O silêncio cúmplice em torno das FARC

A censura que o bloco de governos sul-americanos — entre os quais o brasileiro — moveu contra o presidente colombiano, Álvaro Uribe, pela operação militar que matou o líder das Farc, Raúl Reyes, semana passada, em território equatoriano, faria sentido não fosse por um detalhe: trata-se de organização criminosa, que rouba, seqüestra, mata, tortura, trafica drogas e armas. Por Ruy Fabiano - Correio Braziliense


Não investe contra outras organizações políticas, num embate convencional, mas contra pessoas comuns, indefesas. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia definitivamente não são um grupo revolucionário político, detentor de uma ideologia, como o que Fidel e Che Guevara comandavam nos anos 50, em Sierra Maestra. São coisa bem diferente: uma organização de narcotraficantes, que faz do crime comum e hediondo fonte de captação de recursos, que alega destinar à sustentação de seus objetivos revolucionários.

O tal princípio de que os fins justificam os meios.

Há, neste momento, cerca de 800 (!) reféns em seu poder, tratados animalescamente, segundo quem de lá escapou, mediante resgate. Não obstante, as Farcs recebem apoio explícito — logístico, político e financeiro — dos governos do Equador e da Venezuela, que, ao assim agir, violam não apenas normas morais elementares, mas princípios inalienáveis do Direito Internacional.

Não faz, pois, sentido tratar o episódio dentro dos padrões clássicos de diplomacia — e o espantoso é que assim está sendo.

O Equador, que reclama de invasão de seu território por parte do exército colombiano, investe de forma muito mais contundente contra a soberania de seu vizinho, ao abrigar e financiar a organização criminosa que conspira contra um governo democraticamente eleito. Idem (e com acréscimos) a Venezuela.

Goste-se ou não do presidente colombiano, ele foi eleito e desfruta de amplo apoio de opinião pública — bem mais expressivo que o hipotecado neste momento pela população venezuelana a Hugo Chávez. Mesmo que não desfrutasse, isso não lhe retiraria a legitimidade nem a transferiria para o outro lado.

O paralelo que cabe, para ilustrar a situação, é outro. Imagine-se se o Comando Vermelho, de Fernandinho Beira-Mar, movesse luta armada contra o governo brasileiro, ocupasse espaço considerável do território nacional e recebesse dinheiro e armas de um país vizinho, que, ainda por cima, cedesse seu território para movimentação e abrigo de tropas.

O governo brasileiro então, localizando em sua fronteira as tropas de Fernandinho Beira-Mar (aliás, discípulo e aliado das Farc), cometeria delito se a transpusesse e se antecipasse ao ataque?

É disso que se trata. No entanto, os governantes desse bloco — entre os quais o chanceler brasileiro — referem-se às Farc como uma organização política legítima (uma CNBB com pólvora) e à reação do governo colombiano como um despropósito geopolítico.

É espantoso que chefes de Estado, como Hugo Chávez e Rafael Correa, hipotequem solidariedade pública a criminosos que traficam drogas e matam por ofício, detendo neste momento centenas de reféns em condições abjetas. Não apenas se solidarizam: fortalecem seus efetivos, financiando a aquisição de armamentos pesados.

Apesar do indiscutível perfil criminoso, que as desqualifica de maneira inapelável para o embate político civilizado, as Farc integram há anos uma organização continental, fundada em 1990 pelo PT (então presidido por Lula) — o Foro de São Paulo. Essa organização congrega partidos e entidades de esquerda e debate ações estratégicas conjuntas para que assumam e exerçam o poder no continente. Até aí, nenhum problema.

Só que, ao admitir a presença de uma organização criminosa em seu âmbito, o Foro torna-se cúmplice moral dos delitos por ela praticados — e eis aí a fonte dos constrangimentos do governo brasileiro neste episódio. Como justificar a presença de tal bando numa organização que se pretende ideológica e civilizada?

Como ninguém toca no assunto, o que fica é a suspeita — sustentada por facções conservadoras do continente — de que as Farc cumprem missão de relevo no Foro. Atendem simultaneamente a duas demandas permanentes da ação revolucionária: captação de recursos (via ação criminosa) e treinamento militar de efetivos.

