Honduras: só faltam duas semanas para as eleições

Dentro de 15 dias eles vão realizar as eleições gerais em Honduras, que representam a verdadeira solução democrática para a grave crise política em que o país se encontra, desde 28 de Junho deste ano, quando o ex-presidente Manuel Zelaya teve de ser destituído de seu cargo pelos poderes institucionais, após cometer graves e reiteradas violações da Constituição e desacatar o judiciário e o Tribunal Supremo Eleitoral.

É verdade que as eleições não vão resolver a crise automaticamente. No entanto, elas irão criar um novo cenário e abrirão a porta para a reestruturação institucional sobre uma base genuinamente democrática, como é a manifestação da vontade popular nas urnas eleitorais.

Além disso, sem dúvida que não será fácil realizar essas eleições históricas em 29 de Novembro. As forças obscuras do zelaysmo e seus patrocinadores externos estão empenhados em impedir o desenvolvimento democrático de Honduras. Por isto, estão recrudescendo a violência e vão cometer sabotagens de todos os tipos, contra a realização das eleições. Opinião La Prensa de Nicarágua

Na verdade, Honduras vem sendo atacada por atos de violência cada vez mais os criminosos como, por exemplo, o seqüestro e assassinato de personalidades políticas e sociais vinculadas ou não a altos funcionários do governo provisório. E o que é mais provável é que a violência aumente até 29 de novembro. Mas a pior violência criminosa foi desencadeada pelos terroristas talibãs e da Al Qaeda contra as eleições no Afeganistão, e não foram capazes de impedi-las. No Peru, os terroristas do Sendero Luminoso praticaram ações inéditas de crueldade contra os eleitores, mas a firme vontade democrática do povo peruano derrotou a estratégia extremista e terrorista dos comunistas senderistas.

Em Honduras, infelizmente, não são somente os extremistas zelaystas e seus padrinhos externos que conspiram contra as eleições democráticas programadas para 29 de Novembro. Também o faz a OEA, onde quase todos os representantes governamentais, alguns por solidariedade ideológica com Zelaya, outros por oportunismo e os demais por cretinismo político, se reagruparam com Hugo Chávez e demais governantes da ALBA - aos quais a democracia só lhes interessa para suprimi-la - que querem restaurar Manuel Zelaya no poder para converter Honduras em outro peão no chamado socialismo chamado do século XXI, cuja expansão e imposição é financiada pelos petrodólares da Venezuela.

A posição de Hugo Chávez, Daniel Ortega e companhia é compreensível, embora de forma alguma seja justificável. O que eu não consigo entender é que mesmo os governos democráticos também façam coro com o chavismo e defendam a idéia absurda de que as eleições de Honduras só poderão ser válidas se Manuel Zelaya for restaurado ao poder. Felizmente, alguns governos democráticos, a começar pelo EUA estão mudando sua atitude com relação à crise em Honduras. Portanto, há grandes esperanças de que após as eleições gradualmente todos aceitem os fatos consumados. Por isso dizemos que as eleições irão criar um novo cenário de legitimidade, em Honduras, e ao final somente os extremistas como Hugo Chávez e Daniel Ortega ficarão rechaçando a democracia hondurenha.

O jornal de Honduras, El Heraldo, disse em um editorial nesta quinta-feira desta semana, intitulado "O tempo que seja necessário", que: "alguns países do mundo, que não reconhecem como legítimo o atual regime hondurenho, ainda insistem na completa execução do acordo assinado em 30 de Outubro (ou seja, a restauração de Manuel Zelaya) que deve ser feito antes das eleições; sem dúvida, a mudança da posição de Washington também se transformou em favor do atual regime a outros governos ... Há plena consciência da necessidade de que as eleições se convertam no ponto de partida da solução para a crise, pois é uma realidade inegável que o país precisa de um governo que seja reconhecido por todo o mundo. "

De modo que Honduras ao estar cada vez mais próxima das eleições, mais se distancia do fim da crise, motivo que nos alegra. Alegra mais ainda saber que as eleições livres em Honduras não serão apenas um triunfo da democracia hondurenha e uma retumbante derrota do chavismo e do orteguismo, mas também servirá de alento à luta pela liberdade e pela democracia na Venezuela e na Nicarágua. Opinião
La Prensa.com.niTradução de Arthur para o MOVCC


COMENTÁRIO
O triunfo de Honduras servirá de alento também aos brasileiros que repudiam o lulismo indecente que em nada difere do chavismo, do orteguismo e outros ismos, a não ser pelo método empregado – o que não muda o objetivo a ser atingido.

Quando leio a imprensa latina percebo que muitos jornalistas fazem uma espécie de exceção a Lula; só porque ele não recorre à força bruta, é identificado com a esquerda mais civilizada, moderada. Ledo engano. Lula também tem suas milícias [MST, CUT etc] mantidas pelo Estado e agindo a serviço do governo.

Tão criminoso quanto Chávez [que financia os ataques dos zelaystas juntamente com as Farc], Lula cedeu a embaixada brasileira como base de coordenação dos conflitos e atos terroristas em Tegucigalpa; diariamente eles atacam prédios públicos e meios de comunicação, usam bombas caseiras, incendeiam e sequestram. Recentemente executaram três pessoas ligadas ao governo. Não existe agressão maior que a de Lula, que se vale da imunidade diplomática do prédio para desferir golpes diretamente no coração daquele país.

É perturbador que as democracias assistam impassíveis a tamanha afronta. A atuação da OEA é outra indencência. Fez bem os EUA em recuar no apoio a assassinos. Mas farão melhor se agirem para impedir Lula de continuar oferecendo base para os crimes de Zelaya, principalmente nesta reta final. Por Arthur/Gabriela

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