Antes de ser preso pelo Exército boliviano, o governador de Pando, Leopoldo González, pediu para se refugiar no país, mas o Itamaraty negou ajuda, preso pelas Forças Armadas na terça-feira, acusado de ter ordenado o massacre de trabalhadores rurais que deixou pelo menos 30 mortos e centenas de feridos. Após a captura dele, mais de mil camponeses que o apoiavam cruzaram a fronteira e vivem como refugiados na cidade de Brasiléia, no Acre.
Fernández nega as acusações e tentou pedir asilo ao vice-cônsul em Cobija, Júlio Miguel da Silva. No entanto, o cônsul brasileiro em Santa Cruz de la Sierra, Eurico Freitas, seu superior, havia recebido instruções do Itamaraty para negar o pedido. Leia matéria completa aqui, no Correio Braziliense
VENEZUELA “ATERRORIZA” NA FRONTEIRA
Bolivianos de Cobija, capital do departamento (estado) rebelde de Pando, relataram à coluna que soldados venezuelanos aterrorizam a cidade, invadindo casas, estuprando mulheres e fechando o comércio. Um médico-legista boliviano, que fugiu para Brasilândia, no Acre, diz que há cadáveres boiando nos rios. O governador de Pando, Leopoldo Fernández, está preso numa região central da Bolívia.
BARBAS DE MOLHO
A embaixada da Bolívia não respondeu até o fechamento da coluna. O embaixador viajou e seus assessores estavam “em reunião”. Coluna de Cláudio Humberto
COMO COMEÇOU O CONFLITO EM PANDO?
Íntegra da entrevista com Loren Fernández: irmão do governador preso denuncia perseguição política. Ele está no Acre. Músico, formado em direito, Loren chegou ao Brasil depois que o irmão foi preso, temendo ser vítima da violência na Bolívia. Ele conversou com o Correio, por telefone, do pequeno município de Brasiléia. Leia a entrevista aqui, no Correio Braziliense
ALGUNS TRECHOS:
Correio - Como começou o conflito?
Loren - Foi em Porvenir. Estava tudo calmo até que o governo (central) decretou o estado de sítio. Atiraram numa jornalista e mataram um soldado, no desespero. Foi só o pessoal da zona rural, organizado pelo ministro Quintana (da Presidência), e a população de Porvenir. Segundo La Paz, o governador de Pando tinha contratado mercenários do Brasil e do Peru, mas até agora eles não conseguiram provar, porque é tudo mentira.
Correio - Quem começou o conflito?
Loren - Manifestantes do Evo Morales. Eles usavam uma pulseira amarela e vermelha. As pessoas mortas na chacina estavam com uma pulseira amarela. Nós temos provas.
Correio -E o que significam essas pulseiras?
Loren - A gente não sabe ao certo. As pessoas acham que a vermelha era para os cabeças e a amarela para os "descartáveis". Eles mesmos estavam matando, para culpar o Leopoldo. Muita gente fugiu. Os familiares dos mortos estão dizendo quem foi que entregou as armas, e quanto pagaram. Temos todos esses depoimentos gravados.
INICIAM O DIÁLOGO SOB PRESSÃO E CERCO
O diálogo nacional entre o Governo e a oposição se iniciou hoje as 07.00 horas na cidade de Cochabamba, sob a pressão de milhares de campesinos que arribaram ontem de Oruro e Potosí. Em Santa Cruz, o cerco massista se mantém inalterado até que se conclua o diálogo.
O Evo Morales selou ontem um pacto com os líderes sindicais e movimentos sociais do país para eles encabecem, segundo suas próprias palavras, “as lutas” contra os grupos oligárquicos, os terra tenentes e os "pro yanquis" do país.
"Meu grande desejo é que a Central Obrera Boliviana (COB) seja a cabeça para enfrentar estes grupos", disse Evo, durante um discurso na sede nessa instituição. A aliança foi firmada entre o mineiro Pedro Montes, Secretário Executivo da COB e pelos dirigentes campesinos Fidel Surco e Isaac Ávalos, e pelo líder sindical de El Alto, Edgar Patana.
Segundo Evo, a aliança sindical permitirá garantir o avanço de suas reformas e a continuar com a luta para "sepultar" o modelo neoliberal e lutar contra "o colonialismo e o imperialismo".
Em “alusão aos grupos opositores de direita, Evo disse que é “difícil, todavia, fazer-lhes entender”, que eles devem pensar “na pátria e no povo”; e que por isso, considera que ainda custará para se avançar nas mudanças; motivo pelo qual, ele espera o apoio dos movimentos sociais. Afirmou ainda, que o "Acordo pela defesa da democracia e pela a unidade e integridade do país" destaca a defesa da unidade da nação, agora afetada por "um golpe civil" - em alusão aos recentes protestos opositores, informou a agência de noticias estatal ABI.
Também repudiam "o ódio e o racismo fascista e neonazista e a atitude dos prefeitos e dirigentes neoliberais" que, segundo os sindicatos, são financiados pela Embaixada dos Estados Unidos, para contratar aqueles que atacam os e campesinos. La Prensa
FOTO - Aliados do governo de Evo Morales protestam armados em Cuatro Canadas - de Stringer – Reuters
"Meu grande desejo é que a Central Obrera Boliviana (COB) seja a cabeça para enfrentar estes grupos", disse Evo, durante um discurso na sede nessa instituição. A aliança foi firmada entre o mineiro Pedro Montes, Secretário Executivo da COB e pelos dirigentes campesinos Fidel Surco e Isaac Ávalos, e pelo líder sindical de El Alto, Edgar Patana.
Segundo Evo, a aliança sindical permitirá garantir o avanço de suas reformas e a continuar com a luta para "sepultar" o modelo neoliberal e lutar contra "o colonialismo e o imperialismo".
Em “alusão aos grupos opositores de direita, Evo disse que é “difícil, todavia, fazer-lhes entender”, que eles devem pensar “na pátria e no povo”; e que por isso, considera que ainda custará para se avançar nas mudanças; motivo pelo qual, ele espera o apoio dos movimentos sociais. Afirmou ainda, que o "Acordo pela defesa da democracia e pela a unidade e integridade do país" destaca a defesa da unidade da nação, agora afetada por "um golpe civil" - em alusão aos recentes protestos opositores, informou a agência de noticias estatal ABI.
Também repudiam "o ódio e o racismo fascista e neonazista e a atitude dos prefeitos e dirigentes neoliberais" que, segundo os sindicatos, são financiados pela Embaixada dos Estados Unidos, para contratar aqueles que atacam os e campesinos. La Prensa
FOTO - Aliados do governo de Evo Morales protestam armados em Cuatro Canadas - de Stringer – Reuters
As bases campesinas do boliviano, Evo Morales, agora estão impondo novas exigências para levantar o cerco à cidade de Santa Cruz. Em um comunicado de hoje, eles exigem "a renúncia imediata e irrevogável do prefeito, Rubén Costas", governador de Santa Cruz e líder autonomista, "por ser ele o instigador da violência". Ademais, informam que manterão "a mobilização permanente, o bloqueio e marcha rumo à Santa Cruz, até que aprovem a lei de convocatória do referendo constitucional", ainda que pese o acordo firmado, ontem, estabelecendo a postergação de um mês paras as sessões parlamentares estudarem essa normativa
Eles estão armados. Os autonomistas já começaram a devolver os edifícios de instituções públicas, porém, o campesino segue firme. Em Cuatro Canadas, perto de Santa Cruz de La Sierra, seguidores do Evo Morales se organizaram em milícias.
Nosso país vive hoje uma assonada de barbárie. Nada mais patético do que um Presidente incitando à violência e ao confrontamento, acreditando ver nos opositores seus inimigos acérrimos, destruindo as leis para que seus caciques fabriquem outras, mais à medida de suas ambições de poder; cercando cidades, pretendendo lograr seus objetivos pelo uso da força e pelo fustigamento, tomando reféns, confinando, matando por esporte ou simples demonstração de poder e, por último, incriminando e humilhando o oponente.
O império da civilização está retrocedendo na Bolívia, para adentrarmos na escura paisagem da barbárie que não concebe o pluralismo nem ideológico, nem social, e muito menos o cultural.
