O ex-presidente Luis Lacalle, candidato do Partido Nacional (Blanco) no segundo turno das eleições presidenciais de domingo no Uruguai, denunciou ontem o que chamou de a "intervenção" de chefes de Estado estrangeiros na política interna uruguaia. Nos últimos dias, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e o brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva - por intermédio do ex-governador e presidente do PT gaúcho Olívio Dutra -, anunciaram apoio ao candidato da governista Frente Ampla, o ex-guerrilheiro tupamaro José "Pepe" Mujica. Por Ariel Palacios
"Um presidente estrangeiro não pode andar dizendo por aí sua preferência na eleição uruguaia", disse Lacalle que, segundo as pesquisas, tem 42% das intenções de voto. Mujica tem 51%. Para Lacalle, "a independência do país está em jogo por causa das intromissões de líderes estrangeiros em assuntos internos do Uruguai".
Nesta semana, Olívio Dutra reuniu-se durante duas horas com Mujica, a quem disse que o presidente Lula "tem certeza de que, em um segundo governo da esquerda uruguaia comandada por Mujica, a relação entre nossos povos será mais produtiva e rica".
De forma simultânea, Chávez - que por intermédio da estatal petrolífera PDVSA realizou investimentos no Uruguai - enviou um "grande abraço para Pepe (Mujica), que será o próximo presidente do Uruguai".
Em Buenos Aires, o governo Kirchner deu folga aos funcionários públicos com nacionalidade uruguaia para que possam cruzar o Rio da Prata e votar em seu país de origem. Na Argentina, residem 500 mil uruguaios - a maioria simpatizante da Frente Ampla de Mujica.
Na reta final, Lacalle tenta ressaltar as incertezas provocadas pela personalidade ambígua do rival. Segundo ele, o Partido Nacional permitirá "previsibilidade", enquanto que o esquerdista Mujica provocaria um cenário no qual os próximos cinco anos seriam de "totais incertezas". Mujica rebate afirmando que seu governo seguirá a linha de moderação do atual presidente, Tabaré Vázquez. Estadão
A PROPÓSITO, UM MUGIDO DO MUJICA
Deu na Folha: É ''genial'' Lula receber iraniano, diz Mujica em entrevista
Um trecho: "O candidato governista à Presidência do Uruguai, o senador José Mujica, afirmou ontem, em Montevidéu, achar "genial da parte de Lula" o fato de o presidente brasileiro ter recebido nesta semana a visita oficial do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, encarado como uma ameaça à paz mundial por países como os Estados Unidos e Israel."É um erro encurralar [Ahmadinejad]", disse Mujica, 75, argumentando que essa é uma lição que aprendeu com a vida. Ex-guerrilheiro Tupamaro, ele passou 14 anos preso, dois dos quais incomunicável." Por Silvana Arantes
Comentário: Como diz o ditado – ‘o teste do pudim está em prová-lo’. Os uruguaios vão insistir no erro de eleger mais um espantalho de Chávez, mesmo acompanhando o sofrimento dos povos dos países vizinhos.
"Um presidente estrangeiro não pode andar dizendo por aí sua preferência na eleição uruguaia", disse Lacalle que, segundo as pesquisas, tem 42% das intenções de voto. Mujica tem 51%. Para Lacalle, "a independência do país está em jogo por causa das intromissões de líderes estrangeiros em assuntos internos do Uruguai".
Nesta semana, Olívio Dutra reuniu-se durante duas horas com Mujica, a quem disse que o presidente Lula "tem certeza de que, em um segundo governo da esquerda uruguaia comandada por Mujica, a relação entre nossos povos será mais produtiva e rica".
De forma simultânea, Chávez - que por intermédio da estatal petrolífera PDVSA realizou investimentos no Uruguai - enviou um "grande abraço para Pepe (Mujica), que será o próximo presidente do Uruguai".
Em Buenos Aires, o governo Kirchner deu folga aos funcionários públicos com nacionalidade uruguaia para que possam cruzar o Rio da Prata e votar em seu país de origem. Na Argentina, residem 500 mil uruguaios - a maioria simpatizante da Frente Ampla de Mujica.
Na reta final, Lacalle tenta ressaltar as incertezas provocadas pela personalidade ambígua do rival. Segundo ele, o Partido Nacional permitirá "previsibilidade", enquanto que o esquerdista Mujica provocaria um cenário no qual os próximos cinco anos seriam de "totais incertezas". Mujica rebate afirmando que seu governo seguirá a linha de moderação do atual presidente, Tabaré Vázquez. Estadão
A PROPÓSITO, UM MUGIDO DO MUJICA
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Um trecho: "O candidato governista à Presidência do Uruguai, o senador José Mujica, afirmou ontem, em Montevidéu, achar "genial da parte de Lula" o fato de o presidente brasileiro ter recebido nesta semana a visita oficial do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, encarado como uma ameaça à paz mundial por países como os Estados Unidos e Israel."É um erro encurralar [Ahmadinejad]", disse Mujica, 75, argumentando que essa é uma lição que aprendeu com a vida. Ex-guerrilheiro Tupamaro, ele passou 14 anos preso, dois dos quais incomunicável." Por Silvana Arantes
Comentário: Como diz o ditado – ‘o teste do pudim está em prová-lo’. Os uruguaios vão insistir no erro de eleger mais um espantalho de Chávez, mesmo acompanhando o sofrimento dos povos dos países vizinhos.
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