Lula torra R$ 270 mil/mês com passagens para filhos e parentes

DE ONDE VEM O EXEMPLO

Senadores vazam que Presidência torra R$ 270mil por mês com passagens aéreas para filhos e parentes - Por Jorge Serrão


Exclusivo - Não é só o Congresso Nacional quem promove a farra de gastos com as passagens aéreas para parentes, amigos, assessores ou lobistas. A Presidência da República torra uma média de R$ 270 mil reais por mês com despesas de viagem em vôos comerciais para filhos, parentes ou agregados do chefão Lula da Silva. Não se usa o Aerolula e os sucatinhas para não dar na pinta.

Já vaza nos corredores do Congresso que a Presidência manda emitir de 40 a 65 passagens por mês para o deslocamento dos filhos de Lula pelo Brasil. Senadores ironizam que a turma do Planalto parece ter instituído uma ponte aérea subsidiada com Santa Catarina – onde moram a filha de Lula e o genro dele. Há registros de viagens emitidas para a Inglaterra, França, Grécia e Itália (país onde a primeira-dama Marisa Letícia e os filhos de Lula também têm nacionalidade reconhecida).

A denúncia sobre a farra de passagens promovida pela turma do Lula pode vazar (ou não) a qualquer momento no Congresso.



Os senadores e deputados ficaram pts da vida de se transformar nos únicos alvos da campanha da imprensa contra a farra das passagens. E já ameaçam divulgar, oficialmente, que o Presidente da República também comete seus pequenos abusos com as passagens subsidiadas pelo dinheiro público.

Se a pequena farra vazar, Lula tem dois comportamentos previsíveis. Primeiro, negará que saiba de alguma coisa. Mas, caso seus aspones considerem tal procedimento normal, certamente vão utilizar argumentos de “segurança nacional” para justificar o financiamento de passagens aéreas para parentes do presidente. O General Jorge Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, que se prepare para mais dor de cabeça. Alerta Total
http://alertatotal.blogspot.com/




LULA GASTA COM PESSOAL O QUE POUPA COM JUROS
Economia com juros é gasta no Governo

Alta das despesas com pessoal chegou a R$ 40 bi ao ano desde 2006, equivalente ao que deixou de ser desembolsado no pagamento da dívida. Investimentos públicos registraram um avanço de R$ 14,7 bi, menos que as despesas com funcionalismo, custeio e Previdência Social

O governo utilizou quase toda a economia feita com a queda dos juros desde 2006 para contratar pessoal e elevar o salário do funcionalismo, revela estudo do economista Alexandre Marinis, da consultoria Mosaico. De abril de 2006 a fevereiro de 2009, os gastos anuais com juros caíram R$ 40 bilhões, mesmo valor que foi acrescido ao dispêndio com pessoal. Os gastos de custeio subiram R$ 26,7 bilhões.

O governo federal usou praticamente toda a economia que teve com a queda dos juros desde 2006 para reforçar sua própria estrutura e aumentar o salário do funcionalismo público. Pouco foi feito para elevar os investimentos, necessários para permitir que o país cresça sem solavancos.

É o que revela estudo feito pelo economista Alexandre Marinis, sócio da consultoria Mosaico, a pedido da Folha. Entre abril de 2006 e fevereiro de 2009, os gastos anuais do governo central com juros caíram cerca de R$ 40 bilhões. No mesmo período, as despesas com pessoal subiram iguais R$ 40 bilhões, e as de custeio, R$ 26,7 bilhões. Já as despesas de capital -os investimentos propriamente ditos- aumentaram apenas R$ 14,7 bilhões.

O mês de abril de 2006 foi escolhido como marco inicial do estudo por duas razões. Naquele mês, o governo central registrou o pico do pagamento de juros acumulados em 12 meses. Também foi a partir de abril de 2006 que o governo acelerou a contratação e intensificou os reajustes salariais.

Ou seja, o aumento de gastos com funcionalismo e custeio não foi produto de um simples crescimento vegetativo e involuntário da máquina, mas, principalmente, do voluntarismo oficial.

