DISPUTAS AMEAÇAM CONTAMINAR UNASUL
Em dez dias, o presidente equatoriano, Rafael Correa, assumirá a presidência rotativa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), liderando um bloco dividido por diversas tensões políticas e ameaças de agressão militar. A organização foi criada em 2007, por iniciativa do governo brasileiro, para aumentar a integração entre os 12 países da região. Mas membros como Venezuela, Colômbia e Equador, entraram nos últimos dias numa guerra verbal que ameaça comprometer os poucos avanços alcançados.
A ascensão de Correa à presidência foi considerada por diplomatas brasileiros ouvidos pelo Estado como a chegada de um elefante à loja de cristais.
"Ele tem uma interpretação muito pessoal das relações internacionais, é personalista e impulsivo", disse um diplomata do Itamaraty, sob condição de anonimato. "O que mais preocupa é a obsessão que Correa tem por destruir imagens para, em seguida, colocar-se no lugar delas. É um iconoclasta." Por João Paulo Charleaux
O retrospecto mostra que o presidente equatoriano não vacila em resolver em público as rusgas que tem com governos vizinhos, até mesmo com o Brasil. Para os padrões da diplomacia - que preza a discrição e a linguagem ambígua quase tanto quanto o próprio conteúdo da política externa - a posição de Correa pode ser desastrosa.
O presidente equatoriano também não é conhecido pelo apreço aos organismos multilaterais. Na última vez em que falou na ONU, em junho, foi para pedir a extinção do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Por todo o dano que esta organização internacional já provocou, o melhor é extingui-la do planeta", disse Correa.
Em maio, ele chegou a afirmar que a Unasul deveria substituir a Organização dos Estados Americanos, já que a OEA, que teria "perdido sua razão de ser" e "se morresse, não seria uma morte tardia".
O ministro da Defesa do Equador, Javier Ponce, reconheceu que seu país assumirá o comando do bloco numa "conjuntura difícil, pois as relações diplomáticas entre Equador e Colômbia não foram restabelecidas (desde março de 2008) e as relações entre a Venezuela e a Colômbia foram congeladas recentemente. Isso introduz ingredientes complicados e difíceis."
O Chile, que passará a presidência rotativa do bloco para o Equador, deu sinais de que preferiria que seu sucessor fosse escolhido. "Queríamos que houvesse um mecanismo de estabilidade mais sólida, que superássemos essa etapa das presidências pro tempore e tivéssemos algo mais definitivo", disse a porta-voz do governo chileno, Carolina Tohá. "Queríamos um sistema de eleições que representasse um passo adiante."
Na semana passada, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, reafirmou ao Estado que seu país "nunca apostou na Unasul como alternativa à OEA" e lembrou que "a Guerra Fria terminou e está na hora de (os presidentes da região) serem coerentes com isso."
IMPRENSA
Correa, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chegaram a propor à Unasul a criação de uma instância que "defenda os governos locais dos abusos da imprensa", descrita por eles como a maior inimiga do socialismo. O equatoriano disse que quer livrar seu país de uma imprensa que descreveu como corrupta, instrumento de oligarquias e inimiga das relações internacionais. Chávez estendeu as críticas à OEA, que, segundo ele, "não bate na imprensa nem com uma pétala de rosa". Estado de S. Paulo
POPULARIDADE DE CORREA DESPENCA LADEIRA ABAIXO
Ontem, o espertalhão do Correa andou dizendo que teme que lhe façam o mesmo que fizeram com Zelaya, em Honduras. Pois deviam! Está mais que provado que o Governo do Equador está envolvido até o branco dos olhos com as Farc. Sua campanha presidencial foi financiada com dinheiro do crime, e existem provas.
Mas, enquanto as forças das instituições do Equador não tomam as devidas providências contra o mandatário corrupto e ligado ao narcoterrorismo, o povo equatoriano trata de botar Correa aonde ele merece.
Uma pesquisa da Market de julho, medindo a popularidade do presidente do Equador, mostra que a aprovação ao seu governo caiu 19 pontos, despencando para 40%, em relação a maio quando era 59%.
Bem disse Uribe: o povo equatoriano não elegeu seu presidente para emprestar território às Farc; um dia eles saberão da verdade. Por Arthur/Gabriela
Em dez dias, o presidente equatoriano, Rafael Correa, assumirá a presidência rotativa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), liderando um bloco dividido por diversas tensões políticas e ameaças de agressão militar. A organização foi criada em 2007, por iniciativa do governo brasileiro, para aumentar a integração entre os 12 países da região. Mas membros como Venezuela, Colômbia e Equador, entraram nos últimos dias numa guerra verbal que ameaça comprometer os poucos avanços alcançados.
A ascensão de Correa à presidência foi considerada por diplomatas brasileiros ouvidos pelo Estado como a chegada de um elefante à loja de cristais.
"Ele tem uma interpretação muito pessoal das relações internacionais, é personalista e impulsivo", disse um diplomata do Itamaraty, sob condição de anonimato. "O que mais preocupa é a obsessão que Correa tem por destruir imagens para, em seguida, colocar-se no lugar delas. É um iconoclasta." Por João Paulo Charleaux
O retrospecto mostra que o presidente equatoriano não vacila em resolver em público as rusgas que tem com governos vizinhos, até mesmo com o Brasil. Para os padrões da diplomacia - que preza a discrição e a linguagem ambígua quase tanto quanto o próprio conteúdo da política externa - a posição de Correa pode ser desastrosa.
O presidente equatoriano também não é conhecido pelo apreço aos organismos multilaterais. Na última vez em que falou na ONU, em junho, foi para pedir a extinção do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Por todo o dano que esta organização internacional já provocou, o melhor é extingui-la do planeta", disse Correa.
Em maio, ele chegou a afirmar que a Unasul deveria substituir a Organização dos Estados Americanos, já que a OEA, que teria "perdido sua razão de ser" e "se morresse, não seria uma morte tardia".
O ministro da Defesa do Equador, Javier Ponce, reconheceu que seu país assumirá o comando do bloco numa "conjuntura difícil, pois as relações diplomáticas entre Equador e Colômbia não foram restabelecidas (desde março de 2008) e as relações entre a Venezuela e a Colômbia foram congeladas recentemente. Isso introduz ingredientes complicados e difíceis."
O Chile, que passará a presidência rotativa do bloco para o Equador, deu sinais de que preferiria que seu sucessor fosse escolhido. "Queríamos que houvesse um mecanismo de estabilidade mais sólida, que superássemos essa etapa das presidências pro tempore e tivéssemos algo mais definitivo", disse a porta-voz do governo chileno, Carolina Tohá. "Queríamos um sistema de eleições que representasse um passo adiante."
Na semana passada, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, reafirmou ao Estado que seu país "nunca apostou na Unasul como alternativa à OEA" e lembrou que "a Guerra Fria terminou e está na hora de (os presidentes da região) serem coerentes com isso."
IMPRENSA
Correa, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chegaram a propor à Unasul a criação de uma instância que "defenda os governos locais dos abusos da imprensa", descrita por eles como a maior inimiga do socialismo. O equatoriano disse que quer livrar seu país de uma imprensa que descreveu como corrupta, instrumento de oligarquias e inimiga das relações internacionais. Chávez estendeu as críticas à OEA, que, segundo ele, "não bate na imprensa nem com uma pétala de rosa". Estado de S. Paulo
POPULARIDADE DE CORREA DESPENCA LADEIRA ABAIXO
Ontem, o espertalhão do Correa andou dizendo que teme que lhe façam o mesmo que fizeram com Zelaya, em Honduras. Pois deviam! Está mais que provado que o Governo do Equador está envolvido até o branco dos olhos com as Farc. Sua campanha presidencial foi financiada com dinheiro do crime, e existem provas.
Mas, enquanto as forças das instituições do Equador não tomam as devidas providências contra o mandatário corrupto e ligado ao narcoterrorismo, o povo equatoriano trata de botar Correa aonde ele merece.
Uma pesquisa da Market de julho, medindo a popularidade do presidente do Equador, mostra que a aprovação ao seu governo caiu 19 pontos, despencando para 40%, em relação a maio quando era 59%.
Bem disse Uribe: o povo equatoriano não elegeu seu presidente para emprestar território às Farc; um dia eles saberão da verdade. Por Arthur/Gabriela
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