Um governo que premia derrotados

E NA ESPLANADA, PODE?

A prática do governo Lula de premiar políticos derrotados com cargos de primeiro escalão não está restrita ao Itamaraty. Ao assumir o primeiro mandato, em 2003, o presidente tratou de acomodar seus aliados na Esplanada e em empresas estatais.

Sem sucesso na disputa pelo governo do Rio, a petista Benedita da Silva recebeu como prêmio o Ministério de Assistência e Promoção Social.

Outro companheiro recompensado foi Olívio Dutra.

Perdeu para Tarso Genro o direito de disputar as eleições para o governo gaúcho, por decisão do PT, e ganhou passaporte para o Ministério das Cidades. Tarso foi derrotado por Germano Rigotto (PMDB), mas virou presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Hoje na Justiça, foi ainda ministro da Educação.


Jaques Wagner não conseguiu ganhar o governo da Bahia, e foi nomeado ministro do Trabalho em 2003. Wagner, agora governador, ocupou depois o posto de articulador político do presidente.

Humberto Costa não se elegeu governador de Pernambuco.Tornou-se o primeiro ministro da Saúde de Lula.

Nilmário Miranda fracassou ao disputar com Aécio Neves o governo de Minas — e levou a Secretaria de Direitos Humanos. Marta Suplicy amargou para José Serra a derrota na reeleição para a prefeitura de São Paulo, em 2004. Também perdeu para Aloizio Mercadante a indicação do PT para concorrer ao governo paulista em 2006. No ano seguinte, Lula deu-lhe o Ministério do Turismo.

A Petrobras também serviu de “consolo”. O sergipano José Eduardo Dutra se tornou presidente da estatal, em 2003, ao perder o governo do estado. Saiu em 2005, mas não ficou longe por muito tempo — desde 2007 preside a Petrobras Distribuidora. O Globo

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