“Sem terra” paraguaios declaram guerra aos produtores de soja brasileiros

E QUEIMAM A BANDEIRA DO BRASIL

Ontem, os campesinos da Coordenação de Luta pela Defesa e pela Soberania declararam “Guerra” aos produtores de soja brasileiros, de San Pedro. Durante o desfile da independência eles queimaram a bandeira e acusaram o Lula da Silva, de “pseudo-socialista e traidor”.

Em uma carta aberta ao Lula, os manifestantes exigiram a saída de todos os brasileiros que se encontram no Paraguai, sem documento, e a retirada de suas máquinas. “Se isto não se cumprir, vamos colocar em marcha o plano de recuperação de nossa soberania territorial”, afirmaram.

“A luta frontal está declarada contra os empresários da soja que envenenam e aniquilam os recursos naturais do nosso país”, sustentou Elvio Benítez, integrante do movimento pela Reforma Agrária.

Em 5 anos de governo, Nicanor Duarte Frutos e demais políticos traidores entregaram nossa pátria aos agro-exportadores criminosos e narcotraficantes, enquanto que milhões de paraguaios e indígenas estão desamparados e excluídos, e são obrigados a sair do país em busca de uma vida mais digna, porque aqui eles não têm oportunidades”, disse Benítez.

Advertiu que se o Lula não atender as exigências e o Presidente paraguaio continuar de braços cruzados, o povo exercerá o poder e irá restaurar a soberania territorial do Paraguai. O discurso foi pronunciado durante o ato patriótico realizado ontem em Curupayty e foi denominado como o inicio da “segunda independência da República do Paraguai”.

Benitez afirmou que as ocupações continuarão enquanto não houver uma resposta concreta, porém, advertiu que na próxima semana todos os representantes das entidades campesinas de San Pedro serão convocados para debater sobre o tema. Fonte abc - Paraguai - Tradução: Arthur (MOVCC)



CRESCE TENSÃO NO CAMPO ENTRE PARAGUAIOS E BRASILEIROS

O governador eleito do departamento paraguaio de San Pedro, José Ledesma, afirmou na sexta-feira que será "implacável" com os agricultores brasileiros assentados em sua região, a quem acusou de não respeitarem as leis e de destruírem o meio ambiente.

Cerca de 100 mil brasileiros e descendentes se dedicam à agropecuária no Paraguai, em regiões próximas à fronteira, o que gerou conflitos com organizações do campo que rechaçam os produtores estrangeiros.

Ledesma, um produtor de frutas, foi eleito governador de um dos departamentos mais pobres e cheio de conflitos do país no dia 20 de abril, e assumirá o cargo em 15 de agosto.

Trabalhadores rurais de San Pedro anunciaram há alguns dias que preparam a ocupação de 70 propriedades de agricultores brasileiros que cultivam soja e a quem acusam de destruir bosques e contaminar o ambiente com agroquímicos ilegais.

"Vamos defender a soberania paraguaia frente aos interesses estrangeiros e seremos implacáveis com a aplicação da lei", disse Ledesma à rádio Primero de Marzo. "Não vamos invadir nenhuma propriedade, mas vamos exigir o fim dos privilégios para estrangeiros".

Ledesma participou na quinta-feira de uma marcha de trabalhadores rurais que repudiaram a crescente presença de agricultores brasileiros em San Pedro e anunciaram o início de uma "luta para expulsar traidores e estrangeiros que tomam terras", enquanto queimavam uma bandeira brasileira. Assista ao
vídeo aqui, onde eles queimam a bandeira do Brasil

O embaixador do Brasil em Assunção, Valter Pecly Moreira, lamentou a atitude dos trabalhadores rurais e demonstrou sua preocupação com as declarações do futuro governador.

Recebo isso tristemente, bandeira é o símbolo mais importante país, porque os povos Brasil Paraguai são vizinhos, irmãos e têm muitas afinidades?, disse ele a um canal televisão local. ?Nesse sentido, me preocupam as declarações do governador eleito com esse tipo de atitude, que espero seja algo isolado?, completou.

Ledesma afirmou que conta com o apoio do presidente eleito Fernando Lugo, com quem se reuniu dias atrás. "Esta não é só a posição do governador, é a posição do presidente eleito -- aplicar as leis, que se respeite a soberania paraguaia e que o que é nosso seja recuperado", afirmou. Por Mariel Cristaldo – Reuters/UOL

3 comentários:

Anônimo disse...

Foi só o padreco retardado se tornar governo para que a baderna se generalizasse. Os agricultores brasileiros estão mal servidos por toda parte. Se aqui, eles não têm o respaldo do governo brasileiro, são vítimas do MST, o que dirá lá fora? Os brasileiros são os sacos-de-pancada dos vagabundos-sem- terra de todo lugar. Até agora, não vi um fazendeiro paraguaio que tenha sido vítima desses baderneiros.

Anônimo disse...

é..... bolivianos, argentinos, agora paraguaios .... a coisa não anda boa para Lula e Amorim, só falta o povo daqui começar a se manifestar.

Anônimo disse...

Simples! É só expulsar os paraguaios do Brasil. Aposto que tem 10 vezes mais, deles, por aqui, do que brasileiros por lá.