Nesses termos, a censura descontextualizada ao governo da Colômbia, sem nenhuma contraparte aos governos do Equador e da Venezuela, é um escândalo político. Mais um. Correio Braziliense –


AMERICANO INSISTE: TAM LEVOU ARMAS PARA A VENEZUELA
O americano Kenneth Rijock, da consultoria World Check, ex-"lavador" de dinheiro e hoje consultor do FBI,
reafirmou a esta coluna seu informe de 2 de março, alertando para o "perigo de guerra civil" com o envio de armas em "vôos secretos" da TAM para a Venezuela. O senador tucano Arthur Virgílio (AM) fez a denúncia e o ministro Nelson Jobim (Defesa) desmentiu, mas Rijock diz que um "alto executivo" da TAM o informou. Kenneth Rijock diz que só "o primeiro de quatro vôos secretos" da TAM levou à Venezuela "armas de borracha" e "munição" citadas por Jobim. TAM não informou o suposto importador de 1,33 toneladas de "pistolas Taurus" que admite haver levado, nem seus vôos dos últimos dez dias. A World Check diz basear seus relatórios em informações das "cinqüenta maiores instituições financeiras e de centenas de agências de governo". Por C.Humberto


O MURRO QUE URIBE DEU SOBRE A MESA, FEZ TREMER A ESQUERDA LATINA
“O presidente Álvaro Uribe despontou com um grande êxito político na operação do Exército colombiano, que matou o terrorista das FARC, Raúl Reyes, ainda que, para isso, os militares tenham tido de violar a soberania equatoriana”. Indicação do Notícias 24Hs – Análise de Miguel Angel Basteiner, no
“El País”.


FARC BOMBARDEARAM OLEODUTO EM BOGOTÁ
Rebeldes das FARC bombardearam um oleoduto no sudoeste do país, disse o governo colombiano na quarta-feira, numa possível represália à morte de um dos líderes da guerrilha no fim de semana. O conserto do oleoduto Trasandino, com capacidade para transportar cerca de 100.000 barris por dia na província de Putumayo, vai demorar cerca de três dias, segundo o vice-ministro da Energia, Manuel Maiguashca. O oleoduto, operado pela companhia estatal Ecopetrol, leva petróleo para o porto de Tumaco, no oceano Pacífico. Autoridades disseram que a responsabilidade pelo ataque é das Farc, cujo alto dirigente Raúl Reyes foi morto no sábado pelas forças colombianas em ataque no território do Equador. A operação militar em solo vizinho provocou uma disputa diplomática entre os dois países e a Venezuela, que defende o Equador. (Reportagem de Hugh Bronstein) – UOL/Notícias


POR QUE NÃO CHORAS, LULA?

Luto em Brasília. E o pior: o presidente Lula está proibido de chorar em público pela morte do companheiro Raúl Reyes, segundo em comando, líder militar das FARC, a maior e mais importante guerrilha comunista da América Latina. O braço político da revolução chama-se Foro de São Paulo, organização fundada por Lula e Fidel Castro e que reúne governos latino-americanos, partidos políticos de esquerda, e grupos guerrilheiros comunistas que vivem da exploração da cocaína, do seqüestro de personalidades (empresários, políticos, americanos) e do contrabando de armas. A perda para ambos foi grande. Marco Aurélio top top Garcia (MAG) estava arrasado. Entrevistado pelo programa Atualidade da Rádio Gaúcha dia 03/03/2008, mal disfarçava a dor. Felizmente, foi poupado de maiores constrangimentos pela apresentadora Ana Amélia Lemos, chefe da sucursal do jornal e da RBS em Brasília, que em momento algum mencionou a organização em que MAG é um dos principais líderes. Ana Amélia, eu presumo, nada sabe do Foro de São Paulo. Por por
Carlos Reis -© 2008 MidiaSemMascara.org – Leia mais aqui


