O sorriso de Lula ao lado da rainha

EDITORIAL

POR TRÁS DO SORRISO DE LULA




Dias atrás, nós escrevemos o Editorial “Por trás da foto do G20" - o que nos rendeu inúmeros elogios. Aliás, aproveitamos o ensejo para agradecer aos nossos queridos leitores que nos encaminharam e-mails.

Pois bem, agora vamos “desmistificar” o intrigante sorriso do nosso cobiçado "bobo da corte", que vai emprestar dinheiro ao FMI - por sinal, será do Brasil o maior dos aportes - vamos entrar nas nossas Reservas - enquanto que a China e os EUA pularam fora. Um pequeno detalhe: nós emprestamos ao FMI e, agora, vamos emprestar US$ 4,5 bilhões do (BID) - Banco Interamericano de Desenvolvimento – para tocar as obras do PAC. Trata-se do mais alto valor de endividamento da história da instituição. CHIQUE, NÉ?

Mas voltemos ao sorriso de Lula. Além dessa proeza, acima, ele também já cedeu parte da nossa Amazônia, um fato consumado, e que já mora nos ideais da Corte. A compra da Raposa Serra do Sol, em Roraima, sem dúvida que foi uma belíssima aquisição da família inglesa.

A questão é que o EGO de Lula da Silva funciona como balão-furado, que sistematicamente exige “ar” para manter-se cheio; razão pela qual, a sua necessidade de aparecer não tem limites. Lula é capaz de dar o Brasil em troca de prestígio, enquanto que nossa saúde encontra-se na mais decadente situação, conforme matérias que publicamos abaixo.

Estamos assistindo a miséria total, onde faltam estradas, segurança, saúde, educação, tudo. Nosso povo está morrendo por doenças primitivas – enquanto que o nosso saltitante vira-lata, sentado ao lado dos interesses palacianos, oferece nosso último centavo, em troca de bajulação: o vício dos FRACOS, do homem complexado que não passa de uma fraude, de uma imagem forjada, desprovida de qualidades e de competência – coisa que nada tem a ver com seu berço humilde.

O sorriso de Lula é o sorriso da irresponsabilidade, da maldade, da vingança contra todos aqueles que sabem de sua incompetência, e que repudiam seu governo mergulhado na lama. Por trás do sorriso de Lula está o entreguismo, o ego em liquidação, nosso último centavo. Por Gabriela/Gaúcho




O SORRISO DE LULA AO LADO DA RAINHA

Agora, além de sofrer todos os efeitos da crise, como na época do general Figueiredo, teremos que botar a mão no bolso para ajudar a pagar a conta. Chique demais. Por Ugo Braga

Eu não me canso de ver aquela foto. Sim, aquela! Em que Lula aparece ombro a ombro com a rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Como sorri, o nosso presidente. Como sorriram e ainda sorriem os petistas, seus amigos. Pela primeira vez um presidente brasileiro foi tratado e recebido como um igual pela cúpula da comunidade internacional, escreveu um ex-assessor do homem. Foi daí ao infinito.

Lula é o cara, disse Barack Obama. O líder mais popular do planeta. O secular cerimonial do Palácio de Buckingham, que de trouxa não tem nada, catou o nosso representante e arrumou para ele o melhor lugar da foto. Quer dizer, estava longe da Cristina Kirchner, é bem verdade. Mas perto da rainha, como a escoltá-la em ajuda ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown — a soberana no meio dos dois.

Há ali um símbolo, um sinal. Eles estão nos dizendo alguma coisa. O que será?


Bom, seja lá o que for, está de certo relacionado à crise financeira internacional. Afinal, era disso que tratavam. E daqui já parto a uma ligeira análise comparada.

Os EUA já quebraram duas vezes — os marxistas hão de lamber os beiços, em deleite comprovado das crises cíclicas do capitalismo. Mas deixe voltar ao assunto. Em 1929 e em 1979. Na primeira, eles resolveram com gastos públicos e mais uma guerra mundial. Na segunda, com um choque de juros que faliu a América Latina inteira.

Permito-me, diante disso posto, concluir que essa gente de pele branca e olhos azuis não é nem nunca foi, digamos, dada ao altruísmo e à cooperação com o resto do mundo para debelar seus incêndios econômicos.

Como o crash de 29 deu-se em meio a um cenário institucional totalmente diferente do atual, pinçarei a segunda crise para tentar entender aquela foto, bela, belíssima foto.

Bom, eletrizados pela revolução iraniana e pela retórica poderosa do aiatolá Khomeini, os árabes ligaram a tomada do cartel e patrocinaram o segundo choque do petróleo. Importadores gigantescos de óleo, os Estados Unidos sentiram o baque. A inflação disparou. Bateu nos 15% naquele ano, um assombro.

O padrão-ouro, lastro das economias mundiais todas, ruíra desde o primeiro choque do petróleo, no início da década de 70. Naquele tempo, o sistema monetário internacional já se referenciava no dólar, como faz hoje. Com os EUA em crise, porém, os europeus iniciaram discussões para trocá-lo. Por uma cesta de moedas, talvez.

O presidente do Banco Central norte-americano de então era um economista gigantesco, dois metros de altura, chamado Paul Volcker.

A eles, os EUA, é bom que se diga, interessa ter sua moeda como reserva de valor internacional. Assim são financiados pelo resto do globo indefinidamente, tanto na política fiscal quanto na externa. Volto a Volcker.

Para pôr a economia nos eixos, domar a inflação e acabar com a desconfiança dos europeus, o gigante do BC norte-americano puxou a taxa de juros de 7,9% para 11,2% ao ano em 1979. Era o juro mais alto já visto naquele país desde sempre. A economia parou. Capitais do mundo todo migraram para morder a isca de Volcker. O movimento se intensificou pelos dois anos seguintes. Aos poucos, os preços se acalmaram. O dólar adquiriu novos músculos. O império resolveu seu problema.

O juro alto da matriz criou uma estupenda escassez de crédito no comércio internacional. As dívidas externas ficaram impagáveis. Houve desvalorização cambial, moratória, inflação e toda a sorte de maldades do cardápio econômico.

No Brasil, veio a primeira recessão desde o pós-guerra. O governo Figueiredo fechou uma espécie de acordo secreto com o FMI. Não queria disputar a eleição geral de 82 sob acusação de fraqueza na política econômica. Mas cumpria as determinações de ajuste passadas por debaixo da mesa pelos economistas do fundo.

Bem, o que temos agora?

Uma fissura no sistema bancário dos EUA, seguida de tremenda escassez de crédito internacional, desemprego e recessão no mundo inteiro. Fala-se novamente em tirar do dólar seu papel de referência. Paul Volcker foi nomeado pelo novo presidente Barack Obama chefe do gabinete de monitoramento da crise na Casa Branca. E o aconselha sobre as medidas a tomar para resolver o problema.

Opa, mas espera aí? Aquele ali, na foto, atrás do Lula, não é o Obama, grande sorriso na face, pronto a massagear as costas do nosso enfant terrible da política internacional? Sim, é. Acho que entendi o simbolismo.

“Vocês não acham chique o Brasil emprestar dinheiro ao FMI?”, perguntou o presidente. Claro que é! Significa que entramos para o clube! Agora, além de sentir os efeitos da crise, como na época de Figueiredo, teremos que botar a mão no bolso para ajudar a pagar a conta. Chique demais. Por Ugo Braga - Correio Braziliense

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