Calote de Chávez soma R$ 80 MI

Até agora, o governo da Venezuela não investiu um único centavo na refinaria de Abreu e Lima (PE). A Petrobras já investiu R$ 200 milhões no projeto, mas a PDVSA, estatal petrolífera venezuelana, não pagou sua parte (40%). O coronel Hugo Chávez faz chantagem: só honra suas obrigações se a Petrobras explorar o campo de Carabobo, cujo petróleo é de péssima qualidade, pagando à Venezuela valores exorbitantes. Por Cláudio Humberto




A MÃOZINHA BRASILEIRA
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, vai ao Cairo, no Egito, onde participa no dia 2 de um encontro internacional de ajuda à economia palestina e de reconstrução de Gaza. Na reunião anterior, em Paris, o Brasil liberou US$ 10 milhões. Em seu périplo pelo Egito, o chanceler também participa de uma reunião sobre a Cúpula dos Países Árabes e da América Latina. O encontro dos líderes do Oriente Médio com os colegas americanos acontece em março, no Qatar. – Por Anna Ramalho Jornal do Brasil




CUSTO DO ENCONTRO PODE CHEGAR A R$3 MILHÕES
Os gastos do governo com o encontro de prefeitos, nos dias 10 e 11 deste mês, não param de crescer. Ontem, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) assumiu despesas de R$243 mil com o evento, não computadas no levantamento divulgado pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio, no dia anterior. E outros órgãos do governo procurados pelo GLOBO informaram suas despesas. Com isso, a conta bancada pelo contribuinte para reunir cinco mil prefeitos, esposas e assessores, já chega a R$2,7 milhões, mas pode passar de R$3 milhões.

A descoberta de novas despesas não declaradas pelo governo para organizar o evento - que serviu para promover a imagem da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à sucessão do presidente Lula - provocou mais uma reação da oposição. Requerimento de informações foi protocolado ontem pelo líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), junto à Mesa Diretora, para que os ministérios encarregados da organização do encontro informem e justifiquem seus gastos com o evento. - O Globo




FAT À BEIRA DO COLAPSO
Fundo não tem dinheiro para ampliar seguro desemprego

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não tem condições financeiras para custear as despesas decorrentes de uma ampliação do seguro-desemprego para até dez parcelas, segundo avaliação da área técnica do governo. Essa ampliação, cuja possibilidade foi admitida no início do mês pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, teria de ser bancada com recursos adicionais do Tesouro Nacional ou pela redução ou eliminação dos empréstimos do FAT ao setor produtivo. O Fundo é mantido com recursos das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep). A avaliação técnica é que o FAT está à beira do colapso, pois as despesas estão crescendo em ritmo mais acelerado do que as receitas. O Estado de S. Paulo – Leia matéria completa
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NA ERA LULA, ESTATAIS JÁ CHEGAM A DEZ
Com uma empresa para semicondutores, Lula contabilizou a criação de 10 estatais. Há uma semana, anunciou a que cuidará do trem-bala.

O governo federal vem aumentando ao longo dos anos a presença de empresas estatais na economia. Ontem, o Lula da Silva deu posse ao mais novo dirigente de estatal do país: Eduardo Weichselbaumer, do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), criado por decreto em 2008 para produzir e comercializar semicondutores e sistemas de circuitos integrados.

Segundo o Ministério do Planejamento, com o anúncio de criação ainda este ano da Empresa de Pesquisa Ferroviária (EPF), o número de empresas públicas federais chegará a 118, representando uma alta de 9% desde 2002, quando o governo Fernando Henrique deixou 108 empresas a seu sucessor.

Esse número não inclui as 248 subsidiárias do Grupo Petrobras, resultado da soma de 151 controladas, 62 controladas em conjunto e 35 coligadas. Nos últimos anos, dentro da estratégia de internacionalização da estatal, várias empresas foram compradas ou criadas. É o caso da compra da Petroquímica Triunfo pela estatal em 2004 e da Suzano Petroquímica em 2007, para aumentar a participação da estatal no setor. A petrolífera não informou ontem quantas foram criadas desde 2002.

Número de funcionários subiu 15% entre 2003 e 2007

O Banco do Brasil também fortaleceu sua presença no mercado, com a criação de subsidiárias. Hoje são 16 empresas sob seu guarda-chuva, como a BB Securities Limited e a Ativos S.A - Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros.

O governo admite a criação por lei de apenas cinco empresas: a Hemobras, que fabrica hemoderivados, a Empresa de Planejamento Energético (EPE), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o Banco Popular do Brasil e a Ceitec.

Entre 2003 e 2007, o número de funcionários dessas empresas também cresceu. Passou de 381.911 em 2003 para 439.802 em dezembro de 2007. Segundo dados do Planejamento, em 2008 foi autorizada a abertura de mais nove mil vagas para 17 empresas. Só em 2009, foram autorizadas 4.600 vagas para Banco do Brasil, Caixa Econômica, Valec e Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Com isso, o aumento do efetivo estatal chegará a 18,7% desde 2003.

O governo conta com as estatais para investir na economia. Incluindo a Petrobras, as 72 estatais monitoradas pelo Planejamento (as maiores do setor produtivo) investiram R$53,2 bilhões no ano passado, 33% mais do que os R$39,9 bilhões investidos em 2007. Por outro lado, a dívida pública federal fechou janeiro em R$1,352 trilhão, o que representa uma queda de 3,23% em relação a dezembro, quando o estoque era de R$1,397 trilhão. Segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, a redução ocorreu devido a um resgate líquido de títulos no período. Esse resgate foi de R$54,87 bilhões, mas a dívida só caiu R$45,1 bilhões porque houve uma apropriação de juros de R$9,77 bilhões no mês. Por Gustavo Paul O Globo

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