Vivam as mamães-galinhas!

Na semana passada, tivemos a desagradável oportunidade de assistir a uma verdadeira sessão de baixaria no senado federal.

Não pude acreditar no que meus olhos estavam vendo. Como pode um senador e uma senadora, trocarem tamanhas acusações que só podem ser comparadas às conversas travadas entre juízes, técnicos, jogadores de futebol e torcedores quando discutem um lance polêmico na partida e isto, em uma pelada de várzea.

Precisamos, entretanto, separar muito bem as manifestações para não incorrermos em um apaixonado juízo de valor motivado por clamores alheios.

A líder do governo no senado, de maneira bastante ardilosa, como é da característica de seu perfil, tentou de todas as formas, denegrir a imagem do senador que chamou a ministra-chefe da casa civil, Dilma Roussef de "galinha cacarejadora", fazendo alusão ao termo usado pelo ditador nazista em seu livro "Mein Kampf". A bruaca vermelha, bradou, gritou, ruborizou-se, inflamou-se, palrou monotonamente e incitou outras senadoras a indignarem-se contra as acusações do parlamentar.

Não se contentando com o reduzido quorum do plenário, buscou ampliar seu escopo de atuação e leu um confuso, desordenado e misturado manifesto o qual, asseverou representar a voz de todas as mães do Brasil que, naquele momento, sentiram-se aviltadas como mulheres, atirando todas na mesma vala comum da imbecilidade e querendo nos fazer acreditar que, todas as mães e mulheres sentiram-se na "pele da ministra".

Nada mais risível, nada mais infantil, nada mais inapropriado. Pura falta de capacidade interpretativa aliada à patológica moléstia que afeta os membros do partido dos trabalhadores que sempre jogam com a ignorância popular através de apelos melodramáticos da elite contra os pobres.

Os verdadeiros e, puros corações das mães, souberam e sabem muito compreender o sentido das palavras utilizadas pelo senador que, talvez, por sua pureza de caráter, não ponderou as funestas conseqüências que, sua manifestação, desencadearia nas mentes putrefatas de seus algozes.

Honestamente, não se tratam da defesa da ministra, os incandescentes desabafos da líder do governo, pois, se quisessem mesmo defendê-la, não teriam faltado à comissão de infra-estrutura onde os ferozes leões da oposição conseguiram aprovar requerimento convocando a ministra para depor. Trata-se de amealhar simpatia ao PT através da antipatia por um senador que, apesar de pertencer a partido da base aliada do governo, é um opositor ferrenho aos atos podres do mesmo.

Quem, no reino animal, representa com a mais pura intensidade, o espírito protetor de mãe? Aquele instinto natural que, leva o animal, quando preciso, ao próprio sacrifício, no sentido de resguardar sua prole contra as intempéries e os ataques dos mais diversos predadores. Excetuando-se a postura da mamãe canguru, quem melhor exerce o papel de progenitora e contumaz defensora, sem a menor sombra de dúvidas, é a galinha.Claro que, podemos estender a lista para as cadelas, baleias, porcas, elefantas, macacas e tantas outras mamães do reino animal, mas, vamos nos fixar neste exemplo que, está, digamos mais próximo de nós, em nossos lares, em nossas mesas, quase todos os finais de semana.

Em primeiro lugar, nunca ouvi falar de uma galinha que transasse com mais de um galo, nem tampouco, de um galinheiro que tivesse mais de um galo. Existem sim galinheiros com mais de uma raposa, principalmente galinheiros palacianos e raposas governamentais, mas, no âmbito animal galináceo, só um macho da galinha pode reinar. A preocupada ave, logo após a postura confere, a todo instante, a quantidade de ovos, assegurando que o número não se altere, cuida para que sejam carinhosamente revolvidos, garantindo que todos recebam a mesma quantidade de calor o tempo todo.

Entrega-se ao suplício da fome quando os pintinhos começam a romper as cascas dos ovos que os envolvem, ajuda pacientemente com seu bico a retirar, os menores fragmentos, permitindo que as frágeis e pequeninas aves venham ao mundo sem qualquer ferimento. Pedacinho por pedacinho a mamãe-galinha vai trazendo sua ninhada para a proteção e aconchego debaixo de suas asas, verdadeiras carapaças de amor. Durante dias e noites, a nobre ave, não descansa um instante sequer, buscando alimento, ciscando a terra, alimentando seu maior tesouro na forma de pequeninas bolinhas amarelas de penugem.

