Direitos individuais de eurodeputado foram violados

“NUNCA TINHA VISTO ALGO ASSIM NA MINHA VIDA POLÍTICA”

Carlos Iturgaiz, eurodeputado pelo Partido Popular espanhol, afirmou que “o governo venezuelano desgraçadamente violou os direitos individuais de Luis Herrero, violando sua liberdade de expressão, movimento e comunicação, e que atitudes como estas dão o que pensar sobre o respeito às garantias individuais neste país” .

Os eurodeputados que não foram expulsos da Venezuela ofereceram uma entrevista à imprensa para dar mais detalhes sobre a detenção ‘inesperada’ do parlamentar Luis Herrero.

Carlos Iturgaiz denunciou que uns 20 policiais meteram Luis Herrero em um carro aos empurrões e que não o permitiram nem mesmo levar seu passaporte e pertences. “Eu pedi a eles uma ordem de detenção ou uma ordem de expulsão do país, e eles me disseram que não me ensinavam nenhuma ordem, que não tinham que ensinar-me nenhuma ordem e que a ordem vinha do cidadão presidente,“ explicou Iturgáiz.

Em referência ao ‘convite’ para sair do país feito a Herrero, pelo Executivo, Iturgáiz assegurou que ele jamais em sua vida política viu “alguém ser convidado a sair de um país aos empurrões, à força, sem sua bagagem, sem seus remédios e sem seu passaporte”.

Quero deixar ‘muito claro’ que o governo venezuelano “violou os direitos individuais do senhor Luis Herrero, deputado do parlamento europeu”, porque ele foi privado de sua “liberdade de expressão, liberdade de movimento e liberdade de comunicação”.

“Apesar desta intimidação, deste amedrontamento, deste abuso de poder, nós vamos continuar aqui na Venezuela porque o PP nos pediu para sermos os observadores no referendo”.

Por outro lado, afirmou que dentro dos “preceitos democráticos internacionais nos quais nós, eurodeputados, nos movemos é impensável que episódios como este possam acontecer (…) e lamentamos profundamente o ocorrido no dia de ontem com nosso companheiro Luis Herrero”. - Noticias 24 – Tradução de Arthur para o MOVCC - Foto da Globovision





EURODEPUTADO ESPANHOL JÁ VOLTOU PARA MADRI
O eurodeputado espanhol Luis Herrero, do Partido Popular (PP), já deixou São Paulo em direção a Madri, após ter sido expulso de Caracas pelo governo venezuelano em uma situação que o parlamentar comparou a um "sequestro". O avião no qual está o parlamentar decolou do aeroporto de Guarulhos às 17h50, e chegará ao terminal aéreo de Barajas, em Madri, depois de dez horas de voo. Estadão





HERRERO RATIFICA AS CRÍTICAS QUE MOTIVARAM SUA EXPULSÃO

“Depois de escutar os relatos dos prefeitos da oposição sobre o medo que existe e as ameaças do presidente Hugo Chávez aos seus adversários, eu disse que esse comportamento é próprio de uma ditadura e não me ratifico e nem me arrependo”, afirmou.

Depois de expulso, Herrero reafirmou suas declarações, porém, disse que não deseja ser “o protagonista de nenhuma história”, pois “as verdadeiras vítimas são os venezuelanos que estão suportando a este senhor (Chávez) há dez anos”.

Em sua opinião, “se este episódio pode servir para alguma coisa, é para que os venezuelanos tenham muito claro que votar SIM (no referendo) é perpetuar este tipo de comportamento, absolutamente incompatível com a democracia”.

Herrero considerou que tentar “justificar uma democracia só porque tem algumas eleições, que isso é um disparate, porque na democracia é preciso poder votar em liberdade, sem medo, sem ameaças, sem amedrontamentos”. Notícias24 - Fotos: AFP/Pedro Rey - Tradução de Arthur para o MOVCC





RECORDAR É VIVER:

"Chávez é democrático até demais"

"Ninguém pode acusar a Venezuela de não ter democracia". "Eu não sei se a América Latina teve um presidente com as experiências tão democráticas colocadas em prática na Venezuela". "Poder-se-ia dizer até que tem excesso de democracia" – Lula

Acorda povo, que a nossa vez já está batendo na porta!