Todo mundo quer ser doutor

Pode ser um sinal de que, em certo sentido, a era Lula foi superada

Aconteceu na semana passada, e deverá acontecer com frequência daqui em diante: pequenos sinais no debate político mostrando que, em certo sentido, a era Lula está sendo superada. O episódio teve como protagonistas o senador petista Aloizio Mercadante e o governador de São Paulo, José Serra, possível candidato tucano na campanha presidencial de 2010. O tema da discussão era o diploma universitário. Desta vez, no entanto, o que estava em jogo eram o brilho e a exatidão do currículo acadêmico de cada um – e não o valor prático ou simbólico da educação formal, um assunto sobre o qual Lula discursou tantas vezes, quase sempre de maneira infeliz. Por Monica Weinberg

Aconteceu na semana passada, e deverá acontecer com frequência daqui em diante: pequenos sinais no debate político mostrando que, em certo sentido, a era Lula está sendo superada. O episódio teve como protagonistas o senador petista Aloizio Mercadante e o governador de São Paulo, José Serra, possível candidato tucano na campanha presidencial de 2010. O tema da discussão era o diploma universitário. Desta vez, no entanto, o que estava em jogo eram o brilho e a exatidão do currículo acadêmico de cada um – e não o valor prático ou simbólico da educação formal, um assunto sobre o qual Lula discursou tantas vezes, quase sempre de maneira infeliz.

Ao longo de toda a carreira política, Lula se esforçou (com sucesso) para provar que um torneiro mecânico que jamais chegou à universidade estava apto a exercer a Presidência do país. Bastava martelar a tecla de que numa democracia as oportunidades devem estar abertas a todos. Mas ele também lançou mão de outros dois tipos de argumento.

Primeiro, dizer que o diploma é um emblema da "elite" – palavra que no léxico da esquerda é sinônimo de "escória". Mais que enfeitar a parede, o canudo serviria para marcar a diferença entre quem pode e quem não pode exercer o poder. O segundo tipo de argumento expressa um certo anti-intelectualismo – uma certa apologia do "homem simples". Em diversos palanques, Lula bradou frases do tipo "No Brasil, todo mundo tem o hábito de confundir título universitário com sabedoria" ou "Diploma não mede a inteligência de ninguém". Ter coração, diz o presidente, é mais importante do que ser letrado.

Transformar a educação formal num dos atributos da elite malvada é o tipo de ideia que dificilmente aparecerá na próxima eleição presidencial. Na verdade, o debate já enveredou por outro caminho: o de valorizar a formação universitária e o diploma – mesmo aquele que não se tem. Num de seus muitos tropeços da semana passada, o senador Mercadante quis prestar um serviço a Dilma Rousseff, virtual candidata de Lula à sua sucessão, respondendo ao fato de que um currículo oficial da ministra indicava falsamente que ela tinha mestrado e doutorado em economia. Para defender Dilma, Mercadante atacou José Serra. Disse que ele não concluiu o curso de engenharia, ao contrário do que foi publicado, vários anos atrás, em anuários do Senado.

O senador teve de engolir uma réplica dura. Serra, que conta com dois mestrados e um doutorado em economia, sempre disse em público que nunca completou o curso de engenharia por causa do golpe militar. Reiterou essa informação e ainda contra-atacou, dizendo que era Mercadante quem mentia sobre o próprio currículo. De fato, o senador já chegou a afirmar, até em programa de televisão, que concluiu doutorado na Unicamp – quando na realidade ficou só na graduação. De qualquer forma, é bom saber que os políticos voltaram a valorizar a educação formal. Melhor ainda quando estudaram de verdade. Otávio Cabral- Veja



COMENTÁRIO
Essa retórica do Lula é coisa de gente estúpida: que diploma é coisa de elite rica

As "elites" representam o que há de melhor em todos os seguimentos da sociedade, diz respeito ao mérito, ao que há de melhor. É um conceito abrangente a vários grupos sociais. Assim, temos a elite dos trabalhadores, dos artistas, dos médicos, dos cientistas etc.

Mas esse senhor que sempre levou a vida no mole, "trabalhando" com sua saliva, soube dar um sentido pejorativo à palavra ‘elite’, ensinando aos mais ignorantes que estudar é coisa de gente rica.

O estudo sempre foi coisa de gente evoluída, independente de classe social. O normal é que as pessoas se preparem intelectualmente para crescer na vida, para conquistar postos de comando no trabalho e, principalmente, para saber comandar.

É perturbador que a nossa democracia seja tão relapsa, a ponto de ceder espaços para pessoas despreparadas e sem a menor competência para assumir responsabilidades. Lula é o exemplo máximo dessa anomalia. O sujeito nunca quis saber de estudar porque sempre foi um preguiçoso e, no entanto, foi eleito presidente, por duas vezes, num país que exige diploma secundário para candidatos a uma vaga de gari.

Como resultado de tal discrepância, hoje temos uma elite de vagabundos no topo da pirâmide, revestidos de autoridades e recebendo diploma de Doutor Honoris Causa, sem que tenham feito absolutamente nada que pudesse honrar tal mérito. Eles adoram ostentar medalhas.

Essa cambada sempre teve mais dinheiro que qualquer empresário que batalhou duro; todos sabem que a corja assaltou bancos e carregou cofres, desde sempre, e que podiam ter estudado se quisessem. Mas não estudaram. Eles preferem usar do expediente da mentira, forjar currículos para se intitular doutores.

A verdadeira pobreza não está na falta de dinheiro, mas sim, nessa genética que desenha a CARA e o CARÁTER dessa gente peçonhenta. Eles podem vestir roupas bordadas com fio de ouro, mas a fisionomia não engana.

A única saída para o Brasil, tirando os aeroportos, é fazer uma profunda assepsia no país, eliminar o bodum lulista das mentes fracas, e dedetizar os ninhos de peçonhas que ovam a miséria a violência e o maior pecado de todos, a INVEJA. Por Gabriela/Arthur

Nenhum comentário: