Essa gente passou da conta, acaba de avisar o presidente da República. Desde a posse, essa gente torceu dia e noite para que não desse certo o governo do torneiro-mecânico que virou estadista. Em seguida, Lula informou que, sempre sonhando com o fracasso do migrante nordestino que desde 2002 se hospeda no Palácio da Alvorada, essa gente deu de acordar e dormir orando para que o país inteiro fosse para o buraco (sifu, diria em português-pra-trabalhador-petista o médico desalmado da metáfora infame). Pois agora essa gente partiu para a radicalização. "Tem gente que vai deitar rezando: ‘Tomara que essa crise pegue o Brasil pra esse Lula se lascar’", revelou o presidente num dos improvisos da safra de dezembro. Assim já é demais.
Tudo bem que um punhado de maus brasileiros torça contra Lula. Até que o Datafolha e o Sensus anunciem que a avaliação da performance do campeão chegou a 100% de ótimo ou bom (talvez 102%, já que a margem de erro é de 2% para cima e 2% para baixo), até que dê traço no Ibope o balaio de gatos pingados que insistem em fazer reparos a uma performance perfeita, Lula tem de aturar invejosos incuráveis e os demais inconformados com o desempenho do maior dos governantes desde a chegada das caravelas.
Tudo bem que essa gente viva exibindo olheiras de galã de cabaré por sonhar acordado com o fiasco daquele que se mostrou mais esperto que Getúlio Vargas, mais sedutor que JK, melhor que todos os antecessores desde a chegada das caravelas, incluídos os três governadores-gerais e os dois imperadores. O que não se pode tolerar é essa gente rezando pelo triunfo da crise econômica. Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, quinta-coluna de quinta categoria. Quem topa até morrer afogado desde que o timoneiro também afunde com o barco não merece o anonimato concedido por Lula.
Quem é essa gente?, perguntam milhões de brasileiros ao detentor do segredo. Só o presidente, pelo jeito, sabe o nome completo, data e local do nascimento, estado civil e signo de cada sócio do clube do contra. Publicamente, só parecem contentes com a crise ministros de Estado, figurões do PT e oficiais da tropa revolucionária bolivariana. Mas não torcem contra Lula, nem contra o país. Torcem contra o imperialismo ianque em particular e o capitalismo em geral, ambos condenados pela crise a morrer por afogamento.
Essa gente também não inclui os banqueiros, todos felizes com os lucros obtidos ou por obter e com o pronto-socorro montado pelo governo. Tampouco os empresários da indústria automobilística, cada vez mais animados com o gentil patrocínio dos cofres federais. Nem os chefões da telefonia, que Lula tem tratado com cuidados de pai. Muito menos os grandes comerciantes, satisfeitos com os sucessivos pedidos do presidente para que a freguesia gaste até o que não tem neste Natal.
Os pobres que ainda esperam a vez de subir para a classe média não enxergam uma só nuvem no céu de brigadeiro. Acham que 2009 será ainda melhor que 2008, que foi ótimo. A velha classe média nem quer ouvir falar em crise. Teme o desemprego, a inflação, a erosão do poder de compra, sobretudo a suspensão das viagens anuais a Buenos Aires. Os reacionários golpistas e os grã-finos paulistas estão concentrados em salvar o que restou de aplicações desastradas. Os suspeitos de sempre desta vez estão fora. Só Lula pode dizer quem é essa gente.
Num dos discursos da semana, o orador infatigável tornou a explicar que a economia brasileira cresceu nos últimos anos porque era ele o presidente, não porque o mundo andou bem, mas a economia brasileira está sujeita a abalos não porque é ele o presidente, mas porque o mundo anda mal. Noutro improviso, evocou de novo a misteriosa entidade: essa gente continua ajoelhada no altar dos santos milagreiros, à espera do desastre tremendo. Se algo der errado, os queixosos que procurem o guichê dessa gente. Não é muita, reiteram as pesquisas. Mas é poderosa. Consegue até transformar marolinha em tsunâmi.
Se descobrissem seu endereço, os brasileiros que pensam tratariam de pedir, no minuto seguinte, um presente de Natal. Em vez de usar tanta força para piorar o Ano-Novo (e castigar tanto culpados quanto inocentes), essa gente poderia melhorar 2009 com um pequeno milagre: obrigar o presidente a parar de dizer tanta bobagem. - Coisas da Política - Jornal do Brasil
BRASILEIRO NÃO DÁ A MÍNIMA PARA LULA
Gasta menos e paga à vista neste Natal
O brasileiro gasta menos e opta pelo pagamento à vista neste Natal. Nos redutos de lojas populares e nos shoppings de classe média foi detectada queda de 5% e 15%, respectivamente, no valor das compras deste ano em relação ao mesmo período de 2007. Por Márcia De Chiara-O Estado de S. Paulo – Leia mais em: Gasta menos e paga à vista neste Natal
CONSUMIDOR ENDIVIDADO E JUROS MAIS ALTOS
Segundo o Banco Central, com essa combinação, a inadimplência atingiu o maior nível em cinco anos. - O Carlos Alberto Sardenberg comenta no Portal G1.
DEMISSÃO
Em Minasul, cidade de Goiás, a Votorantim demitiu 3 mil funcionários. A cidade está parada diante da surpresa. Há a informação de que um restaurante vendia 200 refeições por dia. O número baixou para 15. O comércio não encontra saída e as festas de Natal estão sob ameaça. Por Ari Cunha do Correio Braziliense
IMPOSTURAS DE LULA E DILMA
Na crise, a cúpula do governo se rende à infinita paixão que nutre por si mesma e transfere à população responsabilidades e culpas que lhe pertencem
O presidente da República tem, mui patrioticamente, repetido o bordão da gastança. Onde quer que vá, discursa com a narina inflamada do indignado, acusa meia dúzia de “torcer pela crise” e exorta a platéia a gastar dinheiro. “Se tem dívidas, pague. Mas se não tem, vá e faça suas compras”, é o brado do homem, nas paradas de caixeiro-viajante país afora.
Ruim de palanque, mas boa de escritório, invariavelmente a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, aparece depois do chefe para preencher as lacunas da retórica. Diz ela que as pessoas pararam de gastar porque temem perder o emprego — devido à tal crise, é claro. Ora, raciocina a ex-guerrilheira, se ninguém compra, as lojas não vendem. Se as lojas não vendem, não fazem encomendas à indústria. Que por seu lado, não produz. No fim das contas, o operário vai mesmo ser mandado embora, assim como o comerciário e daí pra frente todos os demais.
Há nas grandes linhas do comportamento da alta cúpula governamental uma ligeira impostura. E me explico. Ele transfere à chusma uma responsabilidade do comandante. Sim, pois, pelo que dizem nossos historiadores econômicos, o Brasil nunca, jamais, desde a industrialização, teve problemas quanto à propensão ao consumo por parte da população — variável decisiva de uma das equações que explicam o crescimento de um país.
Por outro lado, desde a fundação da República até hoje, passamos por crises fiscais cíclicas (quem duvida pode se certificar lendo A ordem do progresso – Cem anos de política econômica republicana, organizado por Marcelo de Paiva Abreu, Editora Campus, 445 páginas). Em geral, elas são provocadas pela ganância dos políticos, gastadores irresponsáveis do dinheiro público, sugado a tragadas cada vez mais profundas pelo Estado perdulário e corrupto.
Nos países em desenvolvimento, a despoupança do setor público gera um desequilíbrio tal que afeta os preços, a produção ou ambos. Ao chegar ao poder, em 2003, o presidente Lula encontrou o coquetel completo de inflação e baixo crescimento paridos do déficit público.
