MST tem bunker e grupos armados

O estilo militarista dos sem-terra de Pernambuco


Ex-ministro da Reforma Agrária, o deputado pernambucano Raul Jungmann (PPS), histórico adversário político do MST, diz que as mortes do carnaval representam a crônica de conflito anunciado em que a corda rompeu, pela primeira vez, do lado dos seguranças. Ele afirma que o episódio torna público um fato que já tradição entre os sem-terra:

– O MST faz treinamento militar e tem grupos armados. Quem duvidar, que experimente entrar no QG do Jaime Amorim, na Fazenda Normadia, em Caruaru. É um verdadeiro bunker. Ele criou um estilo militarista. Nem a polícia entra – acusa o deputado.

Jungmann diz que, além de generosos repasses de verbas, no governo Lula as superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram loteadas por militantes egressos do MST.

– Não foi entregue formalmente, mas os sem-terra têm o controle cartográfico do Incra – diz Jungmann. O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o órgão negam. O ministro Guilherme Cassel, do MDA, garante que os recursos se destinam ao apoio aos programas de plantio e que todos os repasses passam por rigorosa auditoria executada pelos órgãos de controle do governo.

O presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Octávio Alvarenga, também alerta que, se as autoridades não agirem rápido, a crise financeira pode levar mais violência às áreas rurais.

– A instabilidade no campo é resultado da bolha capitalista. Não acredito em violência de grandes proporções, mas não há dúvida de que o caldeirão pode explodir – conclui Alvarenga. (V.Q.) - JB


PS:. Em Pernambuco, liderada pelo catarinense Jaime Amorim, um ex-suboficial do Exército, localiza-se seu núcleo mais radical, cuja atuação é pautada pela violência.





A NOVA TÁTICA DA GUERRILHA URBANA

O MST tem 100 mil pessoas disponíveis para realizar invasões

Segundo uma entrevista de Vasconcellos Quadros, do JB Online, com o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (UNB) que estuda os conflitos pela terra, ele afirmou o seguinte:

Que o MST mudou de tática, e que ele tem receio de que esse tipo de ação possa ocorrer também em outras regiões do país.

Segundo Fleischer, a perda de popularidade em função das ações violentas e o fato de tornar-se alvo cada vez mais frequente das autoridades em várias regiões do país (da condenação verbalizada pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, às ações do governo e justiça gaúchas fechando escolas e sugerindo a desativação do movimento) podem empurrar os sem-terra para uma posição mais radical ainda.

– Que o MST tem 100 mil pessoas disponíveis para realizar invasões, e que ele teme uma reação violentíssima dos militantes, ele acha inclusive que há riscos de invasões articuladas em maior número das ocorridas no carnaval no Pontal do Paranapanema, em São Paulo, e conflitos com mais mortes do que as registradas em Pernambuco. Outro fator agravante, segundo Fleischer, é a tentativa de promover o estrangulamento financeiro do MST.

– Não me surpreenderia se aparecer uma nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) que impeça repasses de verbas federais ou de uma pressão política sobre o Banco Central para proibir a entrada de recursos externos dos quais o movimento depende, especialmente da Alemanha e Holanda – diz Fleischer. Segundo ele, a crise financeira e seus reflexos - desemprego e mais miséria - funcionará como combustível às invasões de terras, aumentando o contingente de pobres que acabarão caindo nas mãos dos movimentos sociais pela reforma agrária.





O MST ESTÁ PRONTO!

O que está na cara é que o braço armado do PT – o MST - tornou-se uma imensa hidra, cujos tentáculos cuidadosamente alimentados pelo Lula (com o nosso dinheiro) ganharam poder de força, e agora estão totalmente capacitados para afrontar e reagir contra qualquer Instituição que venha criticar ou tentar coibir seus desmandos.

O Lula na sexta-feira, em Santa Catarina, enquanto ele próprio afrontava a lei promovendo mais um palanque ilegal - apesar de ter sido acionado na justiça -defendeu o Movimento Armado do MST e os repasses da União. Lula ao não condenar a violência do MST, incentivou a resposta imediata do bando desordeiro que - sob a proteção escancarada do Estado - tratou de provocar, ontem mesmo, a maior autoridade da Corte, o ministro Gilmar Mendes.

2010 se aproxima, e o MST exibe sua força mostrando que está pronto para deflagrar a maior ofensiva que este país já viu, contra a Ordem e a Democracia. Por Gaúcho/Gabriela





SEM TERRA PULVERIZAM CAPTAÇÃO DE VERBA OFICIAL

Rede é tão intrincada e ampla que controle fica cada vez mais difícil

O MST e outras organizações similares conseguiram montar ao longo dos anos - com o apoio de aliados em associações e cooperativas de assentados da reforma agrária - uma intrincada e ampla rede de captação de recursos públicos. Espalhada por todo o País, ela é tão intrincada e tão ampla que sua fiscalização se torna cada vez mais difícil. Por Roldão Arruda do Estadão – Leia matéria completa aqui





MST DESAFIA SUPREMO E INVADE FAZENDA DE DANTAS


Um grupo de 280 famílias ligadas ao MST invadiu na madrugada de ontem a Fazenda Espírito Santo, no município de Xinguara, no Pará. O MST disse que a invasão foi um protesto às declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para quem o repasse de verbas públicas ao movimento é ilegal.

A ocupação é uma resposta a Gilmar Mendes, afirma sem-terra; O gerente disse que os invasores chegaram atirando, soltando rojão e que invadiram a casa que fica na entrada da fazenda.

Pelo menos dez cabeças de gado teriam sido mortas a tiros pelos invasores, contou o gerente. –

A propriedade é a 12ª fazenda da Agropecuária Santa Bárbara a ser invadida em menos de um ano. A empresa, que tem meio milhão de hectares de terra, cria 500 mil cabeças de gado e emprega cerca de dois mil funcionários.

Gerente da fazenda diz que foi ameaçado pelo rádio
Segundo o gerente da fazenda, Oscar Boller, ele e outras 20 pessoas estavam, até o fim da tarde de ontem, na sede da propriedade impedidos de sair. Ele disse que os invasores se apossaram da casa que guarda a entrada da fazenda, expulsando cinco funcionários, e preparam um acampamento no entorno na guarita, às margens da rodovia PA-150.

Pelo menos dez cabeças de gado teriam sido mortas a tiros pelos invasores, contou o gerente. Os sem-terra estariam armados e chegaram ao local por volta das 4h de sábado em dois ônibus, uma van e motos.

- Chegaram atirando, soltaram rojão e invadiram a casa que fica na entrada da fazenda. Pelo rádio, fizeram a ameaça. Falaram para eu fazer a mudança desse pessoal em dez minutos, se não eles iam atirar - disse Oscar, por telefone.

Invasores ainda não tomaram sede da fazenda
Oscar informou que os invasores só não tomaram ainda a sede da propriedade porque foram intimidados por seis seguranças armados.

- Não demos nenhum tiro. Mas vai chegar uma hora que a gente vai ter que se proteger, ou vamos morrer aqui - disse ele, afirmando que os funcionários se sentem desprotegidos por parte da polícia estadual.

A primeira fazenda da Agropecuária Santa Bárbara a ser invadida foi a Maria Bonita, em Eldorado dos Carajás (PA). Segundo a assessoria da empresa, a fazenda, que foi ocupada em julho do ano passado, continua invadida até hoje. Procurado ontem durante todo o dia, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não se manifestou. Por Catarina Alencastro e Flávio Freire