Entre 2003 e 2005, nos três primeiros anos do governo Lula, o crescimento médio anual da folha de salários federais foi de apenas R$ 7 bilhões. Entre 2006 e 2009, esse aumento pulou para R$ 13 bilhões ao ano.

"A política econômica do segundo mandato do presidente Lula está sendo marcada não só pela queda dos juros, mas também pelo maior ciclo de contratações e de aumentos salariais ao funcionalismo de que se tem notícia", disse Marinis.

Nos 12 meses entre maio de 2005 e abril de 2006, a Selic média estabelecida pelo Copom (Comitê de Política Monetária do BC) foi de 18,5%. Já nos 12 meses entre março de 2008 e fevereiro de 2009, a taxa caiu para 12,8% -uma redução de 5,7 pontos percentuais.

O levantamento ganha relevância com a perspectiva de novas quedas da taxa Selic até dezembro. Se a taxa média, acumulada em 12 meses, cair de 12,8%, hoje, para 10% no fim do ano, como prevê o mercado, estima-se em R$ 20,3 bilhões a redução do custo da dívida do governo federal.

"Esse valor equivale à metade dos ganhos já ocorridos com a queda dos juros desde 2006", disse Marinis. "Pela experiência recente, esse dinheiro não deve ir para investimentos. Os juros não são o único vilão das contas públicas. Sua redução não garante, necessariamente, o aumento dos investimentos."

Além dos gastos de custeio e da folha, as despesas com benefícios previdenciários também aumentaram mais do que os investimentos entre 2006 e 2009: R$ 51,8 bilhões. MARCIO AITH Folha de S. Paulo




FUNCIONALISMO CRESCE SEIS “BOLSAS FAMÍLIA” DESDE 2003
No governo Lula, folha de salários do governo federal ficou R$ 67 bi mais cara

Crescimento vegetativo dos salários explica apenas aumento de R$ 9 bi; o resto é produto de contratações e de reajustes aos servidores.

Desde seu início, em 2003, o governo Lula quase dobrou os gastos com a folha de pagamentos do funcionalismo público federal. O valor saiu de R$ 70 bilhões, no final de 2002, para R$ 137 bilhões em fevereiro passado. A diferença, de R$ 67 bilhões, equivale a mais de seis vezes o custo do Bolsa Família, programa que beneficia 45 milhões de brasileiros, direta ou indiretamente. Ou duas vezes o orçamento disponível para o recém-lançado programa de habitação popular "Minha Casa, Minha Vida", que pretende construir 1 milhão de casas populares.

Dos R$ 67 bilhões de aumento, apenas R$ 9 bilhões resultam do simples crescimento vegetativo da folha (calculado em 2% ao ano). Todo o restante é produto de contratações e de reajustes salariais.

IRREVERSÍVEL
O governo contratou 300 mil novos funcionários -metade deles, militares. Também imprimiu um ritmo inédito de reajustes que elevaram a distância entre o ganho dos trabalhadores do setor privado e o de funcionários públicos federais.

Um servidor civil do Executivo federal ganha, em média, seis vezes mais que um trabalhador do setor privado, e se aposenta com benefício previdenciário sete vezes maior.

"O problema desses números é a irreversibilidade", diz o economista Alexandre Marinis. "O próximo presidente não terá a opção de reverter esses aumentos, mesmo que parcialmente, para programas sociais mais eficientes."

O governo tem dito que os reajustes e as contratações fazem parte de uma estratégia para recuperar a eficiência do Estado, após uma década de reformas liberais malsucedidas. A equipe econômica alega ainda que o custo de contratações e reajustes é compatível com o aumento da receita tributária no período.

De fato, a receita líquida do governo central com tributos -já excluídos, portanto, os repasses para Estados e municípios- vinha aumentando sensivelmente. Entre abril de 2006 e fevereiro de 2009, ela cresceu R$ 161,2 bilhões.

Segundo Marinis, o problema é que, ao contrário dos salários, as receitas tributárias não são permanentes. E a turbulência econômica já derrubou em R$ 11,33 bilhões a arrecadação fiscal no primeiro trimestre deste ano. MARCIO AITH Folha de S. Paulo -

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