Sem discursos, caminhadas entre os populares e faixas de recepção, a passagem da ministra da Casa Civil e pré-candidata à presidência Dilma Rousseff passou praticamente despercebida das 25 mil pessoas que foram ver a abertura dos festejos juninos em Caruaru sábado à noite. A interação da ministra com o povo se limitou a alguns poucos acenos do camarote do Pátio do Forró, espaço onde acontecem as comemorações de São João na cidade.

Embaixo, sem reconhecer quem acenava, a população não correspondia ao gesto de Dilma, que cresceu na pesquisa de intenção de voto divulgada neste fim de semana.
Na plateia, a vendedora de cerveja Marilene Ferreira, de 25 anos, associou o nome da ministra a uma cantora: "Ela vem? Eu já ouvi uns CDs dela", dizia, empolgada. "É a secretária de Lula?", perguntou o garçom Carlos Bezerra, de 38 anos. A faxineira Lucineide Cordeiro não a reconheceu de nome, mas, quando a reportagem explicou que era a ministra do governo Lula que estava doente, ela lembrou. "É aquela que está com câncer?"
Com a pouca divulgação da vinda da ministra para a abertura da festa, mesmo quem sabia quem era Dilma Rousseff não tomou conhecimento da sua visita à cidade. "Não estou sabendo de nada", disse a comerciante Marlene Moura, de 40 anos.
Em fevereiro, quando participou do bloco carnavalesco Galo da Madrugada, no Recife, e subiu as ladeiras de Olinda, mesmo sem ser reconhecida por muitos, a ministra caminhou no meio do povo. Nos camarotes, alto-falantes também anunciavam a presença dela.
Em Caruaru, porém, foi aparentando boa disposição e quase sem ser notada que Dilma passou pela cidade. Antes de ir para a festa popular, ensaiou passos de forró em um jantar fechado para convidados na casa do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), filho do prefeito da cidade, José Queiroz (PDT). "Ela se saiu bem. Ou já dançou muito na vida, ou tomou umas aulas", disse José Múcio (PTB), ministro das Relações Institucionais. - Valor Econômico
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