Manifestações contra iraniano ocorrem no Congresso, diante do Itamaraty e durante entrevista
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi recebido ontem no Congresso em clima de constrangimento e protestos da oposição. Já na chegada, uma faixa de protesto levantada pelos deputados tucanos Marcelo Itagiba (RJ) e Zenaldo Coutinho (PB) dizia: “Holocausto nunca mais”. O iraniano foi recebido pelos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que frisaram a posição do Brasil em favor da solução de conflitos pelo diálogo, ressaltando a opção do país pelo uso da energia nuclear apenas para fins pacíficos.
Antes da chegada do presidente iraniano ao Congresso, o tom crítico do pronunciamento de alguns parlamentares já denunciava o malestar. Da tribuna, o senador Álvaro Dias (PSDBPR) considerou um equívoco a recepção preparada para o presidente do Irã. Por Adriana Vasconcelos, Demétrio Weber e Chico de Góis
— Que razões teria o Parlamento brasileiro para receber o chefe de um governo ditatorial e repressivo? — condenou Dias.
Diplomático, Sarney revelou preocupação com os rumos da política nuclear iraniana: — Esperamos que o Brasil possa contribuir neste sentimento para que no Oriente Médio possa ser encontrada uma área sem conflitos e de paz entre os povos.
Apesar do protesto de alguns deputados, Temer justificou a recepção: — É protocolo, visita de um chefe de Estado. Um presidente convida o outro, é uma visita protocolar. Pode haver manifestação crítica, mas não há como deixar de recebê-lo.
Apenas sete parlamentares, além de Sarney e Temer, apareceram para receber Ahmadinejad.
Entre eles o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que citou os protestos provocados pela presença do iraniano.
— O senhor tem consciência que causa reações no mundo por onde passa. Somos solidários ao sofrimento do povo judeu e do palestino.
É importante ressaltar que nós, brasileiros, defendemos o uso da energia nuclear para a paz — disse ele, que ofereceu ao iraniano uma cópia de seu projeto de renda mínima.
Aconselhado pelo Gabinete de Segurança Institucional, o presidente do Irã cancelou uma palestra que daria numa faculdade. O GSI avaliou que não havia condições de segurança no local, repleto de estudantes. À noite, uma entrevista coletiva do iraniano foi interrompida por Júlio Cardia, um defensor dos direitos dos homossexuais. Ele exibiu um cartaz em que se lia “Pela vida dos gays, contra Ahmadinejad”.
Pela manhã, manifestantes a favor e contra a visita quase brigaram diante do Itamaraty. Eles bateram boca e deram trabalho a um funcionário da Presidência que tentava esfriar os ânimos. O Globo
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi recebido ontem no Congresso em clima de constrangimento e protestos da oposição. Já na chegada, uma faixa de protesto levantada pelos deputados tucanos Marcelo Itagiba (RJ) e Zenaldo Coutinho (PB) dizia: “Holocausto nunca mais”. O iraniano foi recebido pelos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que frisaram a posição do Brasil em favor da solução de conflitos pelo diálogo, ressaltando a opção do país pelo uso da energia nuclear apenas para fins pacíficos.
Antes da chegada do presidente iraniano ao Congresso, o tom crítico do pronunciamento de alguns parlamentares já denunciava o malestar. Da tribuna, o senador Álvaro Dias (PSDBPR) considerou um equívoco a recepção preparada para o presidente do Irã. Por Adriana Vasconcelos, Demétrio Weber e Chico de Góis
— Que razões teria o Parlamento brasileiro para receber o chefe de um governo ditatorial e repressivo? — condenou Dias.
Diplomático, Sarney revelou preocupação com os rumos da política nuclear iraniana: — Esperamos que o Brasil possa contribuir neste sentimento para que no Oriente Médio possa ser encontrada uma área sem conflitos e de paz entre os povos.
Apesar do protesto de alguns deputados, Temer justificou a recepção: — É protocolo, visita de um chefe de Estado. Um presidente convida o outro, é uma visita protocolar. Pode haver manifestação crítica, mas não há como deixar de recebê-lo.
Apenas sete parlamentares, além de Sarney e Temer, apareceram para receber Ahmadinejad.
Entre eles o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que citou os protestos provocados pela presença do iraniano.
— O senhor tem consciência que causa reações no mundo por onde passa. Somos solidários ao sofrimento do povo judeu e do palestino.
É importante ressaltar que nós, brasileiros, defendemos o uso da energia nuclear para a paz — disse ele, que ofereceu ao iraniano uma cópia de seu projeto de renda mínima.
Aconselhado pelo Gabinete de Segurança Institucional, o presidente do Irã cancelou uma palestra que daria numa faculdade. O GSI avaliou que não havia condições de segurança no local, repleto de estudantes. À noite, uma entrevista coletiva do iraniano foi interrompida por Júlio Cardia, um defensor dos direitos dos homossexuais. Ele exibiu um cartaz em que se lia “Pela vida dos gays, contra Ahmadinejad”.
Pela manhã, manifestantes a favor e contra a visita quase brigaram diante do Itamaraty. Eles bateram boca e deram trabalho a um funcionário da Presidência que tentava esfriar os ânimos. O Globo
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