Polícia invade casa do dono da Globovisión

E O LULA AINDA VAI EMPRESTAR DINHEIRO PARA FINANCIAR O TIRANO

Policiais venezuelanos fizeram uma busca numa das propriedades do dono da TV opositora Globovisión, Guillermo Zuloaga, na noite de quinta-feira. A justificativa era que Zuloaga guardava no local "uma grande quantidade" de carros novos que não teriam os documentos em dia. A oposição, porém, denunciou perseguição política, já que a Globovisión é a única emissora abertamente crítica do governo que ainda transmite pela TV aberta na Venezuela - embora apenas para as três principais cidades do país.

"A casa desse ricaço em Caracas estava cheia de veículos de luxo dos quais não foram apresentados documentos", disse o presidente Hugo Chávez. "Se tenho 40 carros, preciso explicá-los. Mas o que diz a burguesia? Oh, que surpresa! O dono desses carros é também o dono de um canal de TV. Chávez o está perseguindo", acrescentou.


Zuloaga, que é sócio de uma concessionária da Toyota, qualificou a ação de "excessiva" e assegurou que todos os documentos dos veículos estão em ordem. A notícia da busca foi divulgada no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o relator da ONU para a Liberdade de Opinião e Expressão, Frank La Rue, emitiram um comunicado conjunto no qual expressam sua preocupação pelas recentes ameaças do governo venezuelano contra a Globovisión e outros meios de comunicação privados da Venezuela.

"As mais altas autoridades (do Executivo venezuelano) causam um ambiente de intimidação no qual o direito à liberdade de expressão é seriamente limitado", diz o comunicado

Duas semanas atrás, Chávez acusou emissoras opositoras de conspiração e disse que lhes preparava uma "surpresinha". Ele não citou o nome de nenhuma TV ou rádio, mas pouco depois o chanceler Nicolás Maduro acusou a Globovisión de fazer "terrorismo midiático" ao noticiar o terremoto que abalou Caracas no dia 4 sem consultar as autoridades venezuelanas.

Após o tremor, a Globovisión disse que sua intensidade foi de 5,4 graus na escala Richter, citando o Serviço Geológico dos EUA. Além disso, o diretor da TV, Alberto Ravell, criticou o que qualificou de uma reação lenta de funcionários do governo. Segundo autoridades venezuelanas, a Globovisión pode receber uma multa ou ser obrigada a interromper suas transmissões temporariamente.

Em maio de 2007, o governo venezuelano recusou-se a renovar a concessão da opositora RCTV, que estava havia 53 anos no ar e era a emissora de TV mais popular da Venezuela. Chávez acusou o diretor da TV, Marcel Granier, de ter participado da tentativa de golpe de 2002. Na época, a decisão desatou uma onda de protestos em todo o país. EFE e AFP



Leia também:
CHÁVEZ QUER RECURSOS DO BNDES


CHÁVEZ INFLA ESTADO VENEZUELANO


ONDA DE ESTATIZAÇÕES MARCA NOVO PASSO DE PROJETO CHAVISTA
Governo tomou empresas de capital estrangeiro e Banco Santander

Parte do ambicioso projeto do chamado socialismo do século 21, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, impulsionou mais uma série de estatizações, expropriando o capital privado de empresas e indústrias estrangeiras no país.

Ontem, Chávez anunciou a nacionalização de quatro empresas metalúrgicas produtoras de briquete e de outra de canos de aço. Elas contam com capitais japoneses, mexicanos, europeus e australianos, e operam na região de Guiana, no sul da Venezuela. Também foi divulgada a nacionalização da empresa local Cerámicas Carabobo, após ter ameaçado comprá-la em 2008 caso não fosse solucionado um conflito que envolvia seus trabalhadores.

Em discurso, o presidente ressaltou que a nacionalização dessas empresas é um passo "indispensável para poder criar um complexo industrial homogêneo" na região. Ontem ainda o governo venezuelano firmou um acordo para comprar a unidade do grupo espanhol Santander no país por US$ 1,050 bilhão.

O acordo de compra do Banco da Venezuela prevê que o pagamento seja realizado em parcelas, e permite ao Santander a repatriação de dividendos pela taxa de câmbio oficial.

O acerto foi firmado pelo presidente da instituição, Michael Goguikian, e o ministro de Finanças da Venezuela, Alí Rodríguez, na presença do vice-presidente do país, Ramón Carrizalez, que explicou que o acordo definitivo será assinado em 3 de julho, data em que o Estado assumirá as operações do banco.

Dando sequência ao movimento impulsionado pelas autoridades, a unidade da farmacêutica Pfizer na Venezuela analisa ações para uma eventual ocupação de uma de suas unidades por parte do governo do presidente Hugo Chávez.

O ministro do Comércio, Eduardo Samán, prepara um relatório para que Chávez decida se levará adiante uma intervenção temporária, solicitada por um grupo de trabalhadores que temem perder seus empregos pelo suposto fechamento de uma fábrica na cidade de Valencia, na região central do país. JB Online

Nenhum comentário: