O ET e o cara

O BRASIL ESTÁ BABANDO DE ORGULHO

Lula, o cara, está ainda mais famoso no mundo. Virou personagem na TV americana, no desenho “South Park”. Em meio a tanta euforia e orgulho patriótico desse Brasilzão de Deus do céu, faltou enfatizar um pequeno detalhe: no programa consagrador, Lula faz papel de ladrão.

Mas só um chato ficaria chamando atenção para um detalhe desses. Esse negócio de roubar é muito relativo. O episódio do mensalão é um ótimo exemplo. Nunca antes na história deste país se flagrou tamanho desvio sistemático de dinheiro público para fins político-partidários. Todos os principais envolvidos no escândalo eram diretamente ligados a Lula. E Lula saiu do mensalão como o presidente mais popular da história do país.

Quem é que vai se chatear agora ao vê-lo roubando uma fortuna de um extraterrestre?

O personagem de Lula ainda aparece mentindo para a polícia intergaláctica. Como se sabe, esse negócio de mentir também é muito relativo. Lula diz para quem quiser ouvir que o PAC é uma injeção de 600 bilhões de reais no país até 2010. Também se vangloria de ter combatido a inflação no Brasil.

É tudo mentira, mas ninguém duvida dele. Muito menos a polícia, que hoje produz delegados com carteirinha do PT. Talvez se um cartoon internacional mostrasse Pelé ou Oscar Niemeyer assaltando um ET, o caldo poderia entornar. Mas com Lula tudo bem. Ele é o cara. – Por Guilherme Fiuza - Revista Época



Leia no texto oculto:
PADRÃO HISTÓRICO – EDITORIAL FOLHA DE S. PAULO

Uso de verba da Petrobras para bancar ONGs ligadas ao PT se repete ao longo dos anos, assim como a desfaçatez de envolvidos


PF INVESTIGA CONSTRUTORA DO PAC
A Construssati, acusada de forjar garantias do BRB para vencer licitação, é alvo de inquérito policial.


PF INVESTIGA CONSTRUTORA DO PAC

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar a denúncia de fraude em uma licitação de R$ 5,5 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula. O delegado Antônio Glautter de Azevedo Morais decidiu investigar a iniciativa da Construssati Serviços e Construções Ltda. de forjar uma garantia financeira em nome do Banco de Brasília (BRB) para vencer uma concorrência destinada à construção de 255 casas populares em Palmas. Um ofício foi enviado pelo delegado ao procurador do Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico comunicando a abertura de um inquérito policial.

Em agosto do ano passado, o Correio revelou que a Construssati falsificou uma carta-fiança do BRB, com data de 28 de abril do ano passado, no valor de R$ 275.210,91 para vencer a milionária licitação. Foram forjadas duas assinaturas de supostos gerentes da instituição bancária. Uma auditoria feita pelo próprio banco, a pedido do procurador do TCU, concluiu que a garantia oferecida pela construtora “não deve ser tratada como documento válido, nem como garantia prestada por este BRB — Banco de Brasília S/A”. Ciente disso, o governo de Tocantins abriu um processo administrativo para apurar o caso. Em cima de um parecer da Procuradoria-Geral do estado, a Secretaria de Habitação tocantinense anulou, em janeiro passado, essa licitação.

Agora, o delegado da PF, que trabalha em Palmas, vai apurar possíveis crimes cometidos pela Construssati contra os órgãos públicos. Procurada ontem pelo Correio, a assessoria da polícia no estado informou que, por se tratar de uma investigação, nenhum detalhe pode ser fornecido. O inquérito já dura 40 dias. O procurador do TCU espera que o trabalho da polícia avance no que já foi descoberto até agora. “O inquérito aberto na PF é mais um passo no caminho da integração entre os diversos órgãos que cuidam da apuração de desvios na aplicação de recursos públicos”, disse. “Esperamos cada vez mais atuarmos dessa forma, uma vez que os desvios e fraudes contra a administração estão se sofisticando”, ressalta. De Leandro Colon: - Assinante do Correio Braziliense leia mais em:
PF investiga construtora do PAC




PADRÃO HISTÓRICO
Uso de verba da Petrobras para bancar ONGs ligadas ao PT se repete ao longo dos anos, assim como a desfaçatez de envolvidos

Há escãndalos inusitados e ridículos, como o episódio dos dólares flagrados na roupa íntima de um assessor petista. Há os propícios à reportagem fotográfica, como o do castelo de um deputado mineiro. Há escândalos de alta complexidade e envergadura; há também os que ao contrário, são de uma simplicidade pasmosa, como a farra das passagens aéreas no Congresso.

A Petrobras se especializou, ao que parece, numa modalidade própria de escândalo, em que o descaso com o patrimônio público, o aparelhamento partidário e a desfaçatez dos envolvidos se somam a outra característica, não muito frequente no mundo da negociata e da esperteza: uma patente falta de imaginação.

Nesta quinta-feira, a Folha noticiou que a Petrobras transferiu R$ 1,4 milhão a uma ONG para que esta organizasse festas de São João em 26 municípios baianos no ano passado. A ONG é dirigida pela vice-presidente do PT da Bahia, que também acumula os cargos de dirigente da CUT e assessora do líder da bancada petista na Assembleia Legislativa do Estado.

Esse caso de patrocínio "companheiro" reproduz sem alterações um escândalo que veio à tona em 2006. Naquele ano, noticiou-se que a Petrobras contratara, sem licitação, uma ONG encarregada de fazer serviços de treinamento de mão-de-obra. Da ONG participavam empresas que doaram R$ 2,5 milhões a políticos do PT, então em campanha eleitoral.

Mais que isso, a Petrobras destinou, naquela época, R$ 31 milhões para organizações não-governamentais que apoiavam a candidatura de Lula à reeleição.

Confrontado com aquelas revelações, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, investiu de modo destemperado contra a imprensa, acusando-a da prática de "jornalismo marrom".

O mesmo termo volta a ser empregado por Gabrielli, ao ser flagrado em reincidência. Num tom menos exaltado a prática da vida pública tende a limar as arestas de personalidade dos administradores brasileiros-, o presidente da estatal saiu-se com o mesmo refrão.

"Peço desculpas porque posso soar agressivo", declarou, antes de considerar as reportagens "típicas do que antigamente se chamava de jornalismo marrom".

Seriam fruto, diz, de uma visão e de um comportamento jornalístico "que não condizem com o histórico da Folha". Digamos que condizem, sim -pelo menos quando se consultam os arquivos de 2006, dando conta do uso desavergonhado de verbas da Petrobras na sustentação de ONGs vinculadas ao PT.

De "não-governamentais", entidades desse tipo só têm, na prática, o nome; aparelhadas pela militância petista, sobrevivem de patrocínios, supostamente destinados, por exemplo, a promover valores e tradições da cultura nacional. Festas juninas, com certeza. Apadrinhamento, paroquialismo, abuso de poder e negociatas, mais ainda.

Um comentário:

gabriela disse...

Será que ele se enche de orgulho por fazer o papel de ladrão no desenho "South Part"? Pois, Lula faz isto muito bem na vida real, sem o menor constrangimento.