Os especialistas do Ministério da Verdade criaram a Novilíngua, uma língua ainda em construção, que quando estivesse finalmente completa impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao regime.
A maior tarefa do governo que vier a suceder a era Lula será reconstruir o sentido da verdade, em lugar da desconstrução da realidade.
Como diz o resumo de Flávia D´Moraes, postado no blog "Poder da Mídia!, sobre o livro 1984, de George Orwell – já citado aqui por mim e novamente mencionado pela relevância de suas previsões –, " o Estado controlava o pensamento dos cidadãos, entre muitos outros meios, pela manipulação da língua. Por Paulo Saab
Os especialistas do Ministério da Verdade criaram a Novilíngua, uma língua ainda em construção, que quando estivesse finalmente completa impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao regime. Uma das mais curiosas palavras da Novilíngua é a palavra duplipensar, que corresponde a um conceito segundo no qual é possível ao indivíduo conviver simultaneamente com duas crenças diametralmente opostas e aceitar a ambas. "
José Roberto Guzzo, na edição deste final de semana, na última página da Veja, afirma que "o Brasil oficial de hoje, cada vez mais, faz um esforço concentrado para mentir... Há a mentira pura e simples em que se negam fatos que, comprovadamente, aconteceram, ou se garante a existência de fatos jamais acontecidos. Há a ocultação da verdade. Há a propagação de realizações inexistentes. Há as explicações, justificativas e desculpas falsas para erros que não foi possível esconder. Há mentiras bem contadas e mentiras mal contadas, as que vêm disfarçadas como equívocos e as que são com as piores intenções, no fundo, apenas mentiras..."
A maior tarefa do governo que vier a suceder os oito anos da era Lula (e mais quatro ou oito, se Dilma vier a ser eleita e, aí, a tarefa ficará muito mais difícil) será reconstruir para os brasileiros o sentido verdadeiro do valor, da verdade, em detrimento da mistificação, da mitificação, da embromação, do autoritarismo disfarçado de democracia e da desconstrução da realidade – ou construção de outra realidade dentro da mesma, numa espécie de "duplipensar", à qual estão submetidos hoje os brasileiros, pela forma dominadora e impositiva como esses valores deformados estão sendo impostos à sociedade.
A imposição tem o patrocínio dos cofres públicos abarrotados de dinheiro para publicidade nos meios de comunicação, financiamentos a grandes empresas e subsídios fartos aos pobres e aos organismos sociais que, abastecidos pelo mesmo dinheiro público, estão nadando em conforto, acomodados no silêncio dos culpados.
A opinião pública está sendo escandalosamente manipulada e dirigida a formar seu pensamento na "novilíngua" e no "duplipensar" de Orwell, pela massificação da comunicação oficial e no noticiário, através da deliberada ação oficial de manutenção no poder dos criadores dessa perversa forma de governar, como se a mesma fosse – mascarada que é – voltada para beneficiar os pobres e melhorar a vida dos menos favorecidos. Ela é feita para a perpetuação no poder, para controle absoluto da sociedade, usando manipulada melhoria social como pano de fundo de um cenário de anestesiamento das camadas pensantes da população.
Será hercúlea a tarefa de um governo que venha a ser eleito fora da esfera de influência dos atuais detentores do poder e seus aliados usufrutuários de benefícios mediatos e imediatos, contrários à construção de uma sociedade justa e equilibrada dentro dos valores de ética, moral, respeito e probidade. A Nação poderá ter se acostumado na mentira, na hipocrisia, na inversão, à custa de pequenos benefícios que, se não são ilegais, são imorais pela perpetuação do status quo e dos detentores do poder em seus tronos privilegiados.
A prevalência da mentira e da distorção dos fatos, comprados, adquiridos e impostos, pela força de quem tem o caixa e controla os meios de comunicação, está corroendo as entranhas dos valores nacionais.
Tudo isso em nome de -outra falácia – a melhoria da qualidade de vida. Essa é obrigação de qualquer governo, desde que os beneficiados não dependam eternamente dos "concedentes", que nada mais fazem do que manipular os recursos da sociedade para se manter no poder. O Brasil, parecendo ir para a frente, está retrocedendo e formando cidadãos de valores invertidos. A mentira passa a ser a verdade. Diário do Comércio - Paulo Saab é jornalista e escritor
A maior tarefa do governo que vier a suceder a era Lula será reconstruir o sentido da verdade, em lugar da desconstrução da realidade.