Para resolvê-lo, não só adotou, mas aprofundou uma política que passou a vida inteira xingando (na verdade, o faz até hoje), de controlar o caixa com mão de ferro. Resolveu o velho problema formando poupança pública. Provavelmente, você, leitor atento, já ouviu falar do resultado dessa política: é o superávit primário, aquele mesmo que os esquerdistas só o mencionam após um adjetivo pejorativo.
Por tê-lo feito, Lula soltou as amarras que detinham a nau. A despoupança pública virou poupança. Os investimentos privados aconteceram, a taxa de juros caiu, houve ganho de renda em todos os setores. Os brasileiros, sempre gastadores, voltaram às compras.
Como o mundo também se expandia — ou seja, havia vento a favor —, fiat lux, o neoliberalismo tocado pelo PT, mais puro que o dos tucanos, produziu um crescimento acima de 6% na economia brasileira. Melhor, sem correlação negativa nos preços. A inflação esteve domada todo esse tempo. Um lindo céu azul, até hoje devidamente refletido nos altíssimos índices de aprovação do presidente.
Mas...
E esse é o mal da hipocrisia, ainda mais nos políticos, pior naqueles que vencem eleições. O homem condenara a vida inteira as políticas das quais lançava mão depois de eleito. Reeleito, começou a duvidar delas. Diante da claudicância, seu governo rendeu-se à infinita paixão que nutre por si mesmo. O rigor fiscal dos primeiros anos anuviou-se. A permissividade quanto às despesas públicas misturou-se a interesses tacanhos e partidários. O Orçamento do próximo ano já mostra explosivo e exorbitante gasto com pessoal.
Incapaz de cortar investimentos, o Congresso fez a escolha de sofia. Ao discutir as despesas de 2009, aplicou corte sumário sobre bolsas de estudo para pesquisa e sobre os gastos correntes dos hospitais universitários. Duas temeridades, sobre as quais o próprio governo chiou. Mas tirar de onde?
O vento parou de soprar a favor e uma tormenta irresistível se avizinha. Já em meio à chuva grossa e ondas pesadas, confundidas ingenuamente com cândidas marolas, o comandante sai de sua cabine e grita: remem, a todo vapor a frente, remem. Tenha santa paciência, senhor. Já não há lastro no barco para essa aventura. Reconstrua-o ou lance a âncora. Mas, por favor, não jogue culpa e responsabilidade sobre aqueles que não as têm. Nas Entrelinhas Correio Braziliense
Tudo bem que um punhado de maus brasileiros torça contra Lula. Até que o Datafolha e o Sensus anunciem que a avaliação da performance do campeão chegou a 100% de ótimo ou bom (talvez 102%, já que a margem de erro é de 2% para cima e 2% para baixo), até que dê traço no Ibope o balaio de gatos pingados que insistem em fazer reparos a uma performance perfeita, Lula tem de aturar invejosos incuráveis e os demais inconformados com o desempenho do maior dos governantes desde a chegada das caravelas.
Tudo bem que essa gente viva exibindo olheiras de galã de cabaré por sonhar acordado com o fiasco daquele que se mostrou mais esperto que Getúlio Vargas, mais sedutor que JK, melhor que todos os antecessores desde a chegada das caravelas, incluídos os três governadores-gerais e os dois imperadores. O que não se pode tolerar é essa gente rezando pelo triunfo da crise econômica. Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, quinta-coluna de quinta categoria. Quem topa até morrer afogado desde que o timoneiro também afunde com o barco não merece o anonimato concedido por Lula.
Quem é essa gente?, perguntam milhões de brasileiros ao detentor do segredo. Só o presidente, pelo jeito, sabe o nome completo, data e local do nascimento, estado civil e signo de cada sócio do clube do contra. Publicamente, só parecem contentes com a crise ministros de Estado, figurões do PT e oficiais da tropa revolucionária bolivariana. Mas não torcem contra Lula, nem contra o país. Torcem contra o imperialismo ianque em particular e o capitalismo em geral, ambos condenados pela crise a morrer por afogamento.
