LULA ACEITA VERSÃO DE CARACAS QUE NEGA REPASSE E ARMAS ÀS FARC
O governo brasileiro evitou comentar as acusações contra a Venezuela por suspeitas de apoio militar aos guerrilheiros Farc, mas cobrou da Colômbia explicações sobre o acordo militar para instalar bases dos EUA em seu território. Abordado para falar das suspeitas contra a Venezuela, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse não ter informações sobre o caso e pareceu estar mais preocupado com a decisão colombiana de acolher três bases militares americanas.
"Se há preocupação com o novo acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, seria bom que a Colômbia transparentemente diga o que é, para que as pessoas ouçam, vejam, e possa haver uma discussão", disse o ministro. Ele respondia a perguntas sobre o rompimento de relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia, provocado pela acusação colombiana de que a Venezuela repassou às Farc armas compradas da Suécia. Por Sergio Leo
"O momento é mais de extintor que de gasolina", comentou ao Valor o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Tanto ele quanto Amorim mostraram decepção pelo fato de que a Colômbia não comunicou seu acordo com os EUA ao recém-criado Conselho de Defesa da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O acordo acabou com a distensão diplomática ensaiada entre os governos de Caracas e Bogotá, e levou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a acusar o governo americano de preparar uma incursão armada contra seu país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou rapidamente com Chávez ontem. Garcia vai à Venezuela amanhã, em viagem marcada há duas semanas, e deve tratar do tema das Farc com Chávez.
A reação de Amorim mostra o nível de preocupação do governo brasileiro com a decisão dos EUA, de instalar na Colômbia três bases em substituição à de Manta, no Equador, fechada por ordem do presidente equatoriano, Rafael Corrêa, aliado de Chávez.
O governo brasileiro diz não ter recebido nenhuma comunicação oficial da Colômbia sobre os lança-foguetes de fabricação sueca, do lote comprado pelas Forças Armadas da Venezuela, encontrados com guerrilheiros das Farc. "Não tive tempo de falar com ninguém, não posso me basear em notícias de jornais", disse Amorim. "Esse assunto seria mais bem tratado pelos canais diplomáticos que por guerra de comunicados", disse Garcia.
No Palácio do Planalto e no Itamaraty, foi aceita como verdade a declaração de Chávez, de que é inocente no tráfico de armas para as Farc. Diplomatas argumentam que são encontradas com o tráfico no Rio de Janeiro e São Paulo armamento militar de países como a Bolívia, sem que isso represente conivência do governo boliviano com o desvio das armas.
Em conversa reservada, um integrante do governo justifica a menção de Amorim à Colômbia pois a instalação de bases americanas soaria como provocação, quando se sabe que Chávez atribui ao governo americano apoio ao golpe de Estado que quase o derrubou em 2002. Washington chegou a reconhecer o breve governo golpista. Os americanos acusam Venezuela, Bolívia e Equador de apoio às Farc.
As bases americanas são vistas em Brasília como uma sabotagem ao interesse do Brasil de manter a América do Sul como zona de paz, sem interferência externa. Para um graduado diplomata, Chávez aproveita a atuação dos EUA para justificar compras de armas e as alianças com potências estrangeiras, como a Rússia, contra os interesses do governo brasileiro, que já reclamou reservadamente dessas iniciativas com o próprio Chávez. Valor Econômico
O governo brasileiro evitou comentar as acusações contra a Venezuela por suspeitas de apoio militar aos guerrilheiros Farc, mas cobrou da Colômbia explicações sobre o acordo militar para instalar bases dos EUA em seu território. Abordado para falar das suspeitas contra a Venezuela, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse não ter informações sobre o caso e pareceu estar mais preocupado com a decisão colombiana de acolher três bases militares americanas.