Como diz o resumo de Flávia D´Moraes, postado no blog "Poder da Mídia!, sobre o livro 1984, de George Orwell – já citado aqui por mim e novamente mencionado pela relevância de suas previsões –, " o Estado controlava o pensamento dos cidadãos, entre muitos outros meios, pela manipulação da língua. Por Paulo Saab
Os especialistas do Ministério da Verdade criaram a Novilíngua, uma língua ainda em construção, que quando estivesse finalmente completa impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao regime. Uma das mais curiosas palavras da Novilíngua é a palavra duplipensar, que corresponde a um conceito segundo no qual é possível ao indivíduo conviver simultaneamente com duas crenças diametralmente opostas e aceitar a ambas. "
José Roberto Guzzo, na edição deste final de semana, na última página da Veja, afirma que "o Brasil oficial de hoje, cada vez mais, faz um esforço concentrado para mentir... Há a mentira pura e simples em que se negam fatos que, comprovadamente, aconteceram, ou se garante a existência de fatos jamais acontecidos. Há a ocultação da verdade. Há a propagação de realizações inexistentes. Há as explicações, justificativas e desculpas falsas para erros que não foi possível esconder. Há mentiras bem contadas e mentiras mal contadas, as que vêm disfarçadas como equívocos e as que são com as piores intenções, no fundo, apenas mentiras..."
A maior tarefa do governo que vier a suceder os oito anos da era Lula (e mais quatro ou oito, se Dilma vier a ser eleita e, aí, a tarefa ficará muito mais difícil) será reconstruir para os brasileiros o sentido verdadeiro do valor, da verdade, em detrimento da mistificação, da mitificação, da embromação, do autoritarismo disfarçado de democracia e da desconstrução da realidade – ou construção de outra realidade dentro da mesma, numa espécie de "duplipensar", à qual estão submetidos hoje os brasileiros, pela forma dominadora e impositiva como esses valores deformados estão sendo impostos à sociedade.
A imposição tem o patrocínio dos cofres públicos abarrotados de dinheiro para publicidade nos meios de comunicação, financiamentos a grandes empresas e subsídios fartos aos pobres e aos organismos sociais que, abastecidos pelo mesmo dinheiro público, estão nadando em conforto, acomodados no silêncio dos culpados.
A opinião pública está sendo escandalosamente manipulada e dirigida a formar seu pensamento na "novilíngua" e no "duplipensar" de Orwell, pela massificação da comunicação oficial e no noticiário, através da deliberada ação oficial de manutenção no poder dos criadores dessa perversa forma de governar, como se a mesma fosse – mascarada que é – voltada para beneficiar os pobres e melhorar a vida dos menos favorecidos. Ela é feita para a perpetuação no poder, para controle absoluto da sociedade, usando manipulada melhoria social como pano de fundo de um cenário de anestesiamento das camadas pensantes da população.
Será hercúlea a tarefa de um governo que venha a ser eleito fora da esfera de influência dos atuais detentores do poder e seus aliados usufrutuários de benefícios mediatos e imediatos, contrários à construção de uma sociedade justa e equilibrada dentro dos valores de ética, moral, respeito e probidade. A Nação poderá ter se acostumado na mentira, na hipocrisia, na inversão, à custa de pequenos benefícios que, se não são ilegais, são imorais pela perpetuação do status quo e dos detentores do poder em seus tronos privilegiados.
A prevalência da mentira e da distorção dos fatos, comprados, adquiridos e impostos, pela força de quem tem o caixa e controla os meios de comunicação, está corroendo as entranhas dos valores nacionais.
Tudo isso em nome de -outra falácia – a melhoria da qualidade de vida. Essa é obrigação de qualquer governo, desde que os beneficiados não dependam eternamente dos "concedentes", que nada mais fazem do que manipular os recursos da sociedade para se manter no poder. O Brasil, parecendo ir para a frente, está retrocedendo e formando cidadãos de valores invertidos. A mentira passa a ser a verdade. Diário do Comércio - Paulo Saab é jornalista e escritor
Um comentário:
Está na Biblia, o pai da mentira é o diabo.
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