Raposa Serra do Sol: conflito com data marcada

É grande a tensão na Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. O motivo foi a decisão da Polícia Federal de desocupar os não-índios. Operação Upatakon pode mobilizar até 500 homens para expulsar comerciantes e arrozeiros de área em Roraima.

A tensão em torno da ocupação da terra indígena Raposa Serra do Sol - homologada há três anos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva - aumentou nos últimos dias. O motivo foi o início, na quinta-feira, da Operação Upakaton 3 - nome dado pela Polícia Federal à serie de ações com que as autoridades federais pretendem retirar da área os últimos ocupantes que ainda estão lá: pequenos proprietários rurais, alguns comerciantes e um grupo de grandes e influentes produtores de arroz. Entre estes últimos, alguns prometem resistir à investida policial, com ações que vão de protestos públicos na capital, Boa Vista, a atos de sabotagem destinados a impedir a entrada dos policiais nas fazendas. Por Roldão Arruda - O Estado de São Paulo – Leia mais aqui



ANA JÚLIA CAREPA E SEUS DEMÔNIOS
Vejam que maravilha de capa do Jornal El Nuevo País de hoje, domingo - via Site 24Horas. Estamparam a foto de Carepa com Hugo Chávez (...), com os seguintes dizeres: “Se Chama Ana Carepa” – O presidente Hugo Chávez em seu périplo brasileiro desta semana. A dama que acompanha o presidente dos venezuelanos é a atual governadora do Estado do Pará e foi anfitriã do presidente na quarta-feira passada. Política profissional milita no mesmo partido de Lula da Silva. Fez 50 anos em dezembro passado e é mãe de uma jovenzinha de 15 anos”.


COMENTÁRIO:
Interessante não é? A menção da idade de Carepa e sua situação de mãe, abaixo de uma foto que envergonha a todos os brasileiros. Mas vindo de Ana Júlia, aquela que serviu uma adolescente à sanha de 27 presos nas cadeias do Pará, esperar o quê? Que respeite aos venezuelanos, aos brasileiros, à sua filha de 15 anos? É exigir muito além do que ela é capaz de nos oferecer. Por Gaúcho/Gabriela


FACÇÃO VIRA “FAMÍLIA” E BUSCA FARC

Na Bolívia, líder do PCC negociou fornecimento de 1 tonelada de cocaína, além de fuzis e explosivos para atentados – Por Marcelo Godoy – O Estado de São Paulo

O primeiro encontro foi em Corumbá (MS). Era uma noite de sábado. Vindos de São Paulo, os emissários foram hospedados na cidade e levados à fronteira com a Bolívia na manhã do dia seguinte. Miguel, filho de Dom Eduardo, homem influente na região de Porto Quijaro, recebeu-os. Assim começou a viagem que tinha como objetivo fazer da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) uma organização internacional de tráfico de drogas, fechando um acordo com traficantes bolivianos ligados às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Buscava-se garantir o fornecimento de 1 tonelada de cocaína por mês, além de fuzis e explosivos para atentados.

Naquela manhã de janeiro, o telefone tocou na base de fronteira mantida pela polícia perto de Porto Quijaro. O policial boliviano que recebeu a ligação ouviu um pedido da parte de Dom Eduardo. Ele queria concessão de vistos de permanência de 90 dias na Bolívia para dois homens com quem pretendia fazer negócios. Era Wagner Roberto Raposo Olzon, o Fusca, emissário enviado pela cúpula do PCC para tratar do acordo em nome da “família”, como agora os chefões se referem à facção, e seu ajudante.

O relatório sobre a viagem foi apreendido pelos policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em poder de Fusca, preso em 28 de fevereiro, na Avenida Guilherme Cotching, na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo. São quatro páginas escritas à mão em que o tesoureiro da facção conta detalhadamente a missão na Bolívia. Com o filho de Dom Eduardo, o PCC acertou a entrega de 50 a 70 quilos por mês do cocaína. O preço acertado foi de US$ 2 mil por quilo, mais R$ 1,5 mil de frete para cada “peça” transportada até São Paulo.

Depois desse primeiro acerto, o emissário da cúpula do PCC teve novo encontro. “Na segunda-feira, embarcamos para Santa Cruz (de la Sierra) de avião. Chegando lá, fomos recepcionados pelo Capilo e pelo Velhote”, escreve Olzon. Ele esclarece que Capilo “é o careca paraguaio” e relata a chegada de mais um personagem dessa história, o traficante boliviano William, “alguém muito bem estruturado, que faz negócio com muitos dos nossos irmãos”.

“Fomos todos para a mansão de William. Lá chegando, partimos para o ‘papo reto’, dissemos para ele por que viemos e que viemos representando a família num todo e não viemos para fazer negócio pessoal para ninguém. Deixamos bem claro que, se algum dia alguém veio até eles fazer negócio pela família, foi golpe.”

Olzon contou aos bolivianos e paraguaios “os trabalhos que a família desenvolve”. Falou da ajuda a parentes de presos, das cestas básicas e do pagamento de advogados. “(Eles) entenderam e mostraram uma grande vontade de participar desse projeto nosso”. Então, trataram do preço e das primeiras encomendas. Acertaram que William e Capilo mandariam dez peças (quilos) cada um. A família pagaria US$ 5 mil, com frete incluso. Estavam fechando o negócio quando chegou “um cara, amigo do William”. O boliviano pediu licença e foi conversar com a visita. Quando o homem foi embora, William contou aos convidados brasileiros que o visitante “fazia parte das Farc e era técnico em bombas”. Os emissários do PCC se interessaram e o boliviano revelou que seu amigo era “capaz de fazer aviões de brinquedo com explosivos, carros-bomba e explosivos pequenos que dá para colocar rapidamente em qualquer lugar com grande poder de explosão”. “William nos disse que tem bastante explosivo plástico guardado, então dissemos para ele que isso é muito importante para nós também.”

Por fim, Olzon e seu ajudante passaram a conversar com os bolivianos e paraguaios sobre a compra de “ferramentas” (armas). “Eles nos passaram canetas (fuzis) de US$ 4, 5 e 6 mil .” O pagamento dessa mercadoria deveria ser feito na Bolívia, mas o frete ao Brasil seria de graça. Olzon afirma aos seus superiores que William tem capacidade para suprir grandes encomendas e diz que o boliviano negocia com “muitos irmãos”, um dos quais recebe 300 quilos e paga em dinheiro os carregamentos. O emissário garante no relatório que “há capacidade para entregar 1 mil (quilos de cocaína) aqui por mês”.

O contato entre a família e o cartel da droga boliviano seria feito por meio de um homem conhecido como John, “que é amigo de Bombom”. Integrantes da inteligência policial de São Paulo tentam há meses identificar Bombom. Sabe-se que ele e Carlos Antônio da Silva, o Balengo, estão entre os mais importantes integrantes da facção em liberdade. Balengo é responsável por roubos, entre outras operações, e Bombom e Olzon cuidavam da contabilidade e do tráfico. Em sua volta ao Brasil, Olzon escreveu o relatório para a cúpula da família. “Sobre nossa estrutura, estamos providenciando e passaremos via rádio, mas, para o que está chegando, está tranqüilo. Dentro de 30 a 45 dias estaremos prontos para fazer todo o trabalho.”


ABAIXO (TEXTO OCULTO), AS SEGUINTES MATÉRIAS:
- Advogado montava central para espionar autoridades
- PCC fatura 511% a mais em 2 anos
- Arquivos podem ferir Chávez e Correa


ADVOGADO MONTAVA CENTRAL PARA ESPIONAR AUTORIDADES
Escutas flagram líderes discutindo como fazer grampos ilegais - Marcelo Godoy

Denunciado neste mês por formação de quadrilha, o advogado Sérgio Wesley da Cunha era uma das peças mais importantes no plano do Primeiro Comando da Capital de montar uma central de inteligência para espionagem. Os alvos seriam policiais, diretores prisionais e autoridades do governo estadual. Cunha teve prisão preventiva decretada pela Justiça, para evitar que continue se comunicando com a cúpula do PCC.