ELES SEMPRE DIZEM: O INIMIGO ESTÁ LÁ FORA
É difícil para o Brasil fingir uma neutralidade que não tem. A estreita relação entre as Farc e o PT, desenvolvida ao longo dos anos no Foro de São Paulo, deixou marcas visíveis e dela emergem Marco Aurélio Garcia e seus áulicos. Infelizmente, o Brasil, que teria tudo para ser o protagonista da paz entre sul-americanos, conspurcou sua biografia com uma relação delituosa e longa com os narcotraficantes. É uma pena para Lulla que sempre sonhou com essa posição dentro da América Latina. Quando condena a invasão e cobra desculpas de Uribe, está só repetindo o que vem fazendo há anos: apoiando a guerrilha. Por Arthur Chagas Diniz é presidente do Instituto Liberal –Leia mais no
Jornal do Comércio


AÇÃO DO PT IRRITA MARCO AURÉLIO
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que ficou "surpreso e estarrecido" com a possibilidade de o PT apresentar representações contra ele. Mello afirmou que suas declarações foram feitas no âmbito do TSE, onde ele tem "total espaço para se manifestar sobre processos eleitorais". JB Online


VISITA DE LULA NÃO CONSTRANGE TRAFICANTES DO ALEMÃO
A presença de um homem armado
, flagrado pelo Globo, a poucos metros do palanque que receberá Lula no Rio, na próxima sexta-feira, demonstra que o tráfico continua em atividade normal. Deve ser porque a visita não instiga maiores preocupações, apesar do esquema inédito de segurança que está sendo armado para a visita do apedeuta, durante sua visita nas 3 favelas: - Alemão, Manguinhos e Rocinha Só das três Forças Armadas deverão ser destacados cerca de 1.200 militares, entre pára-quedistas e fuzileiros navais, integrantes de tropas de elite e combate. Haja!


“CHURRASQUEIRO DE LULA” SE NEGA A ABRIR SEU SIGILO
Lorenzetti foi convocado para depor na CPI das ONGs por suspeita de receber R$ 3,4 mi via Unitrabalho. Ele negou-se a entregar voluntariamente seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à CPI das ONGs dos últimos cinco anos. Ele afirmou que os dados já foram repassados à CPI dos Sanguessugas, que investigou a sua participação na compra de um dossiê contra políticos do PSDB em 2006. À época, foi cogitada a hipótese do uso de recursos da ONG na operação. Jorge Lorenzetti, o churrasqueiro do Lula, chefiou o núcleo de informações e inteligência da campanha à reeleição do Lula da Silva. O levantamento divulgado pela ONG Contas Abertas mostra que a Unitrabalho teria recebido de recursos do Ministério do Trabalho um dia antes da prisão de quatro pessoas acusadas de montagem e
negociação do dossiê.

4 comentários:

Anônimo disse...

se, a organização criminosa do FORO DE SÃO PAULO não vier a tona AGORA, aproveitando o embalo da sacudida provocada pelo presidente Uribe, esqueçam!

Anônimo disse...

URIBE REPRESENTA A MAIS LÉGITIMA DIREITA NA AMÉRICA LATINA. PENA QUE ESTÁ SOZINHO LUTANDO CONTRA O BANDO. SE HOUVESSE MAIS UM GOVERNANTE COMO ELE, A SITUAÇÃO SERIA OUTRA. URIBE ESTÁ ENFRENTANDO UNS DEZ PRESIDENTES MANCOMUNADOS COM O CRIME. COM 2 URIBES, A DEMOCRACIA NO CONTINENTE ESTARIA MAIS SEGURA. O QUE IMPRESSIONA É A PARALISIA DA "DIREITA", PELO MENOS NO BRASIL.

Anônimo disse...

Presidente se cuide!!!!
Agora ficou fácil para o Chávez sair explodindo Bogotá e dizer que foi vingança das FARC. O presidente deve reforçar sua segurança pessoal, pois o cenário é perfeito: o bandido pode se esconder atrás do outro, daquele que tem motivos explícitos para matar. Fácil, fácil.

Anônimo disse...

O preço do barril de petróleo aumentou depois explosão da refinaria na Colômbia. A quem interessa essa valorização?