia Regina Monje de Castro, Viviane
Hottume Jones e funcionária que recentemente demitiu-se".
Américo
Fontenelle já foi investigado por assédio moral e sexual em 2007, quando atuava
em Toronto, no Canadá, mas a sindicância acabou arquivada pela dificuldade de
se obterem provas materiais, apesar dos "elementos testemunhais
relevantes".
Fontenelle está em período de férias,
não relacionado com o caso, e Cidade está sob licença-médica. Ambos devem
voltar ao trabalho até o fim desta semana. À reportagem do UOL, Cidade afirmou que não irá se pronunciar enquanto
não houver o resultado da investigação. Fontenelle não foi localizado.
Em
março, o embaixador do Brasil no Kuwait, Roberto Abdalla, foi enviado a Sydney
para analisar o caso. O diplomata apresentou seu relatório à Comissão de
Ética, que, até o final de abril, deverá decidir sobre a abertura ou não de um
processo de apuração ética, segundo o Itamaraty.
Em entrevista ao UOL, funcionários relatam que Abdalla tentou
dissuadi-los de prosseguir com as denúncias de assédio moral, o que, segundo o
Itamaraty, não foi registrado oficialmente.
O
funcionário Luis Henrique Neves, responsável pelo setor comercial e de
investimentos do órgão, afirmou que Abdalla tentou convencê-lo de que os
episódios que narrava não correspondiam às acusações. Ele diz ainda que, na
semana anterior à visita do embaixador do Kuwait, Fontenelle advertiu os
funcionários que Abdalla e ele eram grandes amigos e, por isso, a diligência
não daria em nada.
"Meu
depoimento ao embaixador do Kuait foi interrompido quando o cônsul-geral
entrou, sem bater, perguntando a Roberto, como chamou Abdalla, se a feijoada do
almoço estava boa", conta.
O
oficial de chancelaria Alberto Pinho Amarilho disse que na entrevista com
Abdalla, quando contava episódios vividos no órgão, ouviu do embaixador que era
visível o quão fragilizado estava e que deveria procurar ajuda médica.
A
assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que Abdalla não pode falar com a
imprensa para não invalidar o sigilo da investigação, informação que foi
repetida pela secretária do embaixador no Kuait, ao tentar contatá-lo.
'Bola da Vez'
Viviane
Jones, auxiliar administrativa do consulado desde novembro de 2011, já havia
trabalhado lá entre 2006 e 2007, e disse que suas experiências até então eram
positivas.
Em entrevista ao UOL, ela contou que, na segunda passagem, foi alertada
pelos colegas sobre o comportamento dos novos chefes. "Eles estão sempre
atrás de você, atrás da porta, ouvindo", afirmou, ressaltando que já no
primeiro dia ouviu gritos por chegar atrasada.
Segundo
ela, Fontenelle costumava fazer piadinhas e falar coisas inadequadas às
mulheres. "Já fazia com as mulheres que estavam lá. Quando cheguei, passei
a ser a bola da vez. Ele gosta de chegar de surpresa, sorrateiro, dando susto,
e falar algo ao ouvido ou tocar de modo invasivo", disse Viviane. Continue lendo aqui
Um comentário:
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