APOIO DE OBAMA A ZELAYA COMPLICA SUA SITUAÇÃO NO CONGRESSO
Um grupo de senadores ameaça bloquear nomeações diplomáticas em protesto pelo respaldo da Casa Branca a Zelaya.
A crise de Honduras está complicando os problemas enfrentados por Obama no Congresso dos Estados Unidos, por onde deverá passar por esses dias uma ambiciosa agenda legislativa e toda classe de altos cargos pendentes de ratificação parlamentar.
No dossiê hondurenho, os republicanos mostraram sua firme oposição ao respaldo - por agora limitado - que a Casa Branca está dando ao deposto José Manuel Zelaya.
Dezessete senadores republicanos, encabeçados pelo líder conservador na Câmara Alta, Mitch McConnell, expressaram em uma carta a Hillary Clinton, no começo do mês, a necessidade de reconsiderar a posição «unilateral» da Administração Obama com respeito a Honduras. Afirmam que Zelaya não merece o apoio dos EUA por suas flagrantes violações à Constituição hondurenha antes de ser deposto, em 28 de junho, por desacato ao Tribunal Supremo de seu país. Por Pedro Rodriguez – correspondente de Washington
Essa frente de senadores republicanos, que vai além do reduzido grupo de Washington que se interessa pelas questões da Iberoamérica, estaria utilizando a questão de Honduras para articular sua oposição ao que percebem como um risco: o entendimento cordial que a Administração Obama parece disposta a manter com governantes autoritários ao sul do rio Grande, desde o presidente venezuelano Hugo Chávez até o regime castrista.
Os receios chegam ao ponto de alguns conservadores no Senado, apesar da existência de uma teórica super maioria democrata, ameaçarem com a utilização de táticas de bloqueio contra algumas nomeações diplomáticas da Casa Branca. Medidas dilatórias que o senador republicano Jim DeMint já ensaiou, por exemplo, durante o processo de confirmação do diplomata Thomas Shannon como embaixador dos Estados Unidos no Brasil, e o de Arturo Valenzuela, professor chileno nomeado como responsável do Departamento de Estado para assuntos hemisféricos.
Esta semana, em um gesto simbólico contra o governo de fato de Tegucigalpa, o departamento de Estado revogou as visas diplomáticas de quatro altos cargos. É parte de uma política de pressão gradual contra Honduras, um país muito empobrecido e dependente do comércio com EUA. Washington já bloqueou 18,5 milhões de dólares em ajuda militar, mas, não os 180 milhões comprometidos para ajuda e desenvolvimento.
Governos «rebeldes»
Contudo, a revogação das visas foi criticada pelos republicanos em Washington. O senador DeMint, que tem um perfil cada vez mais destacado na oposição à Administração Obama, acredita que este tipo de pressão consular joga a favor dos governos «rebeldes» da Venezuela, Cuba e Nicarágua. A seu juízo, «desafia à razão aquele que não mostra a realidade dos acontecimentos em Honduras». Segundo Connie Mack, deputado republicano pela Florida, a tática de cancelar as visas «parece uma tentativa de intimidar e de manipular o resultado» da atual crise em Honduras.
Durante os últimos dias, a chefa do Departamento de Estado - que preferiu recorrer à OEA e à diplomacia telefônica – criticou a Zelaya, sem dissimular. Clinton viu pouco útil as provocações por parte do deposto presidente ao adentrar-se na fronteira da Nicarágua em território hondurenho.
Fonte: Qué.es – Tradução de Arthur para o MOVCC
Um grupo de senadores ameaça bloquear nomeações diplomáticas em protesto pelo respaldo da Casa Branca a Zelaya.
A crise de Honduras está complicando os problemas enfrentados por Obama no Congresso dos Estados Unidos, por onde deverá passar por esses dias uma ambiciosa agenda legislativa e toda classe de altos cargos pendentes de ratificação parlamentar.
No dossiê hondurenho, os republicanos mostraram sua firme oposição ao respaldo - por agora limitado - que a Casa Branca está dando ao deposto José Manuel Zelaya.
Dezessete senadores republicanos, encabeçados pelo líder conservador na Câmara Alta, Mitch McConnell, expressaram em uma carta a Hillary Clinton, no começo do mês, a necessidade de reconsiderar a posição «unilateral» da Administração Obama com respeito a Honduras. Afirmam que Zelaya não merece o apoio dos EUA por suas flagrantes violações à Constituição hondurenha antes de ser deposto, em 28 de junho, por desacato ao Tribunal Supremo de seu país. Por Pedro Rodriguez – correspondente de Washington
Essa frente de senadores republicanos, que vai além do reduzido grupo de Washington que se interessa pelas questões da Iberoamérica, estaria utilizando a questão de Honduras para articular sua oposição ao que percebem como um risco: o entendimento cordial que a Administração Obama parece disposta a manter com governantes autoritários ao sul do rio Grande, desde o presidente venezuelano Hugo Chávez até o regime castrista.
Os receios chegam ao ponto de alguns conservadores no Senado, apesar da existência de uma teórica super maioria democrata, ameaçarem com a utilização de táticas de bloqueio contra algumas nomeações diplomáticas da Casa Branca. Medidas dilatórias que o senador republicano Jim DeMint já ensaiou, por exemplo, durante o processo de confirmação do diplomata Thomas Shannon como embaixador dos Estados Unidos no Brasil, e o de Arturo Valenzuela, professor chileno nomeado como responsável do Departamento de Estado para assuntos hemisféricos.
Esta semana, em um gesto simbólico contra o governo de fato de Tegucigalpa, o departamento de Estado revogou as visas diplomáticas de quatro altos cargos. É parte de uma política de pressão gradual contra Honduras, um país muito empobrecido e dependente do comércio com EUA. Washington já bloqueou 18,5 milhões de dólares em ajuda militar, mas, não os 180 milhões comprometidos para ajuda e desenvolvimento.
Governos «rebeldes»
Contudo, a revogação das visas foi criticada pelos republicanos em Washington. O senador DeMint, que tem um perfil cada vez mais destacado na oposição à Administração Obama, acredita que este tipo de pressão consular joga a favor dos governos «rebeldes» da Venezuela, Cuba e Nicarágua. A seu juízo, «desafia à razão aquele que não mostra a realidade dos acontecimentos em Honduras». Segundo Connie Mack, deputado republicano pela Florida, a tática de cancelar as visas «parece uma tentativa de intimidar e de manipular o resultado» da atual crise em Honduras.
Durante os últimos dias, a chefa do Departamento de Estado - que preferiu recorrer à OEA e à diplomacia telefônica – criticou a Zelaya, sem dissimular. Clinton viu pouco útil as provocações por parte do deposto presidente ao adentrar-se na fronteira da Nicarágua em território hondurenho.
Fonte: Qué.es – Tradução de Arthur para o MOVCC
3 comentários:
Vamos trocar link´s
aguardo retorno
http://politicaeatualidade.blogspot.com/
A Reuters insiste no termo golpistas, líderes golpistas.
The coup leaders are under pressure from Washington to reinstate Zelaya, and a source close to the de facto government said Micheletti might consider letting Zelaya back if there were assurances he would not try to derail democracy.
http://www.reuters.com/article/latestCrisis/idUSN30359951
Ainda bem que ainda existe lucidez em alguma parte do mundo.
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