MANOBRA FISCAL
Arrecadação reage com receita atípica
Depois de 11 meses de quedas seguidas, a arrecadação mensal do governo federal voltou a subir na comparação com 2008. Em outubro, ela somou R$ 68,839 bilhões, uma alta real (já descontada a inflação) de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Essa alta, porém, se deve a receitas extraordinárias: a transferência para o Tesouro de R$ 5 bilhões em depósitos judiciais que estavam na Caixa Econômica Federal e o recebimento de mais R$ 776 milhões em parcelamento de dívidas, como parte do programa apelidado de "Refis da Crise". Por Edna Simão
A Receita admitiu que, sem considerar as receitas atípicas, o recolhimento das receitas administradas (excluindo taxas e contribuições de outros órgãos públicos) teria tido uma queda de 5,96% em outubro. Se considerada a arrecadação total, a queda chegaria a 7,56%.
"Verificamos uma recuperação dos indicadores econômicos. Mas é evidente que essa recuperação sozinha não seria responsável por isso (aumento real da arrecadação em outubro)", destacou o coordenador-geral substituto de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal do Brasil, Raimundo Elói de Carvalho.
Para Carvalho, o importante é que os porcentuais de queda já são inferiores à redução média na arrecadação verificada nos últimos meses, o que pode demonstrar o impacto positivo, ainda que pequeno, da retomada da economia brasileira na arrecadação tributária.
Na sua avaliação, outubro marca o início da recuperação mais forte das receitas. Isso porque, o recuo da arrecadação de alguns tributos mais diretamente vinculados à atividade econômica está se desacelerando.
O recolhimento de Cofins/PIS Pasep, por exemplo, registrava queda de 11,56% no acumulado de janeiro a setembro. Agora, considerando o mês de outubro, o recuo caiu para 10,64%.
Situação parecida ocorreu com o Imposto de Renda das empresas (IRPJ) e com a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). De janeiro a setembro, a receita conjunta desses tributos mostrava baixa de 11,20%, que passou para 8,56% no período de janeiro a outubro.
No caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI, exceto importação), a redução era de 33,49% no acumulado até setembro e passou a 31,79% até outubro. Esses tributos foram responsáveis por uma diminuição na arrecadação de R$ 32,9 bilhões. O Estado de São Paulo
COMENTÁRIO
É impossível acreditar em um governo que aparelhou todos os institutos e que maquia absolutamente todos os resultados sobre a economia do país. O Brasil de Lula não existe. Não dá mais para confiar nas pesquisas, nas taxas de crescimento (PIB), de desmatamento, de inadimplência, no lucro das estatais etc.
Foi exatamente assim, usando de maquiagem fiscal, que o governo apresentou aquele resultado positivo da Petrobrás. Agora, ele simplesmente incorporou a receita dos depósitos judiciários para simular uma reação (na arrecadação) da economia.
É só mais uma prova cabal de que passamos longe da “marolinha” - da qual se gaba o Lula - e que atolamos o pé na crise da qual não saímos, todavia, e pelo visto não sairemos tão cedo a considerar as mentiras e manobras do desgoverno. Por Arthur/Gabriela
Arrecadação reage com receita atípica
Depois de 11 meses de quedas seguidas, a arrecadação mensal do governo federal voltou a subir na comparação com 2008. Em outubro, ela somou R$ 68,839 bilhões, uma alta real (já descontada a inflação) de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Essa alta, porém, se deve a receitas extraordinárias: a transferência para o Tesouro de R$ 5 bilhões em depósitos judiciais que estavam na Caixa Econômica Federal e o recebimento de mais R$ 776 milhões em parcelamento de dívidas, como parte do programa apelidado de "Refis da Crise". Por Edna Simão
A Receita admitiu que, sem considerar as receitas atípicas, o recolhimento das receitas administradas (excluindo taxas e contribuições de outros órgãos públicos) teria tido uma queda de 5,96% em outubro. Se considerada a arrecadação total, a queda chegaria a 7,56%.
"Verificamos uma recuperação dos indicadores econômicos. Mas é evidente que essa recuperação sozinha não seria responsável por isso (aumento real da arrecadação em outubro)", destacou o coordenador-geral substituto de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal do Brasil, Raimundo Elói de Carvalho.
Para Carvalho, o importante é que os porcentuais de queda já são inferiores à redução média na arrecadação verificada nos últimos meses, o que pode demonstrar o impacto positivo, ainda que pequeno, da retomada da economia brasileira na arrecadação tributária.
Na sua avaliação, outubro marca o início da recuperação mais forte das receitas. Isso porque, o recuo da arrecadação de alguns tributos mais diretamente vinculados à atividade econômica está se desacelerando.
O recolhimento de Cofins/PIS Pasep, por exemplo, registrava queda de 11,56% no acumulado de janeiro a setembro. Agora, considerando o mês de outubro, o recuo caiu para 10,64%.
Situação parecida ocorreu com o Imposto de Renda das empresas (IRPJ) e com a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). De janeiro a setembro, a receita conjunta desses tributos mostrava baixa de 11,20%, que passou para 8,56% no período de janeiro a outubro.
No caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI, exceto importação), a redução era de 33,49% no acumulado até setembro e passou a 31,79% até outubro. Esses tributos foram responsáveis por uma diminuição na arrecadação de R$ 32,9 bilhões. O Estado de São Paulo
COMENTÁRIO
É impossível acreditar em um governo que aparelhou todos os institutos e que maquia absolutamente todos os resultados sobre a economia do país. O Brasil de Lula não existe. Não dá mais para confiar nas pesquisas, nas taxas de crescimento (PIB), de desmatamento, de inadimplência, no lucro das estatais etc.
Foi exatamente assim, usando de maquiagem fiscal, que o governo apresentou aquele resultado positivo da Petrobrás. Agora, ele simplesmente incorporou a receita dos depósitos judiciários para simular uma reação (na arrecadação) da economia.
É só mais uma prova cabal de que passamos longe da “marolinha” - da qual se gaba o Lula - e que atolamos o pé na crise da qual não saímos, todavia, e pelo visto não sairemos tão cedo a considerar as mentiras e manobras do desgoverno. Por Arthur/Gabriela
Nenhum comentário:
Postar um comentário