"Se há preocupação com o novo acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, seria bom que a Colômbia transparentemente diga o que é, para que as pessoas ouçam, vejam, e possa haver uma discussão", disse o ministro. Ele respondia a perguntas sobre o rompimento de relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia, provocado pela acusação colombiana de que a Venezuela repassou às Farc armas compradas da Suécia. Por Sergio Leo
"O momento é mais de extintor que de gasolina", comentou ao Valor o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Tanto ele quanto Amorim mostraram decepção pelo fato de que a Colômbia não comunicou seu acordo com os EUA ao recém-criado Conselho de Defesa da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O acordo acabou com a distensão diplomática ensaiada entre os governos de Caracas e Bogotá, e levou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a acusar o governo americano de preparar uma incursão armada contra seu país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou rapidamente com Chávez ontem. Garcia vai à Venezuela amanhã, em viagem marcada há duas semanas, e deve tratar do tema das Farc com Chávez.
A reação de Amorim mostra o nível de preocupação do governo brasileiro com a decisão dos EUA, de instalar na Colômbia três bases em substituição à de Manta, no Equador, fechada por ordem do presidente equatoriano, Rafael Corrêa, aliado de Chávez.
O governo brasileiro diz não ter recebido nenhuma comunicação oficial da Colômbia sobre os lança-foguetes de fabricação sueca, do lote comprado pelas Forças Armadas da Venezuela, encontrados com guerrilheiros das Farc. "Não tive tempo de falar com ninguém, não posso me basear em notícias de jornais", disse Amorim. "Esse assunto seria mais bem tratado pelos canais diplomáticos que por guerra de comunicados", disse Garcia.
No Palácio do Planalto e no Itamaraty, foi aceita como verdade a declaração de Chávez, de que é inocente no tráfico de armas para as Farc. Diplomatas argumentam que são encontradas com o tráfico no Rio de Janeiro e São Paulo armamento militar de países como a Bolívia, sem que isso represente conivência do governo boliviano com o desvio das armas.
Em conversa reservada, um integrante do governo justifica a menção de Amorim à Colômbia pois a instalação de bases americanas soaria como provocação, quando se sabe que Chávez atribui ao governo americano apoio ao golpe de Estado que quase o derrubou em 2002. Washington chegou a reconhecer o breve governo golpista. Os americanos acusam Venezuela, Bolívia e Equador de apoio às Farc.
As bases americanas são vistas em Brasília como uma sabotagem ao interesse do Brasil de manter a América do Sul como zona de paz, sem interferência externa. Para um graduado diplomata, Chávez aproveita a atuação dos EUA para justificar compras de armas e as alianças com potências estrangeiras, como a Rússia, contra os interesses do governo brasileiro, que já reclamou reservadamente dessas iniciativas com o próprio Chávez. Valor Econômico
2 comentários:
Chávez PULA, tem ataques de "sicutico", ameaça a Colômbia, mas....a Suécia EXIGE RESPOSTA!
VAMOS LÁ, BUFÃO!!!! QUEREMOS RESPOSTA
Suecia exigiu NOVAMENTE uma explicação da Venezuela sobre armas que terminaram nas mãos das FARC.
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Colombia dice que lanza cohetes antitanque vendidos a Venezuela por Suecia en la década de 1980 fueron obtenidos por el principal grupo rebelde colombiano Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia, o FARC.
La ministra sueca de Comercio Ewa Bjorling señaló que Suecia exigió una explicación al diplomático venezolano de más alto rango en Estocolmo.
Bjorling dijo que Suecia no ha recibido ninguna respuesta de Venezuela, pero agregó que tiene "buenos contactos" con Colombia en el caso.
AP
http://www.semana.com/noticias-europa/suecia-exige-explicacion-venezuela-sobre-armas/126817.aspx
Quanto ao antigo acordo militar dos EUA com a Colombia, Amorim está bem ciente.
A preocupação dele é ser avisado antes de qualquer operação militar contra seus amigos farianos.
Ou ele não sabe que também temos acordos militares com os EUA?
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