EUA apontam maior atividade do Irã na AL

GOVERNO PREPARA ANISTIA A IMIGRANTES

Cerca de 50 mil estrangeiros não precisarão mais recorrer a casamentos arranjados ou ao golpe do filho para sair da clandestinidade


Casamentos falsos e golpe do filho são algumas das artimanhas usadas por estrangeiros clandestinos para conseguir o visto de permanência no Brasil. Em Foz do Iguaçu, cidade que é chamariz para imigrantes de todas as partes do mundo, a estratégia pode ser desnecessária, pelo menos por algum tempo, porque o governo brasileiro deve anunciar em breve uma nova anistia. A pretensão é beneficiar mais de 50 mil cidadãos ilegais em todo o Brasil.

A proposta foi encaminhada no fim do ano passado pela Secretaria Nacional de Justiça à Casa Civil, onde está sob análise, segundo o Ministério da Justiça. Provavelmente, a anistia será concedida por decreto. Caso isso venha a ocorrer, o benefício entra em vigor imediatamente, ainda neste ano. Leia mais
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EUA APONTAM MAIOR ATIVIDADE DO IRÃ NA AMÉRICA LATINA


O Irã está aumentando sua atividade na América Latina e no Caribe, inclusive com ações destinadas a apoiar o grupo xiita libanês Hezbollah, disse na terça-feira um importante comandante militar dos Estados Unidos.

O almirante James Stavridis, que supervisiona o Comando Sul dos EUA, acusou o Hezbollah de estar vinculado ao tráfico de drogas na Colômbia.

- Vimos um aumento em um amplo nível de atividade por parte do governo iraniano nesta região - disse Stavridis à Comissão de Serviços Armados do Senado. - Essa é uma preocupação principalmente por causa das conexões entre o governo do Irã, que é um Estado patrocinador do terrorismo, e o Hezbollah - afirmou.

O Departamento de Estado dos EUA qualifica o Hezbollah como grupo terrorista. O movimento xiita atua no Líbano como guerrilha e como partido político.

Stavridis disse que as atividades do Hezbollah na América do Sul se concentram particularmente na região da Tríplice Fronteira (Brasil/Argentina/Paraguai), mas ocorrem também na Colômbia.

- Temos visto na Colômbia uma conexão direta entre a atividade do Hezbollah e a atividade do narcotráfico - acrescentou o comandante, sem entrar em detalhes.

A Colômbia disse em outubro que havia desbaratado uma rede de tráfico e lavagem de dinheiro que supostamente desviava fundos para o Hezbollah. O grupo nega ligações com o tráfico e a lavagem de dinheiro, e diz que as acusações são parte de uma campanha de propaganda para prejudicar sua imagem.

O novo governo norte-americano tem tentado iniciar um diálogo com Teerã, apesar das profundas diferenças a respeito de vários temas, especialmente o programa nuclear iraniano. Washington e seus aliados acusam o país de tentar desenvolver armas nucleares, enquanto a República Islâmica assegura que sua ambição é gerar eletricidade para fins civis.

Vários outros funcionários de defesa dos EUA já haviam manifestado preocupação com a influência iraniana na América Latina, já que vários governos esquerdistas da região, tendo em comum sua inimizade com Washington, se aliaram a Teerã nos últimos anos - caso de Venezuela, Cuba, Equador, Nicarágua e Bolívia.

Em janeiro, o secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, disse na mesma comissão do Senado que estava mais preocupado com a "interferência" do Irã na América Latina do que com a da Rússia.
JB Online

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