A maioria dos voos ilegais a serviço do narcotráfico com destino aos Estados Unidos e à América Central sai da Venezuela, denunciou nesta sexta-feira o ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, abrindo um novo campo de polêmica com o país vizinho.
As declarações de Silva podem reativar o debate sobre a questão entre os dois países, envolvidos em uma crise diplomática que começou a afetar o comércio bilateral.
"O número de carregamentos detectados saindo da Colômbia atualmente é bastante marginal. Infelizmente, a maioria dos carregamentos detectados, que terminam na região de Honduras, como ficou confirmado com esse avião que chegou lá, passa por território venezuelano", disse Silva a jornalistas. Por Luis Jaime Acosta
O ministro se referiu a uma denúncia do governo de facto de Honduras sobre o pouso de um avião cargueiro venezuelano repleto de drogas, no começo desta semana.
"O nosso esforço conseguiu reduzir de maneira significativa o tráfico de drogas por via aérea. Hoje o nosso principal desafio é o tráfico por mar, em lanchas rápidas e em semi-submergíveis. Estamos muito preocupados com a possibilidade de que exista um tráfico livre pelo território venezuelano em direção à América Central", acrescentou.
Autoridades dos Estados Unidos sustentam que a Venezuela se converteu em um centro de abastecimento de drogas, que são enviadas por via aérea para a América Central e Estados Unidos, assim como a países da África Ocidental, antes de serem transportadas para a Europa.
O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o mais forte crítico dos EUA na região, acusou recentemente a agência de inteligência da Colômbia de ser um cartel das drogas e de estar implicada em planos para permitir a passagem de cocaína a seu país para depois ser exportada ilegalmente, sem cumplicidade de seu governo.
Chávez anunciou em setembro que estudava derrubar os aviões do narcotráfico que atravessam o espaço aéreo da Venezuela, depois que os Estados Unidos acusaram seu governo de não fazer o suficiente para combater o tráfico.
A crise diplomática entre Colômbia e Venezuela teve origem na decisão do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de firmar um acordo que permite a militares dos Estados Unidos usarem sete instalações das Forças Armadas do país para combater o narcotráfico e o terrorismo.
Chávez argumenta que os EUA planejam usar as bases colombianas para executar um plano para invadir a Venezuela e bloquear a revolução bolivariana que realiza em favor dos mais pobres. Reuters/Brasil Online – via O Globo
CRESCE PROTESTO ESTUDANTIL CONTRA CHÁVEZ
As manifestações populares contra Hugo Chávez ganham força na Venezuela, quase sempre organizadas por estudantes. No começo do mês, quinhentas mil pessoas foram às ruas de Caracas para pedir liberdade de expressão e a soltura de presos políticos. Assista ao vídeo da reportagem aqui
As declarações de Silva podem reativar o debate sobre a questão entre os dois países, envolvidos em uma crise diplomática que começou a afetar o comércio bilateral.
"O número de carregamentos detectados saindo da Colômbia atualmente é bastante marginal. Infelizmente, a maioria dos carregamentos detectados, que terminam na região de Honduras, como ficou confirmado com esse avião que chegou lá, passa por território venezuelano", disse Silva a jornalistas. Por Luis Jaime Acosta
O ministro se referiu a uma denúncia do governo de facto de Honduras sobre o pouso de um avião cargueiro venezuelano repleto de drogas, no começo desta semana.
"O nosso esforço conseguiu reduzir de maneira significativa o tráfico de drogas por via aérea. Hoje o nosso principal desafio é o tráfico por mar, em lanchas rápidas e em semi-submergíveis. Estamos muito preocupados com a possibilidade de que exista um tráfico livre pelo território venezuelano em direção à América Central", acrescentou.
Autoridades dos Estados Unidos sustentam que a Venezuela se converteu em um centro de abastecimento de drogas, que são enviadas por via aérea para a América Central e Estados Unidos, assim como a países da África Ocidental, antes de serem transportadas para a Europa.
O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o mais forte crítico dos EUA na região, acusou recentemente a agência de inteligência da Colômbia de ser um cartel das drogas e de estar implicada em planos para permitir a passagem de cocaína a seu país para depois ser exportada ilegalmente, sem cumplicidade de seu governo.
Chávez anunciou em setembro que estudava derrubar os aviões do narcotráfico que atravessam o espaço aéreo da Venezuela, depois que os Estados Unidos acusaram seu governo de não fazer o suficiente para combater o tráfico.
A crise diplomática entre Colômbia e Venezuela teve origem na decisão do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de firmar um acordo que permite a militares dos Estados Unidos usarem sete instalações das Forças Armadas do país para combater o narcotráfico e o terrorismo.
Chávez argumenta que os EUA planejam usar as bases colombianas para executar um plano para invadir a Venezuela e bloquear a revolução bolivariana que realiza em favor dos mais pobres. Reuters/Brasil Online – via O Globo
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