Perda de ICMS impede queda na gasolina, afirma Lula

GASOLINA NÃO ABAIXA PORQUE BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ...

O temor de criar problemas nas finanças dos Estados é o que retarda a redução dos preços dos combustíveis ao consumidor, apesar da queda nos preços internacionais do petróleo, garantiu ontem o Lula da Silva.

Ele falou do assunto pouco antes de deixar as ilhas de Trinidad e Tobago, onde participou da Cúpula das Américas. "Se reduzir o preço do combustível sem pactuar com os Estados vai reduzir a carga de ICMS e eles vão ficar em situação muito mais difícil", disse Lula.

"Estamos conversando com os governadores para ver qual alternativa vamos construir e, quem sabe, daqui a um dia, dois dias, um mês, vamos tomar uma decisão, desde que a gente consiga compatibilizar com as receitas dos Estados", previu o presidente, que não fez referência à política da Petrobras de compensar, com os preços mais altos, o período em que manteve os derivados de petróleo sem reajuste apesar da alta no petróleo. "Não queremos causar danos nos Estados. Queremos é que todos tenham o máximo possível de capacidade de investimento", disse. Sergio Leo - FSP



ABADÁ DA PETROBRÁS

A Petrobras gastou R$ 854 mil, neste ano, em patrocínio a seis blocos do Carnaval de rua em Salvador. São os mesmos que formavam o Fórum de Entidades Negras da Bahia, intermediário, até o ano passado, de toda a verba da empresa para a folia em Salvador. Em 2008, ela repassou R$ 1,2 milhão ao Fórum. O esquema foi alterado porque o Ministério Público baiano apontou irregularidades. À época, o responsável por negociar o patrocínio carnavalesco era o petista Rosemberg Pinto, assessor do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Prefeitos relatam ter sido procurados por Rosemberg com oferta de patrocínio para o São João, em troca do compromisso de contratar determinadas empresas para montar o arraial.

DO PEITO
A contrariedade manifestada por Jaques Wagner (PT-BA) com o noticiário sobre o uso de ONG petista para repassar recursos da Petrobras a prefeituras é diretamente proporcional à proximidade do governador com Rosemberg Pinto, assessor da presidência da empresa. Claudio de Moura Castro Painel Folha de S. Paulo




INDÚSTRIA DO GOLPISMO

Ninguém pode, de boa-fé, ser contrário à punição daqueles governantes que corrompem o processo eleitoral. Compra de votos, uso indevido da máquina pública, abuso do poder econômico -são todos comportamentos passíveis de sanções, até mesmo da cassação do mandato, medida que se banalizou, mas de trivial não tem nada. Este é o primeiro ponto.

Segundo: ninguém compromissado com a democracia pode aceitar que a cassação de alguém tenha como consequência a sua substituição por quem foi vencido nas urnas. O segundo colocado não é o próximo da fila, mas o que foi rejeitado pelo voto popular. Não é o reserva do time, é o adversário derrotado. É preciso desvincular o castigo ao corrupto do prêmio ao perdedor. Fernando de Barros e Silva - Folha de S. Paulo


Não tem sido essa, porém, a interpretação da justiça eleitoral. Suas decisões recentes parecem dar curso a uma nova indústria do golpismo no país, agora com amparo legal. Ainda mal começamos a perceber as consequências políticas desse protagonismo.

Há dois meses, José Maranhão (PMDB), derrotado em 2006 por Cássio Cunha Lima (PSDB), assumiu o governo da Paraíba. Agora, Roseana Sarney (PMDB) vem ocupar o cargo de Jackson Lago (PDT) no Maranhão. Falta a esses dois governantes o oxigênio da democracia: legitimidade popular.

Há outros seis governadores na mira do TSE. Se a moda pega, corremos o risco de regredir para um quadro realmente sinistro: quase um terço das unidades da Federação nas mãos de quem foi derrotado nas urnas em 2006.

Não por acaso os governantes sub judice vêm de Estados periféricos, onde a disputa pelo poder se trava muitas vezes entre famílias rivais e o aparelho burocrático vive refém do arbítrio, sujeitado ao pessoalismo mais brutal.

O caso do Maranhão, a capitania hereditária dos Sarney e seus agregados, é exemplar e joga luz sobre um problema que o ultrapassa. A justiça eleitoral está patrocinando a reciclagem da política dos coronéis.

Um comentário:

Laguardia disse...

O Problema é que a Petrobrás é uma empresa estatal, cabide de emprego para os políticos incompetentes.

Além de servir para abrigar os aliados do governo, ela serve de fonte de recursos ilegais para os partidos políticos e para corrupção.

Devemos todos os cidadãos de sã consciência aderirmos ao boicote aos postos de bandira BR.