Interceptação de conversas mantidas pelo advogado com o segundo homem na hierarquia da facção, Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e com Daniel Vinícius Canônico, o Cego, porta-voz de Marco Camacho, o Marcola, mostram os planos para adquirir equipamentos e fazer escutas clandestinas de telefones.

Os três discutiram em janeiro a compra, por R$ 700 mil, de um equipamento semelhante ao guardião, o computador usado pela Polícia Federal e pela Polícia Civil de São Paulo para gravar centenas de ligações telefônicas simultaneamente.

Dinheiro para a operação não era problema. Os líderes do PCC chegaram a dizer ao advogado, que servia de pombo-correio para a facção, que estavam dispostos a bancar a ida de Wesley para Miami (EUA), onde o equipamento poderia ser adquirido. Para driblar as restrições de venda existentes para esse tipo de tecnologia, a facção criminosa pensou em abrir uma empresa fantasma de segurança, a fim de justificar a compra.

Para o promotor Marcio Sérgio Christino, do Ministério Público de São Paulo, seria quase impossível a facção usar um aparelho como o guardião, pois as empresas de telefonia fiscalizam o sinal dos aparelhos e descobrem quando está sendo transferido para outro aparelho sem autorização judicial. Além do guardião, a facção foi atrás de outros equipamentos para grampear telefones, conforme a conversa gravada.

Cunha é o mesmo advogado que foi acusado de subornar um funcionário do Congresso em 2006 para obter os depoimentos sigilosos de policiais de São Paulo dados à CPI do Tráfico de Armas. Ele foi preso no dia 10 de março, em seu escritório, na zona norte de São Paulo.

PCC FATURA 511% A MAIS EM 2 ANOS
Facção nascida nos presídios arrecada R$ 4,89 milhões por mês e já começa a atuar no tráfico internacional – Por Marcelo Godoy

O faturamento da facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) cresceu 511% em dois anos e meio. Mesmo com todo o esforço das autoridades no combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro patrocinada pelo crime organizado, o exército de criminosos chefiado por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, cada vez lucra mais. A organização, que já se havia transformado em atacadista no mercado de cocaína no País, agora dá os primeiros passos no tráfico internacional de entorpecentes e busca um acerto com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O Estado de São Paulo – Leia mais
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ARQUIVOS PODEM FERIR CHÁVEZ E CORREA
Andres Oppenheimer* - O Estado de São Paulo

O presidente venezuelano Hugo Chávez, o presidente do Equador, Rafael Correa, e guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) emitiram declarações frenéticas refutando a autenticidade de arquivos de computador explosivos recolhidos pela Colômbia depois de seu ataque de 1º de março a um acampamento rebelde no Equador. Eles podem ter boas razões para estar preocupados.

Se forem provadas autênticas por uma equipe de especialistas forenses em computador da Interpol convidada pelo governo colombiano para examinar três laptops Toshiba arrebatados do líder rebelde morto, Raúl Reyes, durante o ataque, os documentos indicariam, entre outras coisas, que as carreiras políticas de Chávez e Correa foram parcialmente financiadas por um dos grupos terroristas mais violentos do mundo.

Além disso, os documentos falam de um fundo de cerca de US$ 300 milhões que Chávez estaria criando para as Farc, e de um apoio ativo de Correa a acampamentos das Farc no Equador. Enquanto Chávez pede que o mundo dê às Farc um status de “beligerante”, o que equivaleria a uma legitimação diplomática, os EUA, o Canadá e os 27 países da União Européia definem as Farc como um grupo “terrorista”. A equipe da Interpol que está examinando os computadores deve emitir seu veredicto sobre a autenticidade dos arquivos em meados de abril.

O governo Chávez ridicularizou os arquivos como “falsificações”, e Correa os tem chamado de “infâmia”. Uma declaração das Farc publicada no site do Ministério da Informação da Venezuela ridiculariza as afirmações da Colômbia sobre os arquivos, dizendo que eles não teriam sobrevivido ao ataque do Exército colombiano “mesmo que fossem à prova de bala”.

