MST e as cangaceiras do PT

'DOUTORA' DEFENDE MST. E UDR QUER PROCESSAR ANA JÚLIA

Dilma Rousseff, disse ontem que não concorda com a criminalização de movimentos sociais, mas, de forma velada, condenou a depredação da Fazenda Maria Bonita, no Pará, por integrantes do MST. Ontem, durante a visita do Lula da Silva a Londres, Dilma classificou o MST como um movimento legítimo, e disse que seria absurdo dizer que ele não tem uma base real.

Porém, a ministra afirmou discordar dos métodos usados por seus militantes: — Métodos de luta como queimar laranjal ou qualquer outra violência são ilegais, mas isso não significa que vou aceitar que o MST seja colocado na ilegalidade ou tratado como movimento criminoso. – O Globo


PREJUÍZO SUPERA R$ 3 MILHÕES

A destruição provocada na quarta-feira pelo MST de casas, tratores e equipamentos da fazenda Maria Bonita, localizada entre os municípios de Xinguara e Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, provocou prejuízos superiores a R$ 3 milhões, segundo levantamento feito pela Polícia Civil.


MADEIRA
A CPI do MST instalada no Congresso vai incluir na investigação a cooperativa acusada de desviar o dinheiro de madeira no Assentamento Zumbi dos Palmares, em Iaras (SP). Os deputados Bruno Araújo (PSDB-PE) e Ruy Pauletti (PSDB-RS) conseguiram aprovar dois requerimentos na sessão de ontem com pedidos de informações aos Ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Agrário sobre convênio do Incra com a cooperativa do MST que permitiu corte da floresta de pinus. Parte do dinheiro da madeira, que custou R$ 13 milhões aos cofres da União, foi desviada, conforme mostrou reportagem do Estado de São Paulo


UDR QUER PROCESSAR ANA JÚLIA POR AÇÃO DO MST
A União Democrática Ruralista (UDR) estuda uma ação civil para responsabilizar a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), pela destruição de casas e tratores nas fazendas Maria Bonita e Rio Vermelho, no sudoeste do Estado. Integrantes MST são acusados de participar da ação.

De acordo com o presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia, a governadora tem se omitido no cumprimento das reintegrações de posse determinadas pela Justiça. “Algumas das propriedades invadidas estão com a reintegração desde o ano passado e a governadora não manda fazer.

Ele acredita que a governadora pode ser responsabilizada e pediu aos advogados da entidade que estudem uma forma de processá-la. Ele considera que a situação é muito grave, “mas nossas instituições parecem estar amordaçadas”.

POSIÇÃO DA PGE
Ibraim Rocha, procurador-geral do Estado disse na noite de ontem que a provável ação da UDR contra a governadora carece de consistência jurídica. “Não há como responsabilizar uma pessoa por atos de terceiros. Isso é um absurdo jurídico total”, opinou.

Ele compara: “É como se você estivesse na Redação do jornal trabalhando e, de repente, fosse acusado de um quebra-quebra em outro setor. Os acusadores teriam que provar o seu comando, ordenamento e financiamento do ato. É impossível relacionar ou ligar os atos de organizações de trabalhadores rurais independentes com a governadora”.

MADRUGADA DE MEDO
Um pedido de socorro de famílias de empregados da fazenda Rio Vermelho, em Sapucaia, no sul do Pará, tentava na madrugada de ontem impedir nova invasão da propriedade por 60 homens armados ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST). De acordo com o gerente da fazenda, conhecido por Guga, o objetivo dos invasores, desta vez, seria expulsar as 200 famílias que vivem no local.

Guga tentou falar durante a noite com o delegado-geral Raimundo Benassully, mas foi informado de que ele estaria em Marabá, juntamente para acompanhar o inquérito sobre a invasão de destruição da fazenda Maria Bonita, em Eldorado dos Carajás. O temor de nova invasão também foi comunicado à Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá, mas os policiais disseram que não poderiam mandar nenhuma equipe à noite para a fazenda RioVermelho, o que só poderiam fazer pela manhã de hoje. (
Diário do Pará/AE)

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