Evo Morales, Hugo Chávez, Rafael Correa, Daniel Ortega, entre outros (nós do MOVCC acrescentamos aquele não pode faltar: o LULA DA SILVA), se propõem como os novos bárbaros do Século XXI, cujas políticas estão sendo sustentadas e avalizadas por uma estrutura de clã, que funciona como uma supraorganização a nível internacional, encarregada de respaldar este processo de retrocesso aos regimes bárbaros. Isso foi o que vimos na recente atuação da UNASUL, o clã idealizado pelos chefes dos estados aspirantes a bárbaros, aqueles que não baseiam seus atos no direito ou na razão, mas, sim, que apenas usam as instituições e os mecanismos democráticos sempre que estes estejam esvaziados de sua verdadeira essência, utilizando-os somente como fim e meio para tomar as rédeas do poder, o domínio e o submetimento de seus povos.
A civilização se apresenta como a superação da pluralidade das culturas bárbaras, que traspassa o umbral monolítico de cada cultura, numa espécie de síntese à que se denomina “cultura universal”, e que se caracteriza pelo avanço nas relações interculturais, nas quais se estabelece a transitividade da identidade, deixando de ser a identidade monolítica da tribo, o clã da comunidade cerrada. Isto é civilização.
Enquanto a barbárie impõe comunidades cerradas, que não concebem transformações nem processos de mudança reais. Os bárbaros impõem seu ilhamento como uma qualidade irrenunciável, onde não se valoriza a interação entre outras culturas e onde o tempo histórico não conta, porque existe uma detenção, uma proposta de inércia de não avançar.
Evo o bárbaro, está nos levando à monoprodução, à falta de acumulação de alimentos, à escassez, à improvisação, à irracionalidade, à ameaça, à força da coerção, à intimidação, ao espetáculo deleznable (não sei o que é) e grotesco de um poder sem contrapesos. Na estrutura comunitária, Evo o bárbaro é, por sua vez, submetido ao Hugo, o chefe máximo, aquele que não respeita os limites e tampouco conhece o conceito da soberania dos estados como principio de respeito.
Os bárbaros atropelam, obrigam, fazem uso irrestrito da violência. A barbárie que Evo Morales impôs na Bolívia, gerou o terrível cenário de violência que destinaram a Pando, uma situação que foi planificada e urdida para se levar ao escarmento e para criminalizar o Prefeito desse departamento.
Agora os bárbaros se regozijam com a violência que provocaram, com a guerra que ainda esperam desencadear. Os bárbaros estão em pleno processo de expansão. Resta-nos fazê-los retroceder, com inteligência e capacidade de visão. – Editorial – Estrella del Oriente - Editado por Centa Reck – Tradução de Arthur do MOVCC
UMA “HISTORINHA” PARA OS NOSSOS PARLAMENTARES
Aplauso prolongado e tempestuoso
Na conferência do Partido da Província de Moscou, durante os anos do terror, um novo secretário tomou o lugar do velho secretário (que tinha sido preso).
Os trabalhos encerraram-se com um tributo a Stalin. Toda a gente se pôs de pé a aplaudir; e ninguém se atrevia a parar. Na versão Soljenitsin desta famosa história, ao cabo de cinco minutos “os mais velhos arfavam de exaustão”. Ao fim de dez minutos: Com falso entusiasmo nos rostos, olhando uns para os outros com débil esperança, os dirigentes distritais preparavam-se para continuar a aplaudir indefinidamente até caírem do sítio onde estavam. Até serem levados para fora da sala de maca!
O primeiro a parar de aplaudir (o diretor de uma fábrica local) foi preso no dia seguinte e apanhou dez anos, por uma outra acusação. (…)
(De Koba o Terrível, Martin Amis, Teorema, p154) Extraído do Blog português – A Natureza do Mal - Dedicada aos excelentíssimos, por Gaúcho/Gabriela
O império da civilização está retrocedendo na Bolívia, para adentrarmos na escura paisagem da barbárie que não concebe o pluralismo nem ideológico, nem social, e muito menos o cultural.
Evo Morales, Hugo Chávez, Rafael Correa, Daniel Ortega, entre outros (nós do MOVCC acrescentamos aquele não pode faltar: o LULA DA SILVA), se propõem como os novos bárbaros do Século XXI, cujas políticas estão sendo sustentadas e avalizadas por uma estrutura de clã, que funciona como uma supraorganização a nível internacional, encarregada de respaldar este processo de retrocesso aos regimes bárbaros. Isso foi o que vimos na recente atuação da UNASUL, o clã idealizado pelos chefes dos estados aspirantes a bárbaros, aqueles que não baseiam seus atos no direito ou na razão, mas, sim, que apenas usam as instituições e os mecanismos democráticos sempre que estes estejam esvaziados de sua verdadeira essência, utilizando-os somente como fim e meio para tomar as rédeas do poder, o domínio e o submetimento de seus povos.
A civilização se apresenta como a superação da pluralidade das culturas bárbaras, que traspassa o umbral monolítico de cada cultura, numa espécie de síntese à que se denomina “cultura universal”, e que se caracteriza pelo avanço nas relações interculturais, nas quais se estabelece a transitividade da identidade, deixando de ser a identidade monolítica da tribo, o clã da comunidade cerrada. Isto é civilização.
Enquanto a barbárie impõe comunidades cerradas, que não concebem transformações nem processos de mudança reais. Os bárbaros impõem seu ilhamento como uma qualidade irrenunciável, onde não se valoriza a interação entre outras culturas e onde o tempo histórico não conta, porque existe uma detenção, uma proposta de inércia de não avançar.
Evo o bárbaro, está nos levando à monoprodução, à falta de acumulação de alimentos, à escassez, à improvisação, à irracionalidade, à ameaça, à força da coerção, à intimidação, ao espetáculo deleznable (não sei o que é) e grotesco de um poder sem contrapesos. Na estrutura comunitária, Evo o bárbaro é, por sua vez, submetido ao Hugo, o chefe máximo, aquele que não respeita os limites e tampouco conhece o conceito da soberania dos estados como principio de respeito.
Os bárbaros atropelam, obrigam, fazem uso irrestrito da violência. A barbárie que Evo Morales impôs na Bolívia, gerou o terrível cenário de violência que destinaram a Pando, uma situação que foi planificada e urdida para se levar ao escarmento e para criminalizar o Prefeito desse departamento.
Agora os bárbaros se regozijam com a violência que provocaram, com a guerra que ainda esperam desencadear. Os bárbaros estão em pleno processo de expansão. Resta-nos fazê-los retroceder, com inteligência e capacidade de visão. – Editorial – Estrella del Oriente - Editado por Centa Reck – Tradução de Arthur do MOVCC
UMA “HISTORINHA” PARA OS NOSSOS PARLAMENTARES
Aplauso prolongado e tempestuoso
Na conferência do Partido da Província de Moscou, durante os anos do terror, um novo secretário tomou o lugar do velho secretário (que tinha sido preso).
Os trabalhos encerraram-se com um tributo a Stalin. Toda a gente se pôs de pé a aplaudir; e ninguém se atrevia a parar. Na versão Soljenitsin desta famosa história, ao cabo de cinco minutos “os mais velhos arfavam de exaustão”. Ao fim de dez minutos: Com falso entusiasmo nos rostos, olhando uns para os outros com débil esperança, os dirigentes distritais preparavam-se para continuar a aplaudir indefinidamente até caírem do sítio onde estavam. Até serem levados para fora da sala de maca!
O primeiro a parar de aplaudir (o diretor de uma fábrica local) foi preso no dia seguinte e apanhou dez anos, por uma outra acusação. (…)
(De Koba o Terrível, Martin Amis, Teorema, p154) Extraído do Blog português – A Natureza do Mal - Dedicada aos excelentíssimos, por Gaúcho/Gabriela
Um comentário:
Esse governo Lula fará igual.
Negam asilo político a um governador da oposição que foi eleito democraticamente na Bolívia, e o índio manda prendê-lo. Evo, manda matar a população com ajuda do Chávez e de outros... e arruma culpados pelos crimes. Meu Deus!
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