Opositores alegam que organismo agiu rapidamente em Honduras, mas não na Venezuela
A visita a Washington, na semana passada, de importantes políticos de oposição ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez - o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, o governador de Táchira, Cesar Perez, e o governador de Zulia, Pablo Perez - trouxe para os holofotes da mídia uma pergunta que muitos faziam discretamente desde que eclodiu a crise política em Honduras: por que a OEA agiu tão rapidamente na defesa da democracia em Honduras e não faz o mesmo na Venezuela, onde, apesar de eleito, Chávez vem subvertendo o princípio de autonomia das instituições e colocando o Congresso, o Judiciário, grandes empresas e até a propriedade de terras sob seu controle político, além da prisão de dissidentes e da censura à mídia?
Em entrevista à rede de TV Univisión domingo, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que não há ruptura da ordem institucional na Venezuela, destacou que a organização não tem poder para se meter numa "crise interna entre o governo central e estados e municípios" e lembrou que, até agora, nenhum dos países-membros da OEA pediu uma investigação sobre o que acontece na Venezuela. Por Gilberto Scofield Jr.
- Na Venezuela há um regime que funciona. Chávez foi eleito pelo povo venezuelano, assim como a Assembleia Nacional. A oposição se recusou a participar das eleições, apesar da OEA ter dado garantias da lisura do processo. O problema da oposição venezuelana é que eles gostam de fazer barulho fora da Venezuela, mas lá dentro não estão dispostos a participar do jogo democrático - disse Insulza.
Não é o que pensam os opositores venezuelanos, que estiveram em Washington em visita à OEA, ao Departamento de Estado, ao Congresso dos EUA e aos centros de estudos conservadores Council of the Americas e The Heritage Foundation. Eles denunciaram o andamento de um golpe não na tradição dos golpes militares, mas um golpe de Estado dado pelo próprio governo ao assumir o controle das instituições.
- Há um golpe acontecendo na Venezuela. Chávez simplesmente ignorou o mandato popular que nos foi dado nas urnas e se deu atribuições que são constitucionalmente nossas. Seis meses depois de ganhar as eleições em Táchira não posso entrar no palácio do governo, invadido por hordas de partidários de Chávez. Os militares controlam nossas escolas. O sistema Judiciário é totalmente subserviente ao desejo de Chávez - afirmou Cesar Perez. O Globo
A visita a Washington, na semana passada, de importantes políticos de oposição ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez - o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, o governador de Táchira, Cesar Perez, e o governador de Zulia, Pablo Perez - trouxe para os holofotes da mídia uma pergunta que muitos faziam discretamente desde que eclodiu a crise política em Honduras: por que a OEA agiu tão rapidamente na defesa da democracia em Honduras e não faz o mesmo na Venezuela, onde, apesar de eleito, Chávez vem subvertendo o princípio de autonomia das instituições e colocando o Congresso, o Judiciário, grandes empresas e até a propriedade de terras sob seu controle político, além da prisão de dissidentes e da censura à mídia?
Em entrevista à rede de TV Univisión domingo, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que não há ruptura da ordem institucional na Venezuela, destacou que a organização não tem poder para se meter numa "crise interna entre o governo central e estados e municípios" e lembrou que, até agora, nenhum dos países-membros da OEA pediu uma investigação sobre o que acontece na Venezuela. Por Gilberto Scofield Jr.
- Na Venezuela há um regime que funciona. Chávez foi eleito pelo povo venezuelano, assim como a Assembleia Nacional. A oposição se recusou a participar das eleições, apesar da OEA ter dado garantias da lisura do processo. O problema da oposição venezuelana é que eles gostam de fazer barulho fora da Venezuela, mas lá dentro não estão dispostos a participar do jogo democrático - disse Insulza.
Não é o que pensam os opositores venezuelanos, que estiveram em Washington em visita à OEA, ao Departamento de Estado, ao Congresso dos EUA e aos centros de estudos conservadores Council of the Americas e The Heritage Foundation. Eles denunciaram o andamento de um golpe não na tradição dos golpes militares, mas um golpe de Estado dado pelo próprio governo ao assumir o controle das instituições.
- Há um golpe acontecendo na Venezuela. Chávez simplesmente ignorou o mandato popular que nos foi dado nas urnas e se deu atribuições que são constitucionalmente nossas. Seis meses depois de ganhar as eleições em Táchira não posso entrar no palácio do governo, invadido por hordas de partidários de Chávez. Os militares controlam nossas escolas. O sistema Judiciário é totalmente subserviente ao desejo de Chávez - afirmou Cesar Perez. O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário