Apesar de o jornalista da Folha ter escrito uma matéria (abaixo) onde ele tenta usar das entrelinhas para fazer uma critica velada às declarações do General, com relação às políticas de cotas do Lula da Silva, o que ele não se lembrou de fazer constar no texto é que as Escolas do Exército são verdadeiras excelências do ensino no país; as melhores notas do ENEM são dessas instituições administradas pelo militares.
Fez muito bem o General Paulo César de Castro em colocar as “Cotas” em seu devido lugar, pois esse sistema que contempla a cor da pele não passa de um atestado de incompetência. Não será com essa política ridícula que o país vai sair do atraso em que se encontra. Pelo contrário.
Quanto a “exaltar o Golpe Militar”, temos mais é que exaltar mesmo, pois se os militares não tivessem agido lá atrás, hoje o sistema democrático do país seria apenas uma lembrança.
Mas tem uma coisa com a qual não concordo com o General: o “inimigo” está agindo, subvertendo a ordem e impondo seus desmandos ao país. A “lepra” está avançando mais e mais, e a Caserna não pode contentar-se em querer salvaguardar apenas suas “salas de aula”, como casulos protegidos. Também é fundamental que os militares se preocupem e muito com o povo 'aqui fora', sofrendo as piores influências dessa contaminação.
No mais, salve o general Médici. Sem dúvida, um grande exemplo de honestidade. – Por Arthur/Gabriela
COLUNA EM FOCO DA FSP
General responsável pelo ensino no Exército exalta golpe de 64 e ironiza cotas
O general-de-exército Paulo César de Castro, principal responsável pelo ensino no Exército nos últimos dois anos, exaltou ontem o golpe militar de 1964 e ironizou as políticas de cotas raciais na educação.
Um dos 14 generais quatro estrelas (posto máximo) do Alto Comando do Exército, Castro elogiou o presidente Emilio Garrastazú Medici, em cujo governo (1969-74) desapareceram dezenas de oposicionistas, e defendeu a Lei de Anistia de 1979 (deu a entender que ela não permite punir militares).
O oficial disse que os "arautos da sarna marxista", inimigo "astuto e insidioso", seguem em ação. As afirmações foram feitas no Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, diante do comandante do Exército, Enzo Peri. Castro foi ovacionado por centenas de pessoas, destacadamente oficiais da ativa, da reserva (podem ir a uma eventual guerra) e reformados (não podem).
A cerimônia marcou sua substituição na chefia do Departamento de Educação e Cultura do Exército e passagem à reserva.
O departamento dirige dos colégios militares às escolas para oficiais. O novo chefe é o general-de-exército Rui Monarca da Silveira.
As cotas para grupos populacionais no acesso ao ensino são política federal, e o comandante constitucional das Forças Armadas é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - opositor da ditadura militar (1964-85).
O general Castro recordou sua admissão no Colégio Militar: "[Foi] em concurso, sem que jamais me tivesse sido exigida a cor da pele dos meus pais, avós e demais ascendentes ou me tivessem acenado para integrar qualquer tipo de cotas fossem elas quais fossem".
Como cadete, mobilizado pelo comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, Emilio Medici, Castro tomou parte na deposição do presidente João Goulart em 1964.
Ontem, o general leu o elogio de Medici "por ter participado do movimento de descomunização do Brasil" e chamou de "revolução democrática" o golpe militar. Para o oficial, o general Medici constituiu "exemplo de honestidade, coragem moral e audácia". "Sob seu comando, nós, os democratas brasileiros, derrotamos o oponente subversivo durante a Guerra Fria", afirmou.
Castro, 64, disse ainda que na Força aprendeu a "cumprir todas as leis", entre elas a Lei da Anistia.
No governo, há divergência: para os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), a norma não preserva responsáveis por tortura durante a ditadura; o ministro Nelson Jobim (Defesa) discorda dos colegas.
"Lepra ideológica"
O general também saudou militares por "patrulhar para que a lepra ideológica fosse mantida bem afastada dos currículos, salas de aula e locais de instrução". "Meus generais, perseverai no combate", discursou. "O inimigo é astuto e insidioso. Mas capitulará ante nós, como derrotado tem sido até agora."
"Cuidado: ele procurará afirmar e convencer os inocentes e incautos de que o Exército de 2009 é diferente do Exército que os derrotou no passado. Pobres almas."
Ao fim do evento, a Folha indagou o comandante da Força sobre a manifestação de Castro: "Ele encerrou o tempo dele na ativa em 31 de março, quando completou 12 anos como general", disse Enzo Peri. "Então, fez reminiscências do tempo como cadete. Há fatos históricos, cada um tem o direito de ter sua opinião."