Ante essas negativas, telefonei para altas autoridades colombianas, incluindo o chefe de polícia, general Óscar Naranjo, o encarregado da investigação da Colômbia, e para analistas políticos. Perguntei como eles pretendem convencer o mundo de que os documentos são autênticos. Entre suas respostas:
Primeiro, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, estaria cometendo o maior erro de sua carreira - equivalente à afirmação de George W. Bush de que havia armas de destruição em massa no Iraque - se tivesse divulgado documentos que se revelariam falsificações.

Segundo, Uribe seria muito tolo de convidar a Interpol para examinar os computadores de Reyes e tornar público seu relatório. A Colômbia informa que deu à equipe da Interpol pleno acesso não só à investigação, mas também aos próprios computadores.

Terceiro, é quase impossível manipular um disco rígido de computador sem deixar traços que seriam detectados por especialistas. “Os especialistas da Interpol poderão determinar, além de qualquer dúvida, se esses documentos foram modificados, apagados ou acrescentados à memória do computador após o ataque de 1º de março”, disse-me o general Naranjo.

Quarto, há mais de 2 mil fotos de Reyes e seus colegas guerrilheiros das Farc nos computadores, incluindo alguns visitantes bem conhecidos em acampamentos rebeldes. Como o Exército colombiano poderia ter forjado essas fotos?, perguntam autoridades colombianas. Até mesmo uma foto do computador de Reyes que autoridades colombianas haviam erroneamente descrito como mostrando Reyes em companhia de um ministro equatoriano revelou-se uma foto autêntica do líder rebelde morto com outra pessoa, dizem elas.

Quinto, autoridades costa-riquenhas encontraram US$ 480 mil em dinheiro na casa de um simpatizante das Farc perto da capital da Costa Rica, com base em informações encontradas em computadores de Reyes, segundo autoridades colombianas e costa-riquenhas.

Sexto, as autoridades colombianas ridicularizam as alegações das Farc de que os computadores não poderiam ter sobrevivido ao ataque: mais da metade das estimadas 60 pessoas que estavam no acampamento guerrilheiro no momento sobreviveu, e muitos objetos sofreram poucos danos, dizem eles. Depois de entrevistar autoridades colombianas, liguei para vários especialistas em computador para perguntar se seria tecnicamente possível o Exército colombiano ter alterado os computadores sem deixar marcas. “Seria extremamente difícil, se não impossível, alguém plantar evidências consistentes depois do fato”, disse Jason Paroff, chefe de operações forenses de computadores da Kroll Ontrack Inc., uma das maiores empresas mundiais de recuperação de dados, com sede em Minneapolis. “Se alguém plantou evidências, a equipe (da Interpol) descobrirá.”

Ou Uribe é louco de convidar a Interpol para verificar a autenticidade dos arquivos, ou Chávez e Correa em breve ficarão expostos ao mundo como mentirosos compulsivos e aliados de terroristas. A julgar pelo que os especialistas em computadores dizem, será uma coisa ou outra. Façam suas apostas. -
Andres Oppenheimer é colunista do ‘Miami Herald’

5 comentários:

Anônimo disse...

Dar quase beijo na boca de Chávez é pura “tietagem”, de num governo de cabeleireiras, enfermeiras e esteticistas...valores dos aspones do PT

Anônimo disse...

Ela Devia ter esticado mais o pescoção prá beijar de uma vez o Chávez. SAFADA!

Anônimo disse...

PT=PCC=FARC

CAntonio disse...

Caros amigos,

Após um longo período estou de volta.

Pelo visto a luta a cada dia se torna mais árdua, mas não esmoreceremos.

Grande abraço,

Forum Celular Espião disse...

Gostei muito deste site e por isso resolvi colocar uma mensagem para conhecimento de todos. Já existe uma maneira de se fazer grampo de celular. Chama-se telefone espião. Você pode encontrar no site www.celularespiao.net