Os pintinhos vão crescendo e a mamãe-galinha continua sua árdua tarefa ensinando-os a encontrar alimento, escarafunchando o terreiro, mostrando como usar suas engraçadinhas patinhas. Ao menor sinal de perigo, basta um cacarejar e, a mamãe-galinha abre suas poderosas asas transformando-se em uma verdadeira arma de combate, escondendo seus bebês, ao mesmo tempo em que, enfrenta o potencial inimigo.

Ouso asseverar que muitas mulheres não são dotadas do mesmo instinto chegando ao ponto de abandonarem à própria sorte seus recém-nascidos, quando não os matam. A mamãe-galinha não. Assume o compromisso do início ao fim, custe o que custar.

Por todas estas qualidades maternas, me é penoso (notem o jogo de palavras) acreditar que, uma galinha possa ter sua imagem vinculada à de uma mulher que pratica o ato sexual por dinheiro ou que, seja de reputação duvidosa que se entrega com facilidade ou ainda que, não se contenta em ter apenas um parceiro sexual. Trata-se de fruto do imaginário popular, assim como, um ser humano porco é aquele não toma banho (o animal não toma banho porque não tem outra opção), um elefante é uma pessoa gorda, um asno ou burro é alguém analfabeto ou apedeuta (temos um grande exemplo), uma raposa é alguém muito esperto e ardiloso (quantos exemplos temos no governo), um papagaio é quem fala muito e só repete o que ouve (mais exemplos na política estão disponíveis), uma gata é uma mulher sexy, linda, sensual (teve gata que derrubou até presidente do senado) e é extenso o rol de comparações "humanos-animais", sejam por suas qualidades, sejam por seus defeitos.

É prática do ser humano explicar suas virtudes ou defeitos através de exemplos animais. Pena que o contrário não possa ser constatado. Sendo assim, sou forçado a comparar a galinha com aquela mãe verdadeira, protetora, preocupada, sempre presente, carinhosa e cuidadosa e não a uma mulher de vida fácil ou, de vida pública.

Vale lembrar também que o ovo, em muitas religiões, representa a vida e, seguindo uma lógica de raciocínio, podemos asseverar que a galinha "bota vida". Cabe a opinião pública colocar na balança da moralidade os fatos e ponderar sobre quem disse a verdade. No mais, não nos esqueçamos que o Dia das Mães está chegando, por isso, saúdo antecipadamente a todas as mamães. Mamães-gatas, mamães-cadelas, mamães-passarinho, mamães-crocodilo, mamães-peixes, mamães-baleias e é claro, mamães-galinhas. Por Omar Mahmoud – Membro e Moderador da Comunidade do MOVCC


COMENTÁRIO
Não vimos até o momento a menor astúcia dessas mulheres do petismo para saírem em defesa do contribuinte, que é roubado na cara dura.

Não há coisa mais ligeira e perniciosa do que a língua comprida e desenfreada dessas petistas oportunistas, temerárias, perigosas e maliciosas, dissimulando um elevadíssimo grau de moral em favor de respeito às mulheres brasileiras. Que moral é essa? Quando sabemos que esta moral "gritada" está em decadência política.

Ora, o que têm haver a "galinha que cacareja", com a vida sexual das mulheres do Brasil? Eu não visto a carapuça, nem tampouco me senti ofendida, porque entendi muitíssimo bem a colocação feita.

As nossas mulheres são verdadeiras heroínas enfrentando a epidemia de DENGUE, pelo descaso desse desgoverno que ai está.Enfrentando às lágrimas, com o pensamento de morte que apavora a todos nós, por descuido de gente incompetente que deveria estar exercendo outras profissões, e nunca estar cuidando do bem público!

Ao invés dessas senhoras estarem preocupadas com as doenças que estão tirando os filhos de suas mães, ficam subindo à tribuna para perderem o tempo precioso com as sombras que as atingem, por expressão subjetiva que retrata esse momento vulgar da vida política.

Está mais do que evidenciado que vocês "cacarejam" muito, e fazem pouco por essa multidão de mulheres desesperadas nas filas dos hospitais públicos, sem atendimento por falta de médicos, com seus filhos morrendo de DENGUE. E, esses médicos ganhando a miséria da miséria do salário, enquanto os aloprados sem competência se beneficiam de cartões corporativos, e ganham salários milionários. Essa é a gangue do momento!

Excluo-me da lista das ofendidas e defendidas pelas petistas, e me incluo na lista da solidariedade a todas as mães que choram e lutam para salvarem seus filhotes da Dengue e de outras doenças primitivas que estão voltando pelo pouco caso com a saúde. Por Gabriela/Gaúcho

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