Terminou em confusão a audiência pública sobre a terra indígena Raposa Serra do Sol, hoje, na Câmara Federal. Um índio que não quis dizer a etnia atacou o deputado Jair Bolsonaro, jogando-lhe um copo d’água. O tumulto foi generalizado e a sessão teve que ser encerrada.
Jair Bolsonaro, deputado pelo Rio de Janeiro, criticou duramente o ministro Tarso Genro e chamou-o de “terrorista” e “guerrilheiro”, além de “mentiroso”. Os ataques se seguiram de ambos os lados e de repente um índio levantou-se e jogou um copo com água nas costas do parlamentar carioca.
Bolsonaro levantou-se e avançou sobre o índio. Os seguranças entraram no meio dos dois. Outras pessoas também entraram na confusão e quase tinha início uma briga generalizada.
Outro momento tenso envolveu o governador Anchieta Júnior e a deputada Perpétua Almeida (PC do B–AC). Ela leu uma reportagem que o governador considerou mentirosa. Anchieta perguntou se a deputada já tinha vindo a Roraima e diante da resposta negativa, disse que ela não tinha legitimidade para tratar da polêmica questão.
Perpétua Marques retrucou que sendo parlamentar e eleita pelo povo tem legitimidade para tratar sobre qualquer tema. O governador reformulou a afirmativa, dizendo que a deputada não tinha conhecimento sobre os problemas da Raposa Serra do Sol e encerrou o embate. Da Redação da Folha de Boa Vista
Jair Bolsonaro, deputado pelo Rio de Janeiro, criticou duramente o ministro Tarso Genro e chamou-o de “terrorista” e “guerrilheiro”, além de “mentiroso”. Os ataques se seguiram de ambos os lados e de repente um índio levantou-se e jogou um copo com água nas costas do parlamentar carioca.
Bolsonaro levantou-se e avançou sobre o índio. Os seguranças entraram no meio dos dois. Outras pessoas também entraram na confusão e quase tinha início uma briga generalizada.
Outro momento tenso envolveu o governador Anchieta Júnior e a deputada Perpétua Almeida (PC do B–AC). Ela leu uma reportagem que o governador considerou mentirosa. Anchieta perguntou se a deputada já tinha vindo a Roraima e diante da resposta negativa, disse que ela não tinha legitimidade para tratar da polêmica questão.
Perpétua Marques retrucou que sendo parlamentar e eleita pelo povo tem legitimidade para tratar sobre qualquer tema. O governador reformulou a afirmativa, dizendo que a deputada não tinha conhecimento sobre os problemas da Raposa Serra do Sol e encerrou o embate. Da Redação da Folha de Boa Vista
A sessão terminou em confusão, quando o líder indígena Jecinaldo Sateré Maué, presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), tentou jogar um copo de água no deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). "É que eu não tinha uma flecha naquela hora", lamentou o índio, ao comentar o incidente, antes de deixar a Câmara.
Em vários momentos durante mais de três horas de audiência, Bolsonaro e Tarso Genro discutiram. O deputado chamou o ministro de "terrorista mentiroso". "A mim não impressionam gritos e olhos arregalados", reagiu Tarso.
Sob protestos de vários deputados, que exigiam que o ministro retirasse o termo terrorismo, Tarso Genro não voltou atrás, disse que a maioria dos não-índios "está lá de boa fé", mas que na região há também "grileiros, traficantes e grupos violentos que estão lá para cometer ilegalidades".
Tarso Genro defendeu a ação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança que, na semana passada, resultou na prisão do líder arrozeiro Paulo César Quartiero, depois de confronto entre índios e funcionários da fazenda do agricultor. O ministro afirmou que a fazenda de Quartiero, que fica dentro da reserva, é uma "posse precária, sem titularidade".
O ministro considerou "fetiche" a idéia de que a demarcação contínua da reserva em área de fronteira tira a soberania nacional. Tarso Genro garantiu que as Forças Armadas têm total autonomia para agir nas terras indígenas e reiterou que o Ministério da Defesa apresentará em breve um plano de ocupação das fronteiras da Amazônia, com instalação de novos postos de vigilância e segurança.
Na mesma audiência pública, realizada pelas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da Amazônia, o governador de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), que tenta no Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de demarcação contínua da reserva, disse que a Polícia Federal não estava preparada para iniciar, no início do mês passado, a operação de retirada dos não-índios da reserva. A operação foi suspensa por determinação do STF, que atendeu um pedido do governador. "Eu evitei uma tragédia. O presidente Lula tem que me agradecer por isso. Salvamos centenas de vidas. Morreriam índios, mas também muitos policiais federais. Seria uma tragédia", disse Anchieta aos deputados.
A maioria governista na audiência pública impediu o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) de exibir um vídeo de pouco mais de sete minutos com imagens da visita de Tarso Genro à reserva, logo depois do conflito da semana passada, e de militares da Força Nacional em ação para reprimir manifestação dos defensores de Quartiero. O vídeo mostrava também a prisão do arrozeiro e tinha as cenas intercaladas com trechos de declarações de Tarso Genro feitas na região.
Questionado sobre os custos da operação policial na Raposa Serra do Sol, o ministro informou que a União já gastou pelo menos R$ 200 mil. "Gastos bem inferiores à multa do Ibama pela devastação na região", acrescentou o ministro, referindo-se à multa de R$ 30,6 milhões aplicada pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por danos ambientais na Fazenda Depósito, de propriedade de Quartiero.
No fim da audiência, Tarso Genro informou aos parlamentares que o valor da multa vai diminuir "se ficar provado que o agente cometeu algum excesso". Pouco antes, o deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR) tinha questionado o ministro, que é gaúcho, os motivos de a punição ao líder arrozeiro ter sido aplicada "só agora" e de "nenhum produtor do Rio Grande do Sul ter recebido R$ 30 milhões de multa."
O tucano foi um dos deputados que protestaram por Tarso Genro ter falado em terrorismo na reserva. "Não admito chamar o povo de Roraima de terrorista. Lá não tem bandido", bradou Urzeni, para quem "o Ibama é a arma, o braço do governo federal contra Roraima". "Nunca chamei o povo de terrorista", respondeu o ministro. "Os senhores viram pessoas encapuzadas atacando indígenas e atirando bombas. O laudo apontou que havia explosivos na casa do senhor Quartiero. Ele foi preso em flagrante", lembrou o ministro. Nova audiência sobre a reserva indígena está marcada para o próximo dia 28, com a presença de Tarso Genro e de dois ministros que faltaram ao compromisso ontem, o da Defesa, Nelson Jobim, e o de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.
2 comentários:
Eu pegando bronca desses indios vagabundos!
Esse índio devia sair algemado de lá, por desacato a autoridade. SELVAGEM!
Postar um comentário