Mafias do cartel de Pando cruzam a fronteira para se refugiar no Brasil

Domingo, 18 de maio de 2008
Pelo menos, 11 dos 20 membros do cartel de Pando cruzaram a fronteira com o Brasil para escapar da prisão. A denúncia é da polícia boliviana. Nos últimos dias, essa polícia prendeu oito dos principais líderes desse cartel, que executou 13 pessoas em Cobija.

Um dos mafiosos mais procurados é o brasileiro Raimundo Correa de Oliveira, o Boca de Jóia, proprietário de grandes áreas de terras na zona rural de Puerto Rico. Ele seria o mandante da maioria dos crimes de execuções ocorridos nessa região. Mais de 50 policiais de La Paz continuam a vasculhar várias cidades e a efetuar prisões. Somente na segunda-feira é que o capitão Porto, que comanda uma força para combater o crime organizado de Pando, irá se pronunciar sobre o número exato de prisões efetuadas. Jornal A Tribuna (do Acre)



TRAFICANTES DA BOLÍVIA, BRASIL E PERU BRIGAM POR CONTROLE DE POVOADO, NA FRONTEIRA COM O ACRE
LA PAZ, 18 Mai 2008 (AFP) - Traficantes bolivianos, brasileiros e peruanos que disputam o controle da cidade de Cobija, no extremo norte da Bolívia e fronteira com o Brasil, deixaram dez mortos esse ano em tiroteios e supostos acertos de contas, informou o governo.

"Cobija se tornou um ponto de passagem da droga peruana para o Brasil. Há uma rede de receptores bolivianos responsáveis por passar a mercadoria para os traficantes brasileiros", afirmou o chefe da polícia da região de Pando, que tem Cobija como capital, coronel Oscar Nina.

"Os próprios grupos (de traficantes) roubam as drogas, o que iniciou a onda atual de acertos de conta", informou o governo.

O Ministério de Governo (Interior) informou na sexta-feira que desde o início do ano já se registraram nove mortes em tiroteios e acertos de contas na cidade - de 36.000 habitantes-, enquanto o jornal La Razón indicou uma décima vítima na noite de sábado.

Os violentos incidentes provocaram "um toque de recolher informal" durante as noites, já que as pessoas têm medo de andar nas ruas, disse Federico Aghuillar, secretário da prefeitura de Pando. - Da France Presse


QUATRO MAFIAS DISPUTAM COBIJA
O negócio: A droga que vem do Peru diretamente para o Brasil
Em 2007, 15 pessoas morreram a tiros em Cobija. Esse número já foi superado entre fevereiro e maio deste ano, com o assassinato de 11 indivíduos abatidos nas ruas da cidade amazônica fronteiriça ao Brasil.

A Policia descobriu que se trata de uma guerra entre dois, dos quatro bandos que brigam pelo poder nessa cidade que se converteu, há alguns anos, no corredor da cocaína peruana que passa com destino ao Brasil, segundo o comandante da Policia, Óscar Nina.

“Os montes e arredores de Cobija hão de estar crivados de centenas de cadáveres, sobretudo, de peruanos que no afã de transportarem os carregamentos, morreram em ataques perpetrados pelas outras máfias, porque eles - os “narcos” peruanos - entram pela fronteira e tratam de fazer negócios diretamente com os compradores brasileiros, disse o comandante. Certamente, que os bolivianos estão reagindo porque eles querem participar dos negócios, forçando sua intermediação.

Acreditamos que 4 organizações criminosas operam em Cobija e Brasilea, situada ao outro lado da linha divisória (no Brasil). Uma delas é encabeçada por um boliviano apelidado de “Doyi”; outra, por um peruano chamado Joel que atua do lado brasileiro; uma terceira que se move discretamente, e a última que é chefiada por Mauro Vásquez, que tombou terça-feira passada, junto com outros seis membros do grupo, segundo o diretor da FELCC, Carlos Oporto. La Prensa – 18/maio de 2008 – leia matéria completa aqui

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