Barack Obama que tem mais de seis pés (ou 1,90m) teve de curvar-se mais dramaticamente, a fim de poder cumprimentar, pegar na mão do rei saudita Abdullah. Tanto quanto se pode dizer a partir das fotos tiradas em Londres, aquilo não foi apenas mais um caso de flexão – foi mesmo para lembrar o submisso arco dos súditos britânicos quando eles cumprimentam sua rainha.
Os mais admirados presidentes americanos desde John F. Kennedy, o líder do mundo livre, teriam cumprimentado com a cabeça a um gritante líder não-emancipado do reino do petróleo.
Gostaríamos de não estar nos incomodando com este gesto, que afinal poderia ser resultado de nada mais que uma diferença de altura, mas Obama esteve de viagem para a Europa e quase tudo girou sobre essa esmagadora lisonja ao Islã ditatorial.
Em praticamente todos os discursos ou entrevistas, Obama declarou que ele pretende virar uma nova página no relacionamento entre a América e as nações árabes. A inevitável sensação criada por estas declarações foi a assunção da culpa americana.
A agonia da consciência, que até agora foi privilégio exclusivo da esquerda radical em campi e no New York Times estão agora a agonizar a consciência dos funcionários residentes da Casa Branca. Por Hagai Segal – Analyst Network
Oito anos depois dos aviões de Bin Laden colidirem contra as torres de Manhattan, parece que Washington está se convencendo de que os pilotos foram enviados para alvos na América não sem motivo. Washington já está pensando que algo sobre a sua própria conduta foi o que trouxe esse terrível ataque: o alegado colonialismo, a aparente arrogância, a Coca-Cola, McDonald's, e, naturalmente, o pecado da amizade com Israel.
Sim, podemos
Obama está fazendo um esforço para tornar claro que ele pede reconciliação e confraternização. Ele vai para os grandes comprimentos, a fim de atenuar ao que ele se refere como "sentimento antiamericano." Tomou-lhe tão pouco tempo para anunciar o encerramento de Guantánamo que fica-nos a impressão de que George W. Bush, em vez de Bin Laden, foi o bandido da década passada.
O Irã é o principal beneficiário deste ataque de remorso de Obama que acredita que um americano pode ser levado a saudar Ahmadinejad para poder retornar ao reto e ao estreito. Não há mais nenhum bombardeamento ou sanções, o céu proíbe, apenas a diplomacia. No discurso de Obama no início desta semana em Praga, ele falou - como um romântico - sobre a necessidade de diálogo com o Irã e sobre o respeito mútuo.
Não há dúvida de que as autoridades de Teerã vão pegar essa luva. O tempo limite que Obama lhes oferece para fins de diálogo é justamente a quantidade de tempo que os cientistas iranianos precisam para concluir seu projeto nuclear.
Por que os iranianos se preocupam em conversar com os americanos, um pouco sobre todos os tipos de questões, desde que as centrífugas em Bushehr trabalhem horas extras?
Sim, nós podemos (...) enquanto isso Ahmadinejad dá suas piscadelas para os seus cientistas. - Tradução de Arthur para o MOVCC
Originalmente Publicado em: Ynetnews.com
Hagai Segal – Formado em Política do Oriente Médio na Universidade de Nova York, em Londres. Analista, consultor e assessor em terrorismo islâmico -
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