Essa gente também não inclui os banqueiros, todos felizes com os lucros obtidos ou por obter e com o pronto-socorro montado pelo governo. Tampouco os empresários da indústria automobilística, cada vez mais animados com o gentil patrocínio dos cofres federais. Nem os chefões da telefonia, que Lula tem tratado com cuidados de pai. Muito menos os grandes comerciantes, satisfeitos com os sucessivos pedidos do presidente para que a freguesia gaste até o que não tem neste Natal.
Os pobres que ainda esperam a vez de subir para a classe média não enxergam uma só nuvem no céu de brigadeiro. Acham que 2009 será ainda melhor que 2008, que foi ótimo. A velha classe média nem quer ouvir falar em crise. Teme o desemprego, a inflação, a erosão do poder de compra, sobretudo a suspensão das viagens anuais a Buenos Aires. Os reacionários golpistas e os grã-finos paulistas estão concentrados em salvar o que restou de aplicações desastradas. Os suspeitos de sempre desta vez estão fora. Só Lula pode dizer quem é essa gente.
Num dos discursos da semana, o orador infatigável tornou a explicar que a economia brasileira cresceu nos últimos anos porque era ele o presidente, não porque o mundo andou bem, mas a economia brasileira está sujeita a abalos não porque é ele o presidente, mas porque o mundo anda mal. Noutro improviso, evocou de novo a misteriosa entidade: essa gente continua ajoelhada no altar dos santos milagreiros, à espera do desastre tremendo. Se algo der errado, os queixosos que procurem o guichê dessa gente. Não é muita, reiteram as pesquisas. Mas é poderosa. Consegue até transformar marolinha em tsunâmi.
Se descobrissem seu endereço, os brasileiros que pensam tratariam de pedir, no minuto seguinte, um presente de Natal. Em vez de usar tanta força para piorar o Ano-Novo (e castigar tanto culpados quanto inocentes), essa gente poderia melhorar 2009 com um pequeno milagre: obrigar o presidente a parar de dizer tanta bobagem. - Coisas da Política - Jornal do Brasil
BRASILEIRO NÃO DÁ A MÍNIMA PARA LULA
Gasta menos e paga à vista neste Natal
O brasileiro gasta menos e opta pelo pagamento à vista neste Natal. Nos redutos de lojas populares e nos shoppings de classe média foi detectada queda de 5% e 15%, respectivamente, no valor das compras deste ano em relação ao mesmo período de 2007. Por Márcia De Chiara-O Estado de S. Paulo – Leia mais em: Gasta menos e paga à vista neste Natal
CONSUMIDOR ENDIVIDADO E JUROS MAIS ALTOS
Segundo o Banco Central, com essa combinação, a inadimplência atingiu o maior nível em cinco anos. - O Carlos Alberto Sardenberg comenta no Portal G1.
DEMISSÃO
Em Minasul, cidade de Goiás, a Votorantim demitiu 3 mil funcionários. A cidade está parada diante da surpresa. Há a informação de que um restaurante vendia 200 refeições por dia. O número baixou para 15. O comércio não encontra saída e as festas de Natal estão sob ameaça. Por Ari Cunha do Correio Braziliense
IMPOSTURAS DE LULA E DILMA
Na crise, a cúpula do governo se rende à infinita paixão que nutre por si mesma e transfere à população responsabilidades e culpas que lhe pertencem
O presidente da República tem, mui patrioticamente, repetido o bordão da gastança. Onde quer que vá, discursa com a narina inflamada do indignado, acusa meia dúzia de “torcer pela crise” e exorta a platéia a gastar dinheiro. “Se tem dívidas, pague. Mas se não tem, vá e faça suas compras”, é o brado do homem, nas paradas de caixeiro-viajante país afora.
