Os inestimáveis préstimos de um ex ministro e do Mensaleiro

PORTA VOZ PETISTA

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, está com a corda toda pelo país afora tentando organizar os palanques do PT para as eleições de 2010.

Na semana passada, passou pelo Ceará para dizer ao governador Cid Gomes (PSB) e ao deputado Ciro Gomes (PSB) que os petistas não abrem mão de indicar uma das vagas ao Senado no ano que vem. A operação, dizem os próprios petistas, tem um objetivo: tentar evitar a reeleição do senador tucano Tasso Jereissati, que sempre foi ligado ao deputado Ciro. Pela movimentação de Dirceu, ninguém duvida que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe inocentar no processo do mensalão, ele volte em breve aos holofotes do comando partidário. - Denise Rothenburg – Correio Braziliense



ALTERA A HISTÓRIA

O ex-ministro Thomas Bastos, da Justiça, em depoimento, alterou a história do governo Lula. Defende José Dirceu e descarta a existência do mensalão. O pensamento de Thomas Bastos expressa que “não passa de brincadeira”. Não pediu a volta dos excluídos.

Thomas Bastos é aquele advogado pujante de São Paulo, que proibiu uso de armas por qualquer cidadão. Sabia que o tráfico possuía armas mais possantes que as das Forças Armadas. Porém preferiu proibir uso particular. A notícia foi recebida com satisfação. O governo dava R$ 30 para cada arma entregue. Muita gente da periferia começou a fabricar revolveres e fulambert a torto e a direito. Uma “fabrica” do Gama vendia mais barato. Maior número de cidadãos recebia o dinheiro oficial. Por Ari Cunha


Thomas Bastos não falou em Roberto Jefferson. Foi o autor da denúncia e não fazia segredo. Recebera do PT R$ 4 milhões que devolveria, se o partido desse recibo. Foi cassado e hoje é rico advogado, com banca talvez superior à de José Dirceu. O ex-chefe da Casa Civil queria sair do processo. Ficar livre e viajar pelo mundo. Ganhar o dinheiro com o qual sustenta o luxo. E continuar bom amigo de Thomas Bastos, dono do escritório rico e poderoso de São Paulo. A perfídia não pegou. Resta pensar em outros “argumentos”. Coluna Visto, Lido e Ouvido – Correio Braziliense



QUEM PAGA A CONTA?

A grande atração da abertura dos festejos juninos de Caruaru, hoje, será a ministra da Casa Civil, Dilma Rousself. Até ontem, ninguém sabia explicar se a viagem dela era oficial, particular ou de pré-campanha eleitoral. Oficial, certamente não é. Pela a sua agenda divulgada, ontem, não consta a assinatura de nenhum protocolo, nem de convênio ou algo que possa justificar o seu deslocamento com todas as despesas pagas por nós, contribuintes.

Se não vem em missão oficial, não pode, portanto, usar jatinho da FAB nem pagar as suas despesas com diárias da Casa Civil. Embora seja uma festa que atrai milhares de pessoas e movimente a economia do município, o São João de Caruaru não recebeu patrocínio da Casa Civil.

Se recebe, o prefeito omite. Não vi, igualmente, nenhuma notícia que a ministra tenha interferido em favor do evento para garantir ajuda da União. Sendo assim, a presença da pré-candidata de Lula na capital do forró só se justifica pela natureza eleitoral ou eleitoreira, para ser mais preciso.

A oposição bem que poderia entrar com um pedido de informações à Casa Civil para saber quem está pagando as despesas da ministra em Caruaru, desde o aluguel do jatinho até a hospedagem. Se ela aterrissar por aqui em jatinho da FAB, aí, sim, será muito mais grave, porque a viagem se constituirá num flagrante uso da máquina num ano pré-eleitoral.

POPULISMO – Lula exagerou na dosagem populista ao inaugurar uma quadra poliesportiva, ontem, no Rio. Além de bater um pênalti para o goleiro Sérgio Cabral, governador do Rio – que também é populista – o presidente fez um discurso se achando a bala que matou Kennedy. Insinuou, por diversas vezes, pelo tom da sua fala, que dorme e acorda sonhando num terceiro mandato. Aliás, o tom dos seus últimos pronunciamentos lembra muito o ditador Hugo Chávez. Por Magno Martins

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