PT é alvo de protesto em Israel

O BRASIL VAI À GUERRA

Aproveitando a visita de Celso Amorim, chanceler nº 1, brasileiros que moram em Israel farão hoje manifestação em frente à embaixada em Tel Aviv. O ato será em repúdio às declarações de Marco Aurélio Garcia, chanceler nº 2, que chamou de "terrorismo de Estado" a ação de Israel em Gaza. Será um ato em protesto contra o PT, que comparou a operação em Gaza a "práticas nazistas". Por Ancelmo Gois - O Globo




O DESOCUPADO AMORIM

Celso Amorim pediu ainda ajuda ao governo israelense para que cidadãos brasileiros que estão na Faixa de Gaza possam deixar o território. Isso é que dá ser um alienado, à exemplo do vagabundo-maior, porque se o desocupado do Amorim se desse ao trabalho de se inteirar das notícias, saberia que nenhum
brasileiro pretende sair de Gaza, o que demonstra que sua missão chinfrim e caduca é pura falta do que fazer. Coisa de quem não tem o menor respeito pelo nosso dinheiro.

Parabéns aos brasileiros que estão em Israel, e principalmente ao Conselho de Cidadãos Brasileiros em Israel que está chamando o público para o protesto de hoje, em repúdio ao PT, contra o que definem como “escandalosa e obscena publicação em termos injuriosos contra Israel”. Por Gaúcho/Gabriela




O BRASIL E GAZA -Por Roberto Abdenur O Globo –

Desde a resolução da ONU que em 1948 deu origem a Israel, sustenta o Brasil inabalável compromisso com o Estado judaico. Não menos firme é seu compromisso com a formação de um Estado palestino. Unem-nos à região laços históricos e vínculos humanos. O Brasil foi o único país latino-americano convidado para a Conferência sobre a Questão Árabe-Israelense, realizada nos EUA em 2007. Para tal tinha as credenciais de suas equilibradas posturas nas Nações Unidas, fluido diálogo com os países árabes (reforçado pela Cimeira entre América do Sul e aquelas nações) e bom entendimento com Israel (que tratamos de aproximar do Mercosul mediante acordo comercial).

Um grave erro veio, contudo, a erodir nossa credibilidade. Em recente viagem a Teerã, fez o chanceler convite ao presidente Ahmadinejad para visita ao Brasil. Nada mais inoportuno, descabido e contraproducente. A grande nação iraniana merece respeito, mas diferente é o caso de um chefe de governo desgastado por quadro econômico caótico, e sob risco de perder as próximas eleições presidenciais; um presidente que nega o Holocausto e prega a destruição de Israel; um governo sob sanções do Conselho de Segurança da ONU; que suscita preocupações não só nos EUA, mas na Europa, onde três países próximos ao Brasil - França, Alemanha e Reino Unido - tentam pressionar Teerã a abdicar de um programa nuclear fundadamente sob suspeitas de buscar a bomba; e um país que suscita temores em seus vizinhos árabes, tanto por seu poderio militar quanto por sua crescente influência (por cortesia de Bush) em Iraque, Síria e Líbano.

A presente hecatombe em Gaza levou o Brasil a tomar iniciativas para reintroduzir-se no círculo mais amplo de atuação em torno da questão.

O professor Marco Aurélio Garcia, assessor direto do presidente Lula, fez dura crítica a Israel, acusando-o de "terrorismo de Estado". Meu coração até que simpatiza com essa afirmação. Mas minha cabeça de diplomata, "viciada" pelo cuidado em evitar que palavras se tornem petardos capazes de infligir indesejáveis danos políticos, lamenta essa dissonância em relação à cautela com que se conduz o chanceler. Precisa o Brasil mover-se com serenidade, objetividade e pragmatismo.

Em diplomacia há ocasiões em que cabem gestos, por assim dizer, "bonitos", mesmo que não por si sós suficientes para alterar maiormente um cenário de conflito. São gestos que marcam posições e fincam estacas para futuras jornadas diplomáticas. Poderíamos agora enviar ao Egito e à Jordânia, para atuarem nas áreas próximas a Gaza (e posteriormente, acalmada a situação, atuarem dentro do território), números significativos de equipes médicas, com hospitais de campanha, medicamentos e instrumentos cirúrgicos. Talvez pudesse mesmo o Brasil coordenar-se com alguns de nossos parceiros na América do Sul - companheiros de trabalho na exitosa missão no Haiti - para juntarmos esforços em tal sentido. E mais "bonito" ainda seria se, em expressão sincera do que somos como sociedade livre de conflitos étnicos e religiosos, parte da ajuda enviada proviesse de entidades humanitárias não só islâmicas e cristãs, mas também judaicas - todas unidas na solidariedade com as vítimas dos dois lados.

ROBERTO ABDENUR foi secretário-geral do Itamaraty e embaixador no Equador, na China, na Alemanha, na Áustria e nos EUA.




INFILTRAÇÃO DO HAMAS ENTRE CIVIS DIFICULTA INVASÃO
DO "NEW YORK TIMES"
A batalha urbana na densamente povoada faixa de Gaza envolve novas táticas, adaptação rápida e truques letais.

O Hamas, com treinamento do Irã e do Hizbollah, usou os dois últimos anos para fazer de Gaza um labirinto mortífero de túneis, armadilhas explosivas e sofisticadas bombas de controle remoto. Há armas escondidas em mesquitas, escolas e em residências civis, e a sala de guerra da liderança do movimento fica em uma casamata sob o maior hospital de Gaza, dizem agentes dos serviços de inteligência de Israel.

Os militantes do Hamas estão combatendo em trajes civis; até mesmo os policiais foram instruídos a deixar de lado seus uniformes. Os militantes emergem dos túneis e disparam armas automáticas ou mísseis antitanques e depois voltam a procurar proteção sob a terra.

O Exército israelense também veio preparado. Todos os soldados estão equipados com coletes blindados e capacetes de material cerâmico. As unidades dispõem de cachorros treinados para farejar explosivos e pessoas em túneis.

Para evitar as armadilhas explosivas, eles entram nos edifícios derrubando paredes laterais. Dentro, se movem de sala em sala, abrindo buracos nas paredes internas a fim de evitar exposição a atiradores.

Os israelenses estão usando novas armas, como uma bomba inteligente de pequeno diâmetro, a GBU-39. Ela conta com uma pequena carga explosiva, para minimizar os danos colaterais em áreas urbanas. Mas é capaz de penetrar no solo e atingir casamatas ou túneis.

Funcionários dos serviços de inteligência israelenses estão ligando para moradores de Gaza e, falando árabe, fingem ser simpáticos à causa palestina. Depois de expressar horror diante da guerra, os agentes perguntam se a família apoia o Hamas e se há combatentes do movimento nas cercanias.

Uma nova arma foi desenvolvida para combater a tática do Hamas de pedir que civis fiquem no telhado dos edifícios a fim de evitar bombardeios. Os israelenses rebatem essa tática com um míssil cuja paradoxal função é não explodir. Os mísseis são apontados para áreas desocupadas dos telhados, para assustar os moradores e levá-los a deixar os edifícios.

Os civis são alertados a abandonar as áreas de batalha. Mas as tropas estão instruídas a cuidar primeiro de sua proteção e depois da segurança dos civis.

Como disse o líder da Yahalom, unidade de engenharia de combate de elite do Exército, à imprensa israelense na quarta: "Agimos com muita violência. Não hesitamos em recorrer a qualquer método que proteja a vida dos nossos soldados".

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