Confecom é o Foro de São Paulo em ação

Quando Hugo Chávez estatizou e passou a controlar o setor de comunicações na Venezuela a coisa toda deu ruído, muita gente protestou e ficou por isso mesmo. Creditou-se a esquisitice totalitária ao estilo sargentão de Chávez. Nada mais falso. Chávez apenas pôs em prática o plano continental do Foro de São Paulo para o setor, que objetiva “recuperar na América Latina o terreno perdido no Leste europeu”. A Venezuela iniciou a implantação do plano porque era onde havia as condições políticas para isso. Nos demais países esperou-se o tempo certo.

O que foi feito lá à força acabou de virar legislação na
Argentina, onde também as condições políticas foram reunidas para tanto. O casal Kirchner tomou conta da situação e está em rota de destruir o que resta de oposição. Não coincidentemente a Folha de São Paulo trouxe artigo informando que o Equador iniciou processo de discussão de sua política de comunicação, nos mesmos termos de Chávez e dos Kirchner. Por Nivaldo Cordeiro

Se compararmos, veremos que essa política é basicamente uma cópia daquela que estará sendo apresentada à CONFECOM, conforme a série de artigos que tenho escrito. Não há nenhuma coincidência: o comando do Foro continua no Brasil. É aqui que está a inteligência e a orientação revolucionária, inspirando as ações políticas em todo o continente.

Só adquire toda lógica a investida do Brasil com Zelaya em Honduras quando olhamos o panorama completo. Hoje o blog do
César Maia deu que o senador Richard Lugar, do estado norte-americano de Indiana, repreendeu severamente a atuação de Lula e nominou o chanceler Amorim de “infeliz” e o Marco Aurélio Garcia de “nefasto”, por atrapalharem a normalidade naquele país. Mais claro impossível: todo o território latino-americano é considerado área das forças em ação no Foro de São Paulo. O senador não percebeu que está lidando com gente capaz de enfrentar o poderio americano e com o atrevimento suficiente para tanto. O ódio que as esquerdas congregadas no Foro de São Paulo devotam aos EUA tangencia a patologia. Mesmo com Obama nas alturas, um dos seus. [Os EUA são ainda a única força capaz de obstar os planos políticos, se a direita política voltar ao poder].

Nos documentos da CONFECOM estão contidas as “propostas” bastante semelhantes ao que vimos na Venezuela, na Argentina e agora no Equador. Isso leva a crer que o processo histórico ganhou aceleração e os novos revolucionários estão com pressa, bastante seguros de seu próprio poderio. Não parece haver no momento força capaz de deter a marcha dos acontecimentos, seja no plano interno, seja no plano internacional. Afinal, o Foro de São Paulo é uma fração local do governo globalizado em formação. Uma nova ordem está sendo instaurada e, pelo jeito, será duradoura. Quem viver verá.

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