Os esqueletos no armário do Ministério da Justiça

“GUARDADOS” JUSTO NO ARMÁRIO DE QUEM (...) ?

"Eles sentaram em cima (dos 11 esqueletos guardados no Planalto) e nada fizeram" – Afirmação do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

Ora, deputado, como que o senhor pode afirmar que está faltando “vontade política” ao Planalto para resolver esse assunto? Não foi o Lula quem anunciou recentemente uma mega operação para desenterrar ossos de guerrilheiros?

De qualquer forma, está mesmo muito estranho o comportamento do ministro Paulo Vannuchi, desprezando essa fantástica oportunidade de identificar tais ossadas, tão debaixo de seu nariz; justo ele, cuja missão não tem sido outra, senão a de incriminar os militares para garantir pomposas indenizações aos “perseguidos políticos”.

Pensando bem, pela procrastinação dos intrépidos defensores de bandidos - tão silenciosos e sentados sobre esses “caixões” - não duvidem que esses esqueletos podem “gritar certas verdades” que não interessam nem um pouco ao desgoverno. Por Gaúcho/Gabriela




MINISTÉRIO GUARDA ONZE ESQUELETOS NÃO IDENTIFICADOS - Por

Não é trocadilho e nem frase de efeito. O governo deixou um esqueleto no armário. Aliás, um não. São 11 esqueletos que assombram o Anexo do Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desafiando os mortais a apontar uma solução para seus casos. A maioria das ossadas, dez, foi retirada do Cemitério da Xambioá (TO) em 1991, 1996 e 2001, sem que até hoje as autoridades tenham se esforçado para identificá-las ou, então, devolvê-las às sepulturas que há 19 anos continuam abertas.

As ossadas repousam em caixas de papelão guardadas num armário da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, que funciona no prédio do Ministério da Justiça, mas está sob a responsabilidade do ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH). Ao que tudo indica, segundo informações fornecidas à época por moradores da região, PODEM ser os restos mortais de guerrilheiros do PCdoB dados como desaparecidos em todas as listas divulgadas pelas entidades de direitos humanos há mais de 30 anos.

"Visitei o local e vi que até agora não fizeram nada que possa esclarecer se são ou não ossadas de guerrilheiros. Eles não querem resolver", diz o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).


Como presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara - cargo que deixou há um mês -, ele tentou, sem sucesso, obter informações sobre o mistério. Não encontrou na Esplanada nenhuma fonte interessada em esclarecer.

Antes de deixar a presidência da CDH, Pompeo recebeu um conjunto de documentos apontando para a probabilidade de que uma das ossadas poderia ser os restos do guerrilheiro Bérgson Gurjão Faria, ex-estudante de Química da Universidade Federal do Ceará e primeiro militante do PCdoB morto no Araguaia, no dia 8 de maio de 1972, 26 dias depois do início dos combates.

São relatórios, fotografias e depoimentos coletados desde que a ossada foi retirada do Cemitério de Xambioá, de uma ala onde moradores apontaram que existiriam os restos de vários guerrilheiros. Informações sobre a arcada dentária, formato do crânio, altura e até o sinal de uma pancada que ele levou na mastóide, ainda em Fortaleza em 1967, durante repressão a uma passeata de estudantes contra o regime militar, reforçam a hipótese de que pode se tratar do guerrilheiro.

"Encaminhei a documentação para ser analisada por um perito no assunto. A avaliação preliminar é de que pode se tratar do Bérgson. Mas é cedo e aguardo um parecer mais embasado para tomar providências", diz o deputado. Os documentos foram entregues ao perito gaúcho Domingos Toqueto, que nos próximos dias dará o parecer.

Se apontar indícios de que pode mesmo se tratar do guerrilheiro, o parecer pode deixar em saia justa o ministro Paulo Vannuchi e as pessoas de sua confiança que dirigem a Comissão de Mortos e Desaparecidos. O episódio pode demonstrar o imobilismo do governo e a negligência com que o assunto vem sendo tratado.

"Eles sentaram em cima e nada fizeram", acusa o deputado. Embora integrante da base governista no Congresso Nacional, Pompeu de Matos, diz que não quer atrito com o Palácio do Planalto, mas que vai se empenhar na busca de uma solução. "É uma questão de dignidade humana e de respeito à história. Não sinto vontade política em nenhum setor do governo para esclarecer", diz o deputado. Se o parecer do perito confirmar a suspeita, o deputado Pompeu de Matos acha que CDH da Câmara deixará uma razoável contribuição à causa.

"Podemos abrir as portas para uma perícia completa, retirando do armário os outros esqueletos", diz o parlamentar. O deputado afirma que neste caso pedirá que a Polícia Federal entre no caso. A Polícia Federal tem policiais e peritos preparados para investigar e o mais avançado laboratório de análise forense do país. Até hoje a direção do órgão não recebeu qualquer pedido formal para atuar. Por Vasconcelo Quadros Gazeta Mercantil

2 comentários:

fantasma disse...

Tudo indica ser esqueletos de militares assassinados pelos lutadores por um Brasil decente.
Imaginem, se essa canalha iria perder essa chance.

V A G A B U N D O S, de pai e mãe.

Praga disse...

Eu rogo todas a PRAGAS a essa CORJA, hão de perder as coisas que mais sentem prazer.