
O fato é que na sexta-feira (26), milhares de hondurenhos saíram às ruas para protestar contra o referendo, clamando para que não permitisse que Chávez metesse suas patas sobre Honduras, a exemplo do que faz com outros países. Esse era o maior apelo da população. Enquanto que os partidários do presidente exibiam cartazes pedindo o fechamento do Congresso, a maioria da população segurava a Constituição nas mãos.
O Chávez já está firme bradando feito um cão raivoso, que o presidente de Honduras foi vítima dos gorilas do Exército, como se ele também, nunca tivesse dado um Golpe de Estado em seu país. Aliás, segundo a AOL Latina, o presidente hondurenho estaria agora na Venezuela. Outros afirmam que está na Costa Rica.
Como já conhecemos as artimanhas do bufão venezuelano, seria prudente considerar a possibilidade de que como “vítima de golpe”, isso pode servir para “catapultar” Manuel Zelaya, rumo ao fortalecimento de suas medidas.
Afinal, para quem não se lembra, Chávez se saiu muito bem daquele estranho golpe militar em 2002, que o manteve prisioneiro por 48 horas, e cujos poderes foram-lhe devolvidos neste breve período. Dizem que Havana se movimentou, na ocasião, para que o poder fosse devolvido ao seu amigo e benfeitor. Se tiver a ver tal história, saberemos logo, afinal, Cuba (como não poderia deixar de ser) tem demonstrado apoio incondicional ao presidente hondurenho e as suas medidas para perpetuação no Poder.
De qualquer forma, se o Exército agiu atendendo a pedidos da população, os nossos parabéns. E com direito a uma confissão: estamos mortos de inveja. Por Arthur/Gabriela
TROPAS DETÊM PRESIDENTE DE HONDURAS
Soldados de Honduras prenderam o presidente de esquerda Manuel Zelaya neste domingo em uma crise institucional desencadeada por sua tentativa de ser reeleito, afirmaram oficiais do governo.
As tropas levaram Zelaya, um aliado do presidente venezuelano Hugo Chavez, de sua residência para um local desconhecido, disse à Reuters Eduardo Reina, secretário privado do presidente. Ele disse que tiros foram disparados durante o incidente, mas esta informação não pôde ser confirmada de maneira independente.
"Nós recebemos informações de que ele foi levado a uma base aérea militar", afirmou Rafael Alegria, um oficial sênior do governo, à rede de televisão pro-Zelaya Channel 8.
O presidente demitiu o chefe das Forças Armadas semana passada após este se recusar a ajudá-lo a organizar um referendo não-oficial no domingo para permitir que os presidentes possam exercer mais do que um único mandato de quatro anos.
O empobrecido país da América Central havia se mantido politicamente estável desde o fim do governo militar no início da década de 80, mas a pressão de Zelaya para mudar a constituição e permitir que ele possa exercer outro mandato abalou as instituições do país.
A Suprema Corte saiu contra Zelaya na semana passada e ordenou que ele reintegrasse o chefe militar despedido Romeo Vasquez -um movimento que o presidente declarou ser um "golpe" contra ele. A crise econômica global desacelerou o crescimento de Honduras, país que depende das exportações de café e de tecidos e das remessas de dinheiro dos que vivem no exterior. Pesquisas de opinião recentes mostram que o apoio a Zelaya caiu a 30%.
Honduras, com 7 milhões de habitantes, é um importante ponto de trânsito para o tráfico de drogas.
(Reportagem de Mica Rosenberg e Gustavo Palencia) Reuters/Brasil Online – via Globo Online
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