Ruim de palanque, mas boa de escritório, invariavelmente a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, aparece depois do chefe para preencher as lacunas da retórica. Diz ela que as pessoas pararam de gastar porque temem perder o emprego — devido à tal crise, é claro. Ora, raciocina a ex-guerrilheira, se ninguém compra, as lojas não vendem. Se as lojas não vendem, não fazem encomendas à indústria. Que por seu lado, não produz. No fim das contas, o operário vai mesmo ser mandado embora, assim como o comerciário e daí pra frente todos os demais.
Há nas grandes linhas do comportamento da alta cúpula governamental uma ligeira impostura. E me explico. Ele transfere à chusma uma responsabilidade do comandante. Sim, pois, pelo que dizem nossos historiadores econômicos, o Brasil nunca, jamais, desde a industrialização, teve problemas quanto à propensão ao consumo por parte da população — variável decisiva de uma das equações que explicam o crescimento de um país.
Por outro lado, desde a fundação da República até hoje, passamos por crises fiscais cíclicas (quem duvida pode se certificar lendo A ordem do progresso – Cem anos de política econômica republicana, organizado por Marcelo de Paiva Abreu, Editora Campus, 445 páginas). Em geral, elas são provocadas pela ganância dos políticos, gastadores irresponsáveis do dinheiro público, sugado a tragadas cada vez mais profundas pelo Estado perdulário e corrupto.
Nos países em desenvolvimento, a despoupança do setor público gera um desequilíbrio tal que afeta os preços, a produção ou ambos. Ao chegar ao poder, em 2003, o presidente Lula encontrou o coquetel completo de inflação e baixo crescimento paridos do déficit público.
Para resolvê-lo, não só adotou, mas aprofundou uma política que passou a vida inteira xingando (na verdade, o faz até hoje), de controlar o caixa com mão de ferro. Resolveu o velho problema formando poupança pública. Provavelmente, você, leitor atento, já ouviu falar do resultado dessa política: é o superávit primário, aquele mesmo que os esquerdistas só o mencionam após um adjetivo pejorativo.
Por tê-lo feito, Lula soltou as amarras que detinham a nau. A despoupança pública virou poupança. Os investimentos privados aconteceram, a taxa de juros caiu, houve ganho de renda em todos os setores. Os brasileiros, sempre gastadores, voltaram às compras.
Como o mundo também se expandia — ou seja, havia vento a favor —, fiat lux, o neoliberalismo tocado pelo PT, mais puro que o dos tucanos, produziu um crescimento acima de 6% na economia brasileira. Melhor, sem correlação negativa nos preços. A inflação esteve domada todo esse tempo. Um lindo céu azul, até hoje devidamente refletido nos altíssimos índices de aprovação do presidente.
Mas...
E esse é o mal da hipocrisia, ainda mais nos políticos, pior naqueles que vencem eleições. O homem condenara a vida inteira as políticas das quais lançava mão depois de eleito. Reeleito, começou a duvidar delas. Diante da claudicância, seu governo rendeu-se à infinita paixão que nutre por si mesmo. O rigor fiscal dos primeiros anos anuviou-se. A permissividade quanto às despesas públicas misturou-se a interesses tacanhos e partidários. O Orçamento do próximo ano já mostra explosivo e exorbitante gasto com pessoal.
Incapaz de cortar investimentos, o Congresso fez a escolha de sofia. Ao discutir as despesas de 2009, aplicou corte sumário sobre bolsas de estudo para pesquisa e sobre os gastos correntes dos hospitais universitários. Duas temeridades, sobre as quais o próprio governo chiou. Mas tirar de onde?
O vento parou de soprar a favor e uma tormenta irresistível se avizinha. Já em meio à chuva grossa e ondas pesadas, confundidas ingenuamente com cândidas marolas, o comandante sai de sua cabine e grita: remem, a todo vapor a frente, remem. Tenha santa paciência, senhor. Já não há lastro no barco para essa aventura. Reconstrua-o ou lance a âncora. Mas, por favor, não jogue culpa e responsabilidade sobre aqueles que não as têm. Nas Entrelinhas Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário