R$ 26 mi em convênios da Petrobras sob suspeita

Três convênios no valor de R$ 26 milhões da Petrobrás com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), celebrados entre 2004 e 2007, estão sob suspeita, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) concluído anteontem. A auditoria levanta ainda problemas graves em mais 26 contratos com outras entidades. A documentação já chegou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a estatal.

Ontem, senadores ouviram o gerente de Comunicação Institucional da Petrobrás, Wilson Santarosa, que comanda distribuição de patrocínios da estatal. O conteúdo desse novo relatório do TCU não foi discutido na sessão, mas o gerente negou qualquer falha na distribuição dos recursos da empresa. "Nosso critério é técnico", disse.

A Petrobrás repassou, por exemplo, R$ 15 milhões para a CUT alfabetizar 140 mil trabalhadores entre 2004 e 2005, no primeiro mandato Lula da Silva. Por Leandro Colon

Parte do dinheiro seria usada para comprar 100 mil kits de cadernos, estojos, borrachas, lápis e apontadores. "Não consta comprovação de que esse material foi entregue aos alfabetizandos e, o mais importante, utilizado por eles, considerando-se o elevado volume de kits adquiridos", afirmou o TCU.

Os convênios previam também o "kit professor", com 4 mil cadernos, pastas e canetas para entregar a quem deveria ensinar. Mais uma vez, o TCU apontou a ausência de "comprovação de que esse material chegou aos alfabetizadores" - O Estado de S. Paulo


SENADORES APROVAM JOSÉ MÚCIO PARA MINISTRO DO TCU
Como previsto, a indicação de José Múcio para o cargo de ministro do TCU foi aprovada pelo Senado por ampla maioria. No plenário, foram ao painel eletrônico 46 votos a favor e 11 contra. Houve uma abstenção. Pela manhã, Múcio fora sabatinado na comissão de Assuntos Econômicos. Ali, registrara-se aprovação foi ainda mais acachapante: 25 a favor. Um contra.

Ouviram-se elogios desbragados a Múcio –do oposicionista Sérgio Guerra (PSDB-PE) ao neogovernista Fernando Collor (PTB-AL). Múcio disse que vai ao TCU com isenção para fiscalizar inclusive o governo que o indicou. Então, tá. Lavrem-se as atas. Por Josias de Souza

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