SUPLENTE DO PT SERÁ PRESIDENTE
Estratégia é blindar Sarney e Petrobras
Após três tentativas frustradas, a oposição conseguiu garantir ontem a instalação da CPI da Petrobras, diante do compromisso de devolver a relatoria da CPI das ONGs e “congelar” a CPI do Dnit. Já o governo não hesitou em fazer valer sua ampla maioria: os governistas assumiram os três cargos de comando. Por oito votos a três, a base aliada elegeu os senadores João Pedro (PT-AM) para presidente, Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a vice-presidência e, por fim, indicou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para relator. A ordem do Planalto é que as investigações, previstas para começar só em agosto, sejam controladas de perto e que o discurso político sobre a importância da Petrobras seja reforçado.
Na CPI, a estratégia dos governistas é não deixar votar requerimentos que não tenham sido selecionados pelo relator, blindando assuntos que comprometam a Petrobras ou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ao assumir o comando da sessão, João Pedro cumpriu o script predeterminado e marcou a próxima reunião da CPI para 6 de agosto. O petista é suplente de Alfredo Nascimento, que assumiu o Ministério dos Transportes. Por Adriana Vasconcelos
A oposição esboçou uma reação e lançou a candidatura dos senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e de Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) para presidente e vice-presidente da CPI. O esforço foi em vão, e os governistas por pouco não cassaram a palavra dos senadores do PSDB e DEM que defendiam essas candidaturas.
— Essa discussão fica para depois — decretou Paulo Duque (PMDB-RJ), que presidia a sessão.
— Isso não tem pé nem cabeça. Como defender uma candidatura depois de proclamado o resultado? — protestou o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
Jucá evitou se comprometer em aprovar qualquer um dos 28 requerimentos apresentados por Álvaro Dias.
Entre eles, o que pede à Fundação José Sarney cópia das prestações de contas relativas às ações financiadas com verbas da Petrobras, além da convocação do gerente de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, e da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira, que perdeu o cargo após tentar aplicar uma multa milionária à Petrobras. O Globo
ENFIM, O PRÉ-SAL
Começou a exploração da camada pré-sal. Lula ordenou pessoalmente o início dos trabalhos. E não custará tão caro quanto se imaginava.
O campo escolhido pelo presidente para a empreitada foi a CPI da Petrobras. A exploração se dará da seguinte forma: a base aliada do governo gritará que a CPI põe em risco o projeto do pré-sal, e conseqüentemente o futuro do Brasil.
Essa forma de exploração das riquezas petrolíferas profundas é a ideal. Pode ser feita de terno e gravata, não suja as mãos (de óleo), não precisa de alta tecnologia e dá resultados imediatos. Os custos existem, mas são incomparavelmente inferiores. Como se sabe, um senador dócil não custa tão caro assim.
É preciso reconhecer que, nessa área, o governo Lula tem sido de uma coerência a toda prova. E de uma enorme eficiência também. O lema “Não perca tempo fazendo aquilo que você pode apenas falar” é um sucesso. Em qualquer canto do país há um brasileiro se sentindo mais rico porque o pré-sal é dele. Aceleração do crescimento é isso aí.
O PAC é um sucesso, Dilma é a mãe, e ninguém está nem aí para a explosão da carga tributária e dos gastos públicos. O petróleo é nosso, o Sarney também, e viva o governo popular.
Fica combinado assim: o presidente do Senado é vítima do denuncismo, a CPI da Petrobras é um atentando contra o futuro do Brasil. Não deixem esses abutres impedirem que Lula enriqueça os brasileiros. Começou muito bem a exploração do pré-sal. No futuro, ela se confundirá com a ideologia central do governo Lula: no princípio era o verbo, no final também. Por Guilherme Fiúza
Estratégia é blindar Sarney e Petrobras
Após três tentativas frustradas, a oposição conseguiu garantir ontem a instalação da CPI da Petrobras, diante do compromisso de devolver a relatoria da CPI das ONGs e “congelar” a CPI do Dnit. Já o governo não hesitou em fazer valer sua ampla maioria: os governistas assumiram os três cargos de comando. Por oito votos a três, a base aliada elegeu os senadores João Pedro (PT-AM) para presidente, Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a vice-presidência e, por fim, indicou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para relator. A ordem do Planalto é que as investigações, previstas para começar só em agosto, sejam controladas de perto e que o discurso político sobre a importância da Petrobras seja reforçado.
Na CPI, a estratégia dos governistas é não deixar votar requerimentos que não tenham sido selecionados pelo relator, blindando assuntos que comprometam a Petrobras ou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ao assumir o comando da sessão, João Pedro cumpriu o script predeterminado e marcou a próxima reunião da CPI para 6 de agosto. O petista é suplente de Alfredo Nascimento, que assumiu o Ministério dos Transportes. Por Adriana Vasconcelos
A oposição esboçou uma reação e lançou a candidatura dos senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e de Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) para presidente e vice-presidente da CPI. O esforço foi em vão, e os governistas por pouco não cassaram a palavra dos senadores do PSDB e DEM que defendiam essas candidaturas.
— Essa discussão fica para depois — decretou Paulo Duque (PMDB-RJ), que presidia a sessão.
— Isso não tem pé nem cabeça. Como defender uma candidatura depois de proclamado o resultado? — protestou o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE).
Jucá evitou se comprometer em aprovar qualquer um dos 28 requerimentos apresentados por Álvaro Dias.
Entre eles, o que pede à Fundação José Sarney cópia das prestações de contas relativas às ações financiadas com verbas da Petrobras, além da convocação do gerente de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, e da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira, que perdeu o cargo após tentar aplicar uma multa milionária à Petrobras. O Globo
ENFIM, O PRÉ-SAL
Começou a exploração da camada pré-sal. Lula ordenou pessoalmente o início dos trabalhos. E não custará tão caro quanto se imaginava.
O campo escolhido pelo presidente para a empreitada foi a CPI da Petrobras. A exploração se dará da seguinte forma: a base aliada do governo gritará que a CPI põe em risco o projeto do pré-sal, e conseqüentemente o futuro do Brasil.
Essa forma de exploração das riquezas petrolíferas profundas é a ideal. Pode ser feita de terno e gravata, não suja as mãos (de óleo), não precisa de alta tecnologia e dá resultados imediatos. Os custos existem, mas são incomparavelmente inferiores. Como se sabe, um senador dócil não custa tão caro assim.
É preciso reconhecer que, nessa área, o governo Lula tem sido de uma coerência a toda prova. E de uma enorme eficiência também. O lema “Não perca tempo fazendo aquilo que você pode apenas falar” é um sucesso. Em qualquer canto do país há um brasileiro se sentindo mais rico porque o pré-sal é dele. Aceleração do crescimento é isso aí.
O PAC é um sucesso, Dilma é a mãe, e ninguém está nem aí para a explosão da carga tributária e dos gastos públicos. O petróleo é nosso, o Sarney também, e viva o governo popular.
Fica combinado assim: o presidente do Senado é vítima do denuncismo, a CPI da Petrobras é um atentando contra o futuro do Brasil. Não deixem esses abutres impedirem que Lula enriqueça os brasileiros. Começou muito bem a exploração do pré-sal. No futuro, ela se confundirá com a ideologia central do governo Lula: no princípio era o verbo, no final também. Por Guilherme Fiúza
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