Lula usa bases para fortalecer Unasul

FINALMENTE, UMA PALAVRA DOS NOSSOS MILITARES!

"Governo coloca a faca no pescoço de Uribe, no caso das bases, e não cobra de Chávez e de Rafael Correa explicações sobre a cooperação de seus governos com as Farc", afirmou um general.

Lula da Silva quer manter a polêmica sobre a presença americana nas bases militares da Colômbia como instrumento de retórica para reforçar a importância política da União das Nações Sul-americanas (Unasul). O governo decidiu também, segundo um assessor de Lula, transformar o caso em exemplo da "intolerância" do Brasil para com o envio e permanência de forças estrangeiras na América do Sul.

A exigência de "garantias" de que militares dos EUA não avançarão pelos territórios vizinhos da Colômbia é, de um lado, uma forma de protesto contra a interferência de uma potência na área sobre a qual o Brasil tem pretensão hegemônica e, de outro, a expressão do temor de que a adoção de acordos desse tipo à revelia da Unasul acabem por banalizar o órgão recém-instituído. Por Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro

A posição do Brasil provocou uma rusga com os EUA, um potencial atrito com o governo de Álvaro Uribe e alinhou o País aos interesses do "eixo bolivariano".

O Palácio do Planalto advertiu o general Jim Jones, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, que a presença de militares americanos na Colômbia é um "resquício da Guerra Fria" e traz ameaças ao aprofundamento da relação Brasil-EUA. Anteontem, diante da imprensa, o Itamaraty pôs em dúvida todas as explicações trazidas pelo presidente Uribe, e pediu "garantias" de que os militares americanos não cruzarão as fronteiras da Colômbia.

Um colaborador direto de Lula disse ao Estado que o Brasil não quer mais a repetição de surpresas, como a reativação da 4ª Frota da Marinha americana, que ocorreu no ano passado sem consulta prévia aos países do Caribe e do Atlântico Sul, e o exercício conjunto entre as Armadas da Venezuela e da Rússia, também em 2008.

Para o Itamaraty, que havia aceitado as explicações enviadas por Caracas sobre os exercícios navais de Rússia e Venezuela, a anuência prévia da Unasul é imprescindível para ações militares que tragam forças estrangeiras à região. Caso contrário, alimentam a reciprocidade e a desestabilização da América do Sul.

"Não podemos deixar que a presença estrangeira aumente na região. Qualquer ameaça provoca reação. O Brasil tratou o assunto de forma profissional ao cobrar os Estados Unidos e a Colômbia", defendeu o assessor de Lula.

ÁREA MILITAR
Esse consenso, entretanto, não alcança a área militar.

Generais do alto comando das Forças Armadas ouvidos pelo Estado concordam que a presença de militares americanos na América do Sul pode estimular conflitos indesejáveis entre países vizinhos e a atual polêmica teria sido evitada se Washington e Bogotá tivessem informado exaustivamente os países sul-americanos. [aqui, nossos milicos forçaram]

No entanto, eles acreditam que a reação do Brasil e dos países bolivarianos assumiu um tom "histérico" porque nas bases não há nenhuma "ameaça militar". Eles argumentam que se os Estados Unidos quiserem invadir qualquer território soberano o fariam sem criar pretextos nem escaramuças, como evidenciaram no passado recente.

Em relação à América do Sul, a preocupação maior desses oficiais está nos discursos e nas atitudes beligerantes de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, e no fato de o governo Lula ter adotado dois pesos e duas medidas para lidar com o atual impasse.

"O governo coloca a faca no pescoço de Uribe, no caso das bases, e não cobra de Chávez e de Rafael Correa (presidente equatoriano) explicações sobre a cooperação de seus governos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)", afirmou um general. O Estado de S. Paulo



UNASUL CRIARÁ CONSELHO CONTRA NARCOTRÁFICO
Em meio à polêmica sobre a ampliação do acordo militar entre os Estados Unidos e a Colômbia, os chefes de Estado da Unasul pretendem aprovar na reunião de segunda-feira em Quito (Equador) a criação de um conselho ministerial de combate ao narcotráfico.

De acordo com informações da diplomacia brasileira, na segunda-feira os chanceleres dos países-membros serão instruídos a compor um grupo de trabalho para redigir um estatuto e um plano de ação para o conselho, o que deve ser apresentado até o final deste ano. Caberá a esse grupo definir na prática os poderes e a forma de atuação do conselho. Os EUA já são hoje o principal parceiro da Colômbia na luta contra as Farc. Segundo o porta-voz da Presidência brasileira, Marcelo Baumbach, outros três conselhos devem ser criados na segunda-feira: de infraestrutura e planejamento, de desenvolvimento social e de educação, cultura, tecnologia e inovação. Outros três grupos já foram estabelecidos em reuniões anteriores -de energia, saúde e defesa- sem resultados tangíveis até agora.

Bases
O porta-voz descartou a possibilidade de Lula propor um pronunciamento conjunto do órgão sobre a questão do acordo militar entre EUA e Colômbia, mas sinalizou que o tema deve estar na pauta em breve. "O Brasil acredita que, num momento posterior, o tema deveria ser discutido na Unasul, que é o foro apropriado para este debate. A presença americana na região, por mais bem substanciada que possa ser do ponto de vista da Colômbia, sempre causa preocupações, por se tratar de um país estrangeiro", afirmou.

A entrevista do porta-voz foi concedida um dia depois da passagem de Uribe por Brasília. O colombiano foi cobrado para que apresente garantias jurídicas de que eventuais operações dos EUA ocorram apenas em território colombiano. Por Letícia Sander


COMENTÁRIO
“Confundir o inimigo e o público: esta é a tarefa, enquanto se faz o que deve ser feito”. (Vladimir Ilyitch Ulianov – Lenin)

É surrealismo puro! O Lula quer tratar do narcotráfico justamente na UNAFARC (Unasul).

Faz muito bem Uribe em não participar dessa pantomima dos vassalos de Fidel. Ainda mais agora, que o cetro da Unasul será transferido ao cínico Rafael Correa [cuja campanha foi financiada pelas Farc], aquele que libera acampamentos para os terroristas dentro do Equador. A imprensa equatoriana está estampando na primeira página de hoje, a promessa do Governo de que ele não mais vai permitir que a Colômbia “invada” o Equador [atrás de terroristas]. Só faltou o Rafael afirmar que o Equador voltará a ser um território seguro para seus financiadores.

Quanto a Lula, este só se atreve a ter tamanha cara de pau, porque a fila dos ignorantes e idiotas é muito maior que a sua capacidade de mentir bem. Por Arthur/Gabriela

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