Em março, ao se despedir do Comando Militar do Leste (RJ, MG e ES) e da ativa, o general Luiz Cesário Filho também enalteceu o golpe de 64. MÁRIO MAGALHÃES – Folha de São Paulo
Fez muito bem o General Paulo César de Castro em colocar as “Cotas” em seu devido lugar, pois esse sistema que contempla a cor da pele não passa de um atestado de incompetência. Não será com essa política ridícula que o país vai sair do atraso em que se encontra. Pelo contrário.
Quanto a “exaltar o Golpe Militar”, temos mais é que exaltar mesmo, pois se os militares não tivessem agido lá atrás, hoje o sistema democrático do país seria apenas uma lembrança.
Mas tem uma coisa com a qual não concordo com o General: o “inimigo” está agindo, subvertendo a ordem e impondo seus desmandos ao país. A “lepra” está avançando mais e mais, e a Caserna não pode contentar-se em querer salvaguardar apenas suas “salas de aula”, como casulos protegidos. Também é fundamental que os militares se preocupem e muito com o povo 'aqui fora', sofrendo as piores influências dessa contaminação.
No mais, salve o general Médici. Sem dúvida, um grande exemplo de honestidade. – Por Arthur/Gabriela
COLUNA EM FOCO DA FSP
General responsável pelo ensino no Exército exalta golpe de 64 e ironiza cotas
O general-de-exército Paulo César de Castro, principal responsável pelo ensino no Exército nos últimos dois anos, exaltou ontem o golpe militar de 1964 e ironizou as políticas de cotas raciais na educação.
Um dos 14 generais quatro estrelas (posto máximo) do Alto Comando do Exército, Castro elogiou o presidente Emilio Garrastazú Medici, em cujo governo (1969-74) desapareceram dezenas de oposicionistas, e defendeu a Lei de Anistia de 1979 (deu a entender que ela não permite punir militares).
O oficial disse que os "arautos da sarna marxista", inimigo "astuto e insidioso", seguem em ação. As afirmações foram feitas no Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, diante do comandante do Exército, Enzo Peri. Castro foi ovacionado por centenas de pessoas, destacadamente oficiais da ativa, da reserva (podem ir a uma eventual guerra) e reformados (não podem).
A cerimônia marcou sua substituição na chefia do Departamento de Educação e Cultura do Exército e passagem à reserva.
O departamento dirige dos colégios militares às escolas para oficiais. O novo chefe é o general-de-exército Rui Monarca da Silveira.
As cotas para grupos populacionais no acesso ao ensino são política federal, e o comandante constitucional das Forças Armadas é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - opositor da ditadura militar (1964-85).
O general Castro recordou sua admissão no Colégio Militar: "[Foi] em concurso, sem que jamais me tivesse sido exigida a cor da pele dos meus pais, avós e demais ascendentes ou me tivessem acenado para integrar qualquer tipo de cotas fossem elas quais fossem".
Como cadete, mobilizado pelo comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, Emilio Medici, Castro tomou parte na deposição do presidente João Goulart em 1964.
Ontem, o general leu o elogio de Medici "por ter participado do movimento de descomunização do Brasil" e chamou de "revolução democrática" o golpe militar. Para o oficial, o general Medici constituiu "exemplo de honestidade, coragem moral e audácia". "Sob seu comando, nós, os democratas brasileiros, derrotamos o oponente subversivo durante a Guerra Fria", afirmou.
Castro, 64, disse ainda que na Força aprendeu a "cumprir todas as leis", entre elas a Lei da Anistia.
No governo, há divergência: para os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), a norma não preserva responsáveis por tortura durante a ditadura; o ministro Nelson Jobim (Defesa) discorda dos colegas.
"Lepra ideológica"
O general também saudou militares por "patrulhar para que a lepra ideológica fosse mantida bem afastada dos currículos, salas de aula e locais de instrução". "Meus generais, perseverai no combate", discursou. "O inimigo é astuto e insidioso. Mas capitulará ante nós, como derrotado tem sido até agora."
"Cuidado: ele procurará afirmar e convencer os inocentes e incautos de que o Exército de 2009 é diferente do Exército que os derrotou no passado. Pobres almas."
Ao fim do evento, a Folha indagou o comandante da Força sobre a manifestação de Castro: "Ele encerrou o tempo dele na ativa em 31 de março, quando completou 12 anos como general", disse Enzo Peri. "Então, fez reminiscências do tempo como cadete. Há fatos históricos, cada um tem o direito de ter sua opinião."
Em março, ao se despedir do Comando Militar do Leste (RJ, MG e ES) e da ativa, o general Luiz Cesário Filho também enalteceu o golpe de 64. MÁRIO MAGALHÃES – Folha de São Paulo
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